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  Eleanor

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Eleanor

Me virei para Thomas que me olhava com aquele ar de superioridade e talvez um pouco de desejo.

- Senhorita Ross, vou ser direto no meu assunto com você, gostaria que você trabalhasse para mim e minha família, como medica pessoal. Como sei que você não é uma mulher boba nem nada, sabe muito bem com o que mexemos e que as vezes precisamos de alguém com os seus conhecimentos por perto. Principalmente quando nos envolvemos em problemas. E então, aceita? - Thomas termina de falar e ascende um cigarro enquanto espera pela minha resposta, que na cabeça dele poderia ser óbvia.
- Me pegou de surpresa senhor Shelby, eu mal cheguei a Birmingham, o senhor nem sabe nada sobre mim pra ter tamanha confiança em deixar suas vidas em minhas mãos quando precisassem - falei e o Shelby a minha frente solta a fumaça do cigarro e me encara sério por alguns segundos. Por sorte me mantenho firme e sustento seu olhar.
- Tem razão, mas acho que a questão de confiar só o tempo dirá. E eu sei tudo sobre a sua vida.-
Não tinha pensado que um homem como ele logicamente saberia tudo sobre mim. Conseguir disfarçar e decidi aceitar logo, estar ali com ele nessa noite fria estava me deixando um tanto desconfortável.
- Tudo bem, eu aceito. Mas não vou deixar de dar prioridade ao hospital que irei trabalhar.
- Tudo bem Eleanor, não tinha pedido total prioridade. Passe em meu escritório amanhã pela tarde para acertarmos quanto irá receber e essas burocracias todas. E bem vinda a companhia Shelby. - me lançou sorriso satisfeito e então se virou e voltou para o pub.
- De nada né. - bufo e entro no carro. Antes de dar partida, paro para respirar um pouco, tinha sido muito rápida essa conversa e em todo momento me senti observada. Ligo o carro e saio, antes de virar a rua pra entrar na avenida puder ver John parado na esquina. Era ele quem estava observando tudo.

• ────────╮•╭──────── •

Que motivo do inferno John estaria ali observando tudo? Essa família shelby era muito estranha mesmo. Cheguei em casa e meu pai já estava dormindo, fui até seu quarto e fiquei o observando. Pensamentos como se talvez eu tivesse ficado aqui e não ter ido pra Boston teria sido melhor, pois teria passado mais tempo com ele, mas também agora que ele precisa da cirurgia eu sou capacitada pra poder salvar sua vida. Acredito que não tenha medica cirurgiã aqui melhor do que eu. Me sinto responsável por ele por diversas maneiras, mas havia coisa sobre meu pai que me deixavam muito intrigada. Decidi descer até seu escritório, talvez lá tenha algo que revele sobre seu real trabalho, porque funcionário público eu nunca acreditei de verdade que ele era.

Revirando tudo da forma mais cuidadosa de todas achei vários arquivos sobre pessoas, criminosos pra ser exata, todos muito estudados, cheios de anotações espalhadas por quase todo o escritório. Talvez por meu pai viver sozinho aqui nunca tenha se importado em esconder as coisas aqui. Me sentei em sua cadeira e comecei a abrir as gavetas de sua mesa. Na última gaveta finalmente descobri o que meu pai era. Escondido atrás de alguns papéis lá estava o distintivo de meu pai como agente da inteligencia da Interpol.

Depois disso acho que tudo finalmente ficou claro em minha cabeça. O motivo dele sempre não falar muito sobre seu trabalho, por sempre ter feito viagens estranhas quando eu morava aqui mais nova e o mais importante, o grande interesse da família Shelby manter uma relação amigável com meu pai. Obviamente, eles já sabiam da profissão do meu pai e temo que meu pai ajude eles em suas operações. Afinal, que outro motivo meu pai teria para não prender todos eles se não estivesse envolvido também?

Meu primeiro dia no hospital havia chegado, decidi não falar com meu pai que eu sabia quem ele era porque agora isso não era importante agora, ele poderia ficar muito inquieto e nas condições atuais dele isso nao era bom. Segui para o hospital.

O dia correu tranquilo, apenas com algumas emergências e fui apresentada a toda equipe médica do hospital. Também me apresentaram a minha equipe que ficaria comigo a maior parte das cirurgias, me mostraram onde era o centro cirúrgico e minha sala próxima ali. Nesse dia eu já ficaria de plantão, então nem me preocupei com mais nada que não estivesse ligada ao hospital.

01h da manhã e entra uma emergência, estava tudo calmo no hospital quando Jhon e Thomas entram carregando um rapaz mais novo que estava todo ensanguentado.
- Ajuda por favor! - Jhon gritou e eu corri até eles.
- O que houve com ele? Tragam uma uma maca agora! - gritei para os enfermeiros mais próximos.
- Você que tá de plantão? - Thomas perguntou
- Meio óbvio né, mas não respondeu minha pergunta - disse firme querendo entender o motivo daquele rapaz estar baleado.
- Ele se meteu em uma briga e levou um tiro, é só isso que posso falar aqui pra você - Thomas falou com olhar de "te explico depois"
- Tudo bem, não se preocupem que eu vou cuidar dele - digo e sinto uma mão segurar firme meu braço, olho em direção ao dono e vejo Jhon com olhos marejados.
- Por favor, salva ele.
Assinto e logo saio em disparada em direção ao centro cirúrgico com os enfermeiros e a maca ao meu encalço.
Aquele menino era irmão mais novo deles. Finn se não me engano, me lembro dele bebê.
O que fizeram com você, menino?

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⏰ Última atualização: Apr 19, 2021 ⏰

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