Mais Tentativas

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Ficamos uma semana pensando em como iríamos chegar até lá pela terra. Quando eu e o Francisco estávamos jogando xadrez, quando vi o Eduardo brincando com um tremzinho de brinquedo, quando tive uma idéia genial.
- Vamos de trem !- disse eu, só que saiu mais alto do que eu esperava, e todo mundo do lugar olhou para mim.
- Isso boa ideia.- disse Marie
- Eu compro as passagens, eu era maquinista, acho que consigo um bom desconto.- disse Francisco muito contente.
- Ótimo, e quando a gente arruma as malas ?- perguntou Anne.
- Amanhã, hoje eu vou com o Zé lá na estação e compramos as passagens.- disse Francisco.
Umas duas horas depois, o Francisco veio no meu quarto me chamar.
- Se arruma aí Zé, pra a gente ir lá.- disse ele.
- Certo só um minuto.- respondi ele.
Desliguei minha vitrola, que estava passando o disco do Elvis, que por sinal era o meu favorito, vesti uma blusa de botão azul clara com listras brancas, uma calça cinza, meu cintou, meu sapato preto bem engraxado e meu chapéu. Encontrei o Francisco na porta quebrada, que estava sendo trocada na hora que estávamos saindo.
Pegamos ume partimos para a estação. Chegando lá Francisco encontrou um amigo seu da época que trabalhava lá.
- João, você por aqui !- disse Francisco.
- Ainda trabalho aqui, não me aposentei ainda. Final do ano já estou livre.- disse João. - E você o que está fazendo aqui, vai viajar ?- terminou ele.
- Vou sim nós vamos para...- disse o Francisco, mas se interrompeu e chegou mais perto de mim.
- Para onde nós vamos mesmo ?- me perguntou ele.
Eu não sabia para onde ir porque precisávamos ir para um lugar longe, e o trem não vai para um lugar tão longe assim.
- Francisco, é melhor irmos embora porque precisamos ir para bem longe e o trem não vai para o lugar que queremos.- disse eu olhando para o seu rosto que estava triste.
- Você tem razão Zé, é melhor irmos embora.- disse ele para mim. Ele virou para o João e disse desapontado.
- Houve um imprevisto, não vamos viajar mais.- disse Francisco para ele.
- Que pena, eu tenho que ir, outro dia a gente se fala. Tchau !- disse João saindo e voltando ao trabalho.
Nós fomos para o ponto e pegamos o ônibus para o asilo. Chegando lá vimos Marie e Anne jogando uma partida de damas, interrompemos elas e contamos tudo. Elas ficaram muito tristes, e depois de uns 5 minutos Paula chegou.
- Eu ouvi tudo, e quero ajudar vocês.- disse ela.
- Bom, como vocês já tentaram pelo mar e pela terra e como não deu certo, é só ir pelo mar.
- Paula, por que você está querendo nos ajudar ?- disse eu para ela.
- Porque é uma história linda de amor verdadeiro, e eu quero participar dela, junto com vocês.- disse ela.
- Ok, mas ir de avião não vai dar, porque além de ser cara a passagem se irmos, não sabemos para onde ir.- disse Marie.
- Nós precisamos de alguma coisa que não tenha direção que vá para qualquer lugar.- disse Anne.
- E quem falou de avião ?- disse Paula com um ar de quem tinha certeza do que falava.

O céu é o LimiteOnde histórias criam vida. Descubra agora