Capítulo: 4

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Durante a aula de matemática, senti que aquele garoto me olhava várias vezes.

E eu também me virava para o olhar, de vez em quando.

*O sinal para o intervalo tocou*

Graças a Deus!

Todos saímos da sala e fomos para o pátio.

Me sentei em uma mesa qualquer, esperando o meu amigo chegar.

- S/n!- gritou, olhei para trás assustada.

O mesmo correndo se sentou ao meu lado, tentando sincronizar sua respiração.

- Garoto, o que aconteceu?- perguntei.

- Eu chamei a Vitória pra sair!- falou sorrindo.

Gabriel, você poderia investir na Melissa...

- E ela aceitou?- perguntei.

- Sim! Hoje a noite iremos em uma resenha perto da minha casa, e eu queria que você fosse também, porque se eu tiver um treco, você vai estar lá!- falou.

- Me prometendo que não vai beber!- falei.

- Tá, eu não vou!- falou.

Ele já tem 18 anos, faz aniversário bem no início do ano, quando eu faço alguns meses depois, então já pode beber.

[...]

*No final da aula*

- Seu pai não vai brigar com você por chegar atrasada para o almoço?- perguntou, enquanto eu ficava olhando para os lados, esperando as meninas virem brigar.

- Acho que não, são que horas?- perguntei.

- 11:26.

- Hmmm...elas não vão brigar hoje?- perguntei.

- O assunto rodou o grupo de alunos ontem o dia inteiro, dizendo que iria ser hoje.

- Não aguento mais esperar!- falei batendo o pé.

- Vamos, se tiver briga hoje, amanhã terá vários vídeos para você ver!- falou estendendo a mão para podermos ir.

Desapontada peguei na mão dele para irmos embora.

Na hora que estávamos virando a rua, começamos a ouvir os gritos.

Corri para ver se era a briga, ele me seguiu, e era, a Júlia estava lá puxando os cabelos da amiga, a Vitória dando tapas na Júlia, e só a bagaceira.

Os garotos e garotas estavam botando fogo para que elas continuassem, até o menino que jogou um papelzinho para mim durante a aula entrar no meio e separar as duas.

- Olha lá, o garoto que ficou com as duas tá separando elas agora!- Gabriel falou ao meu lado.

- É ele?- perguntei.

- Sim, ele nem tem vergonha do que fez.

- Homens não têm vergonha de quase nada!- falei.

- Então eu não sou homem?- perguntou, me fazendo rir.

- Sim, você é homem, mas diferente dos outros, eles são escrotos, e acho que você não é tanto!- falei.

- Hmmm!- fez o barulho cerrando os olhos.

- Vamos embora!- falei.

- Mas você não queria ver a briga?- perguntou.

- Tenho que chegar antes do almoço!- falei.

Do YouTube à Netflix (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora