Fuck the world, i love you! || Larry Stylinson

one.

Louis.

Mais uma manhã entediante de domingo, que eu iria ficar em casa vendo noticiário e comendo o dia inteiro.

Bom, iriam ser ótimos planos, mas infelizmente hoje seria diferente. Hoje, e o resto da minha vida.

Hoje vai ser meu primeiro dia sendo um "soldado".

Não vou fazer parte do exército exatamente, mas sim de uma pequena parte, que tem como função conter manifestações a favor da causa LGBT+.

Bom, temos permissão para agredir e prender pessoas que estão nessas manifestações, ou que simplesmente estão demonstrando carinho na rua.

Em meu país é crime ser lgbt, pode levar à cadeia, ou até à morte.

Eu não sou a favor de matar ou prender pessoas apenas pela sua orientação sexual, tem muitas pessoas que fazem coisas piores, e não recebem pena de morte.

O verdadeiro motivo para eu estar fazendo isso é meu pai. Ele sempre quis que eu fizesse parte disso, por um simples motivo: minha mãe morreu em uma dessas manifestações.

Meu pai disse que ela estava indo fazer compras, e quando menos esperou, estava perto de uma dessas manifestações.

Então, ela foi morta por eles. As mesmas pessoas que estavam lutando pelo amor, mataram ela. Meu pai quando foi a procura dela, viu um deles a matando.

Eu não lembro dos detalhes, eu tinha apenas 3 anos, mas meu pai contou essa história durante todo o meu crescimento, para que eu nunca esquecesse o motivo de ter que fazer parte disso.

Bom, não é a melhor hora para pensar nisso. Vou aproveitar o tempo que eu tenho.

...

Já estava quase dormindo quando ouvi uma voz no andar de baixo gritando "Louis Tomlinson, desça aqui agora!".

É, acho que meu descanso acabou.

Então abri a porta do meu quarto e desci as escadas, quando chego na sala me deparo com meu pai com uma caixa nas mãos.

-O que tem aí? - pergunto ao franzir o cenho.

-Abra e descobrirá! - disse meu pai com um sorriso.

Então coloquei a caixa em cima da mesinha de centro e a abri, não ficando tão feliz com a surpresa.

-É a roupa do exército! Você vai começar hoje, lembra? - disse ainda sorrindo. Como ele fica feliz com isso?

-Como eu poderia esquecer. - respondi sem expressar reações.

-Vá se vestir, daqui a meia hora eles irão passar aqui com a van, e vocês irão direto para a manifestação.

-Eu não vou conhecer nenhum sargento ou algo do tipo? - perguntei quando peguei a roupa.

-Você está achando que está no exército oficial? Claro que não Louis, vocês só irão conter a manifestação e punir aquelas pessoas, mais tarde vocês levam alguém para a central, caso capturarem! 

Como ele pode falar assim? Fala como se eles fossem animais.

-Certo pai, vou me trocar. - fiquei cabisbaixo ao passar para o banheiro.

Alguns minutos após me trocar escuto alguém bater à nossa porta, não deu tempo de atender, porque meu pai já havia corrido para a porta para atender a mesma.

Quando levanto a cabeça e olho por cima do ombro dele, vejo uma van, com uma estampa camuflada do exército, uma bandeira lgbt e um enorme "X" por cima dela, tal como tinha no meu uniforme.