Maktub

231 36 4
                                    

Estava de volta em casa, as aulas em Beauxbatons haviam sido adiadas graças a tudo o que vinha acontecendo no mundo. A aflição devorava seu peito, e quando enfim a notícia sobre a derrota de Você-Sabe-Quem foi noticiada em todas as rádios bruxas, você apertou o espelho entre os dedos e chamou o nome dele várias vezes, desesperadamente.

—Draco, Draco, por favor. —se tornou uma súplica, não saberia o que fazer se algo tivesse acontecido a ele.

Os soluços rasgaram sua garganta quando um olho cinzento a encarou, não importava que só houvesse restado um pedaço do espelho, Draco estava ali, estava vivo, estava bem. Nenhuma outra pessoa no mundo tinha olhos tão intensos, e mesmo com as bordas avermelhadas, aquela continuava sendo sua visão preferida.

Você partiu para Londres pouco depois, ignorando completamente os pedidos dele para que não viesse, ele não queria que o encontrasse daquela forma, sua família sofrendo inquérito e sendo caçada como tantas outras, não queria que você se tornasse um alvo, que acreditassem que poderia estar envolvida também.

Mas você foi, porque ele precisava de você e você estaria lá, as mãos entrelaçadas firmemente, prontos para encarar qualquer fim.

Anos depois, quando Draco beijou o cabelo de sua Senhora Malfoy e sussurrou que não sabia como você poderia estar ali depois de tudo, você o encarou com carinho, e levantou o livro para que ele pudesse ver sua palavra preferida, a que dizia muito sobre vocês dois.

'Maktub': tinha que acontecer.

Sete Palavras Para Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora