capítulo 2- A lua nublada

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Certo dia eu acordei, de uma noite conturbada e mal dormida, onde eu havia tido diversos pesadelos dentro de um só, eu sempre fui uma pessoa que não sei explicar ao certo, mas todos meus sonhos vinham como uma forma de mensagem ou alerta pra me informar o que estava prestes a acontecer.
Mas naquele dia eu tomei meu café da manhã e o dia não parecia mais o mesmo, eu sabia que tinham muitas obrigações a fazer naquela mesma rotina diária de sempre, mas eu mal havia chegado na escola e já estava ansiosa para o anoitecer, embora não haviam muitas estrelas nele.

Foi numa noite em que eu conheci a pessoa mais importante da minha vida, e que, eu ainda não tinha noção disso, não era coisa de um dia pro outro, e sim algo que havia surgindo com o tempo.
Apesar de meus pés estarem presos a uma corrente por temer a solidão, afinal, quem nunca passou por isso um dia, não sabe o que é um verdadeiro caos.
Eu não conseguia pensar em uma única coisa, eu temia que minha mente me auto sabotasse como a alguns anos atrás, eram dias horríveis nos quais eu fechava os olhos e escutava várias vozes me aconselhando ao pior, era um vazio que chegava a ser perturbador pra mim, mas aí surgiu algumas pessoas que diziam me salvar de um abismo.

-Eu estarei sempre aqui.

Eu já tinha escutado essa frase de muita gente, tanta gente que prometeu me ajudar e nenhuma ficou realmente. Mas era normal, ninguém tinha a obrigação de me fazer feliz, esse era o meu dever, e eu queria fazê-lo,
As vezes o dia passava rápido demais e outras vezes muito lento, minha vida parecia estar ao normal por estar rodeada de pessoas em que eu acreditava ser verdadeiras, apesar de que pelo outro lado eu tinha que conviver com gente tóxica que me fez mal por muitos anos, talvez um dos motivos pra minha ansiedade ter nascido, mas isso eu estava superando.

Eu não estava feliz.

A única vontade que eu tinha era de continuar sozinha deitada na cama olhando pela janela e escutando minhas músicas, mas ao mesmo tempo eu era obrigada a levantar e dar a devida atenção ao cara que parecia ser meu namorado. Na verdade era, mas não verdadeiramente.
Eu chegava a parar tudo da minha vida, pois eu achava que precisava disso, de uma pessoa que me tirasse do caos do anoitecer, da minha rotina de cada dia, e de uns tempos pra cá eu estava querendo ser feliz.
Mas sempre havia um buraco no meu peito me alertando de que não estava tudo bem. Mas eu não ligava, afinal, eu queria esquecer o caos.

O Luar em meio ao caosOnde histórias criam vida. Descubra agora