Plano Não Tão Perfeito

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Magnus estava parado a alguns metros da casa que ele imaginava ser a de Thomas, Alec havia lhe dado o endereço depois que o deixara em casa e ele tinha ido em sua casa só para trocar de roupa e colocar algo que facilitava sua movimentação, teria de ser um ninja e não fazer barulho e com uma calça de couro que o deixava fantástico não serviria. Sabia que Alec não iria chegar ao ponto de ter que transar na piscina contra sua vontade mas o vídeo na Internet seria bem ruim também.

Ele viu o namorado chegando e foi até ele, não sabia como iria entrar mas o moreno tinha um plano e falara para ele fazer exatamente isso. Alec olhou em volta e seus olhos azuis relaxaram quando Magnus se aproximou. Ele fez sinal de silêncio e foi até o portão, pegando uma chave e abrindo.

-Por que você tem a chave da casa dele? - Alec o encarou irritado.

-Ele deu para mim. Agora silêncio. - Magnus se deixou ser guiado por Alec e andou devagar na ponta dos pés até próximo a entrada da casa.

O namorado se virou para ele e lhe deu uma outra chave, provavelmente para entrar na casa. Ele estava tão lindo com uma bermuda preta e uma camiseta de botões, parecia até que se vestia bem.

-Por que se arrumou? Você passou perfume? - Magnus cheirou o pescoço de Alec e negou com a cabeça. - Você está bonito demais...

-Magnus não temos tempo para isso, a gente transa a noite toda e você me fode bem forte como punição, agora pare de se concentrar em coisas inúteis. - Ele pegou a mão do namorado e colocou um papel nela. A senha e login da nuvem. - Agora preciso ir, vá até o quarto e fique próximo a janela, você consegue escutar o que acontece na piscina e pelo amor de Deus, se ele me tocar ou se aproximar, não surte! 

-Não coloque a mão nele. - Magnus disse e se inclinou para um beijo. Alec retribuiu e logo se afastou. 

-Preciso ir, eu te amo. 

O moreno começou a caminhar antes que ele pudesse responder e Magnus foi até a porta de entrada girando a chave e entrando o mais silencioso que pôde. Ele caminhou lentamente pela casa e estava tudo escuro o que em partes era bom e outras péssimo. Viu a silhueta de Thomas na piscina com uma garrafa de vinho e duas taças na mão. Ele entregou uma para Alec e o garoto pegou. Magnus ficou encarando e esqueceu de olhar para a frente tropeçando em um móvel e derrubando algo metálico. 

Burro, mil vezes burro. 

Ouviu Thomas perguntar o que era e Alec se inclinar para ele sugestivamente, passando a mão por sua cintura. Ele contou até dez e continuou. Era sua culpa, tinha sido desatento. 

Não surtar, não surtar, não surtar. Não. Surtar. 

Alcançou as escadas e subiu devagar na ponta dos pés. Tinham três possíveis quartos e ele foi no que ficava do mesmo lado que a piscina, logo notou várias roupas espalhadas e um suporte de futebol. Tinha uma foto na beirada da cama de Alec sorrindo enquanto segurava uma medalha. Ele se lembrava daquele dia, tinha sido uma luta difícil mas ele ganhara mesmo assim. Ele se inclinou e retirou da moldura dourada a foto e guardou no bolso da bermuda, iria ficar linda no seu quarto em uma moldura azul. 

O notebook estava em cima da mesa e ele ligou a tela, um protetor de tela dos vingadores, que original. Ele desbloqueou porque não tinha senha e uma foto de Thomas e Alec se beijando no mirante abandonado onde esteve horas atrás encheu a tela brilhante. 

Não surtar, não surtar, não surtar. 

Abriu uma página do navegador e acessou a nuvem. Foi relativamente fácil e foi até os backups, logo notou o vídeo entre os últimos e se certificou de que em nenhuma das gavetas do quarto tinham um pen drive ou qualquer outro dispositivo de armazenamento. Foi até a janela e diminuiu o brilho da tela, a curiosidade falou alto e ele rolou pelas centenas de fotos armazenadas ali, a maioria eram selfies recentes. Patético! 

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