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POV Tony

Steve sentou-se ao meu lado sem dizer nada, mantivemos-nos assim durante um bocado até ele se deitar no sofá com a cabeça no meu colo. Admirei-o enquanto se aconchegava de maneira confortável, deixei uma das mãos fugir para o cabelo dele fazendo carinhos aí.

"Estás bem?" Perguntei preocupado com o estado emocional dele.

"Sim. Agora sim. Ouvir o mar é reconfortável."

"Eu sei, lembro-me de teres dito que adoras o som. Deixa-te calmo. Achei que precisavas de um bocado de calma."

"Precisava imenso. Agradeço-te."

"Por ti tudo." Ele olhou-me com um sorriso enorme.

"Sei que no momento não parece mas estou mesmo aliviado ter acabado com ela."

"De certeza?"

"Sim Tony. Ela não me fazia nada bem e eu tenho noção disso."

"Não pareceu isso Ste."

"Eu sei, eu gostava de te mentir e dizer que não me preocupou, mas não posso. Porque me atingiu sim. Eu não sei como alguém me vai amar se nem os meus pais me parecem amar."

A voz dele pareceu-me tão ridiculamente infantil a dizer aquilo, encheu-me de pena e ódio pela família Rogers. Eu tinha tido um pai de merda, mas a minha mãe era o meu anjo. Era capaz virar o mundo de pernas para baixo pelos filhos dela. E custava lembrar o quanto ela considerava Nat e até Steve como filhos dela.

"Isso é burrice deles, porque tu és fácil de amar, de aturar, de cuidar." Respondi tentando imprimir toda as certezas que tinha nele. "E se eles não o fazem, faço eu por eles."

"Mas Tony."

"Nada de mas Steve. Esperei demasiado tempo para ter algo real contigo, e finalmente temos uma abertura. Sem jogos, sem mentiras. Eu quero cuidar de ti se me deixares."

Subiu a cabeça do meu colo e manteve o olhar preso no meu, arrastei o seu corpo para o meu colo fazendo-o ter as pernas de cada lado do meu tronco, descansei as mãos nas suas costas puxando-o para mais perto ainda. Ele escondeu a cabeça na curva do meu pescoço, e a nossa respiração ofegante era a única coisa que se ouvia no cómodo.

"Eu quero que cuides de mim..." Ele falou depois de um bocado de silêncio.

"Queres?" Perguntei quase sem acreditar.

"Quero. E quero cuidar de ti e ser a tua família."

"E eu quero ser a tua." Uma das minhas mãos fez carinho na sua bochecha.

Puxei o queixo dele para cima ficando a minha frente e sorri timidamente, ele agarrou-se a mim e beijou-me calmamente. Como já não acontecia há algum tempo, o beijo foi calmo e carinhoso, transmitia todas as promessas que queríamos cumprir um ao outro. Cuidar, amar e ficar. Apesar de ter o mundo contra, ficaríamos nós os dois contra o mundo.

Ouvimos barulho de passos a correr escada abaixo e separamos-nos ficando nas mesmas posições. Wanda e Sam vinham a rir-se incontroláveis e Sam atirou-se para o nosso lado ainda a rir-se as gargalhadas, Wanda sentou-se no solitário mesmo ao nosso lado a tentar manter-se calma. Ergui uma sobrancelha a tentar fazê-los perceber que se iam interromper mais valia dizerem porque.


"Estou me a cagar se interrompemos, arranjem um quarto!" Sam queixou-se imediatamente ao ver-me olha-lo.

"Iremos mais tarde." Reclamei de volta fazendo o Steve corar parecendo tímido.

"Anthony!" Ele reclamou chamando-me pelo nome completo.

"Jesus isso foi demasiado quente." Peguei com ele, fazendo-o rir-se de mim.

I told you I don't want to join your super secret boybandOnde histórias criam vida. Descubra agora