I told you I don't want to join your super secret boyband

98.

POV Tony

"Fiquei surpreso por este convite inesperado!" Comentei quando vi Pepper se aproximar de mim.

Vi que ela ia reclamar de algo quando o carro onde ela tinha vindo apitou e ela virou-se assustada. A mãe dela metia a cabeça de fora e acenava sorrindo gritando algo que eu não conseguia perceber.

"Ignora." Pepper mandou corada enquanto me puxava pelo braço para dentro do café.

O Red Car tinha se tornado um ponto de encontro de todos, às vezes vinha buscar café e acabava por encontrar alguém do meu grupo sentado nas mesas a estudar ou a conversar. Foi estranho vê-lo vazio das presenças habituais, apesar de ser esperado. Aliás era a primeira vez que via Pep em duas semanas visto que ela tinha andado ocupada a planear o casamento da Carol. Sentamo-nos numa mesa longe da porta, junto da grande janela que se conseguia ver a rua e depois de pedirmos alguma comida ficamos em silêncio absoluto.

"Então." Pep começou parecendo nervosa. "Eu preciso de te perguntar algumas coisas."

"Força." Disse sorrindo.

"Eu entrei na universidade." Começou e já ia cumprimenta-la quando ela carregou no semblante. "Mas não foi aqui."

"Como assim?"

"Eu candidatei-me para uma universidade em Itália." Arregalei os olhos com a informação.

"Uau!" Disse e ela sorriu parecendo orgulhosa. "Isso é excelente Pepsi!" Vi-a fechar a cara. "Não é?"

"É." Suspirou. "Mas é também terrível."

"Porque?" Vi-a contorcer os lábios desagrada.

"Eu consegui uma pequena bolsa." Começou parecendo cuidadosa ao falar. "E não é suficiente para ir.."

"Pep.." Agarrei-lhe na mão com carinho.

"E detesto pedir isto Tony, acredita. Mas eu estou desesperada e nunca quis tanto algo. E não consigo deixar de pensar que se os papéis fossem invertidos eu iria ficar chateada por não me pedires ajuda. Por isso quero-te pedir por ajuda." O sorriso já se tinha instalado na minha cara, feliz pelo seu pensamento sincero.

"Dou-te toda a ajuda que necessitares. Sabes disso." Ela sorriu acenando com a cabeça parecendo ligeiramente aliviada. Deveria ter lhe custado pedir algo deste género.

"Eu sei que ajudarias sem sequer pensar duas vezes. Mas eu tenciono pagar-te tudo o que me emprestares para o curso." Ela pareceu novamente séria. Como uma verdadeira mulher de negócios. "Apenas seria um empréstimo, mas sem as chatices legais e as regras de bancos."

"Compreendo. "Fiz uma pausa analisando-a. "Completamente, mas." Ela olhou-me na hora aflita.

"Tony não irei aceitar que me dês tudo e não me deixes pagar de volta." Disse de imediato.

"Eu sei, não ia sugerir isso. Conheço-te Pep, nunca aceitarias isso, apesar de eu adorar que o fizesses." Pep olhou-me cuidadosa e curiosa.

Fomos interrompidos pelo empregado que trouxe os nossos pedidos. Pepper permaneceu calada quando o empregado se foi embora dando apenas um pequeno gole no seu batido, vendo-me cortar a minha panqueca e leva-la à boca.

"O que é a tua sugestão então?" Cedeu por fim curiosa.

"A minha sugestão é que quando acabares o curso venhas trabalhar comigo." Ela engasgou-se com o batido surpreendida.

"O que?" Perguntou chocada.

"O que ouviste." Disse sorridente.

"Como?" Perguntou confusa. "Meu Deus porque? Não posso aceitar. Ajudas-me apagar o curso e ainda me dás trabalho? Isso não é pagar a dívida, é aumenta-la."