capítulo 4- Memórias

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"Como isso podia acontecer? Eu não sei como te falar, pois até então você é o meu irmão que está comigo quando eu sempre preciso, quando eu mais necessitava de ajuda você segurou a minha mão e me fez mostrar que eu era um sol, apenas estava em dias nublados onde a chuva insistia em cair, foi aí então que comecei a entender onde estava o sol, ele estava guardado dentro do meu peito, esperando a hora certa de brilhar, embora a minha vida era um anoitecer, cujo não havia nenhuma lua á brilhar. Eu me apeguei a você, a um sentimento tão confuso e errado, no qual eu não deveria sentir, eu já tentei muitas vezes afastar isso da minha mente pois eu não queria sentir, não queria dar motivos pra novamente eu ser culpada diante de tudo o que está acontecendo. Você vai vir e eu não sei como olhar pra sua cara sem sentir as borboletas no estômago que esperam pra voar. Me Desculpa se isso te assustar, ou te magoar, eu não sei ao certo como você vai se sentir, só queria que soubesse que, esse é meu problema que até então ninguém além de mim poderia resolver, você me faz bem mas esse sentimento de culpa me faz mal. Saiba que enquanto a essa vida conturbada que estou passando com uma pessoa que eu acho que seja tóxica, eu quero me libertar mas nesse momento eu não posso. Me desculpa por estragar tudo, talvez eu não volte por uns dias, eu preciso me entender melhor e pensar na grande confusão que eu criei. Só queria que soubesse que eu te amo, embora não sei como dizer isso. Me perdoa..."
                                                                                                                                                           -  Novembro 2020.

Embora eu sabia que não podia mandar, eu escrevi, mas logo apaguei na mesma hora, eu sabia que esse caos tinha que acontecer, mas não precisava ser agora.
Eu me sentia culpada pois foi assim que me fizeram me sentir, afinal, diziam que estavam comigo pra tudo mas quando eu precisava só estavam pra me apontar e me julgar.
Então decidi continuar minha vida, tentando esconder a lua minguante que queria virar lua cheia, enquanto um eclipse estava previsto pra acontecer eu tentaria adiar isso até tudo se resolver, apesar de ter esperança que não iria se resolver.

Naquela noite haviam me dito coisas horríveis na qual me fazia me sentir mais culpada, nada que eu fazia era suficiente, nenhum esforço meu era reconhecido, e me pediam mais e mais todos os dias, quando eu já estava tão saturada de fazer a vontade dos outros que, sentia que aquele relacionamento não era pra mim, e meu medo da solidão não iria me fazer mal, pois já havia quem a tirasse, mesmo que fosse de longe, mesmo que doesse no fundo.

A minha lua estava aparecendo.

O Luar em meio ao caosOnde histórias criam vida. Descubra agora