Bolinhas Que Estouram

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O restante da viagem passou como um borrão. Alec se lembra de ficar com Magnus a maior parte do tempo, andar com ele de mãos dadas, beijá-lo na frente de todos e fugir de Thomas que parecia estranhamente empenhado em pegá-lo sozinho o que no fundo da sua mente Alec achou que seria uma péssima ideia. 

Agora no caminho de volta, sentado ao lado de Magnus deitado em seu colo enquanto ele acariciava seus cabelos lhe transmitindo uma sensação de paz assustadora, aquele tipo de paz que é boa demais para ser real e que lhe deixa desconfiado. As pessoas costumam dizer que o amor sempre vence mas o seu vencera fácil demais e isso parecia suspeito mas não iria julgar, se fosse para ser feliz iria aproveitar. 

Magnus deu um beijo em sua testa e ele olhou para o rosto do homem que estava apaixonado, sorrindo fazendo um bico manhoso deixando claro que receber beijos eram maravilhosos mas queria mais. Alec se levantou e foi até ele juntando seus lábios, o ônibus não tinha o barulho costumeiro de conversas e risadas escandalosas, já havia anoitecido e a maioria das pessoas já dormiam ou ocupadas demais com os celulares e seus respectivos fones. 

-Está todo mundo dormindo ou ocupado.- Magnus falou e Alec assentiu. - Nós não podemos nos beijar tanto assim ou vou querer mais. 

Alec riu baixo e concordou. 

-Aqui é arriscado. 

-Muito arriscado. - Magnus concordou. - Além do mais, seu ex namorado está a uns dois bancos para frente, não quero que ele te ouça gemer e você é escandaloso. 

Alec deu um tapa no braço de Magnus fingindo estar magoado. 

-Não era eu que estava gritando ontem! - Ele devolveu. 

-Está certo, mas quem gritou hoje de manhã? - Era um ponto para ele. Depois de se resolverem na outra noite tinham saído para a festa e ficaram exaustos o dia todo e Alec não conseguia nem mesmo se levantar e com muito esforço saiu para passar o dia com os irmãos e os amigos. 

-Eu sou culpado por você ser tão bom no que faz? - Alec se aconchegou a Magnus. Queria poder chamá-lo de namorado mas não se sentia pronto, mesmo tendo absoluta certeza não poderia correr o risco de ir muito rápido e estragar tudo com pressa. 

-Não, eu sou excelente mesmo - Magnus o puxou si e o beijou e Alec 

sentiu borboletas agitadas no estômago. - Você poderia dormir na minha casa hoje... 

Agora ao invés de borboletas agora tinham pássaros enormes que queriam se libertar e sair voando por aí cantando. 

Alec assentiu. 

-Você não cansa de transar? - Ele provocou Magnus. 

-Não, perdi dois anos com medo agora tenho que compensar o tempo perdido. 

-Estou me sentindo um objeto sexual. - Ele fingiu estar ofendido. 

-Vai dormir na minha cama, comigo. Ninguém além de Catarina e Ragnor, esteve lá, é meu refugio seguro. 

Alec sorriu e selou os lábios de Magnus com os seus e assentiu. Seus pais ainda não sabiam que tinha terminado com Thomas então pensariam que ele tinha ido para casa dele e não iriam se preocupar. 

-Seu pai não vai achar ruim? - Ele sabia que a mãe de Magnus tinha se matado a muito tempo então eram só os dois. 

-Ele está viajando com alguma modelo pelo mundo, ocupado demais para ficar em casa. Geralmente ele chega um dia depois de mim, quando eu viajo. 

Alec pensou em como seria passar a noite com Magnus em seu quarto, ele não conteve uma nova onda de borboletas no estômago, tinha dormido juntos no chalé mas sabia que estar com Magnus na casa dele seria diferente, íntimo. Mesmo a um ano atrás quando a amizade já tinha decolado e eram quase inseparáveis, nunca tinha ido até lá, visto com os próprios olhos. Ele perdera a conta de quantas vezes sonhara em ir até lá, ficar com Magnus, ser dele e agora tudo isso era real e estava acontecendo.

Summer Love - Malec Onde histórias criam vida. Descubra agora