capítulo 5- Tchamo!

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Eu sentia que isso tudo estava te matando por dentro. Eu sabia que a vítima não era só eu, mas você também por se importar tanto comigo. Eu sei que isso te machucava e me machucava também.
Mas eu não poderia concertar, por estar tão longe.
Daí lembrei das borboletas no estômago naquele dia em que eu te vi, embora ainda havia muita nuvem ao nosso redor. Eu lembrei da noite em que eu estava com medo de ir embora e você me abraçou, sem me dizer nada e eu não precisava que dissesse, minhas noites não foram mais a mesma a partir dali.
Você me deu um beijo na testa e me falou:

-Te amo.
-Tchamo! - saindo desesperada pois sabia que iria chorar, embora eu não queria ir.

Mas eu já estava acostumada com despedidas, por ter perdido muita gente eu sabia me controlar.
Mas esse dia foi o melhor dia do meu ano, tal qual teria tudo pra ser o pior.
Nesse dia eu cheguei em casa e a única coisa que soube fazer depois do meu banho foi deitar, mesmo que não quisesse chorar algumas lágrimas escorreram dos meus olhos e eu dormir.
Foi nesse dia que eu entendi tudo o que estava acontecendo, e queria que você tivesse entendido também.

Mas era um passado que não voltaria nem tão cedo e eu sabia que não te veria logo. Embora eu precisasse de você ao meu lado, você era meu sonho inalcançável, e eu tinha que manter meus pés no chão.
Mas porquê eu ainda sentia que você sentia o mesmo?
Nós éramos dois corpos celestes que não podiam se juntar, pois ainda estávamos amarrados em correntes.
Não tinha muito o que fazer, pois meu corpo já havia se entregado a isso e eu estava gostando de sentir, me fazia bem estar contigo e pensar em ti, apesar de que depois eu teria que aguentar uma tormenta na qual eu queria me abrigar no seu guarda chuva. Mas ainda sim, ainda usando metáforas;

O que era o anoitecer?

O Luar em meio ao caosOnde histórias criam vida. Descubra agora