Capítulo VII

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Cuca

Eric e Camila estavam conversando, algo me dizia que não era coisa boa, mas nao posso perder meu tempo com isso agora, tenho uma entidade para salvar, ou tentar.

- Vocês dois, venham para cá, agora.

Os dois vem sem nem questionar.

- Eric, eu preciso que você pegue um balde de alguém, Camila, não saia de perto do Isac, vamos ter que acordar ele!

🦋🦋🦋

Eric volta com um balde de água, pego um pano e começo a passar no rosto de saci, ele estava fervendo, precisava acordar ele, antes que ele morra, mas de verdade dessa vez.

Alguns minutos se passaram, Isac continuava dormindo, as vezes se mexia um pouco.

- Eric, passa o pano no rosto e no pescoço dele. - falo entregando o pano para o Eric, ele faz o que eu mando.

Vou até minha mesa, pego algumas das ervas que tem o cheiro mais forte, mas que não são tóxicas, faço um bolinho com elas, quase como um buquê, me aproximo de Isac de novo e passo aquele "buquê" perto de seu nariz, o mesmo desperta em segundos, como eu suspeitava, acordou vomitando tudo o que ele podia e o que não podia colocar para fora.

- Isac? Você está bem? - Camila pergunta, o mesmo olha para ela.

- Quem é você? Quem são vocês?

Ok, temos um problema bem grande aqui!

- Isac, olha para mim - falo e ele vira o rosto para mim - você sabe quem eu sou?

- Seu rosto é familiar, mas não faço ideia de quem você seja.

- Do que você se lembra?

- Por que eu contaria para vocês? Eu nem sei quem vocês são.

- Bom, somos as únicas pessoas em quem você pode confiar agora, então, peço que você me fale do que você se lembra.

- Não.

- Por favor Isac, não me faça usar de forças que eu não quero.

- Eu já dei minha resposta.

Encaro Isac, bem nos seus olhos, ele para, me olha e começa a falar.

- eu estava na floresta, uma dor, uma dor muito forte queimava meu corpo, eu tinha acabado de arrancar minha perna, eu morri, e um furacão me levou, a última coisa que me lembro, é dele me achando na floresta, e cantando uma música estranha, depois disso eu apaguei de novo, agora eu estou aqui - a última parte ele disse olhando para o Eric.

Uma música estranha, tudo bem, ele não está muito bem, não vou me dar o trabalho de falar sobre isso com ele.

- A última coisa que ele se lembra é a morte do Isac, ele não se lembra de ter se tornado o Saci, ele não lembra de nada.

- E o que nós podemos fazer para que as memórias dele volte?

- Eu vou ter que entrar, procurar o caminho, achar o que está bloqueando essas memórias, vou ter que arrancar isso e trazer tudo o que ele já viveu de volta, vai ser um pouco complicado, mas não impossível...

- Tem certeza sobre isso Cuca? - Camila fala me encarando, Isac ainda sobre o meu controle.

- Se eu não tivesse certeza, eu não estaria falando isso, eu sei o que eu faço, eu sei o que eu tenho que fazer!

- Eric, coloca ele no sofá por favor, deitado, é melhor do que ele sentado na mesa.

Eric coloca Isac nas costas novamente e coloca o mesmo no sofá.

Tiro Isac do transe e antes que ela possa falar qualquer coisa, começo a cantar...

"Nana neném, que a cuca vem pegar, papai foi pra roça, mamãe foi trabalhar..."

Uma borboleta pousa nos olhos dele, e eu já estava dentro.

Ao contrário das outras vezes em que entrei na cabeça e nas memórias de alguém, ele estava frio por dentro, sua mente, fria, escura, sem vida, os meus passos ecoavam dentro de sua cabeça, mas paredes, no piso, no teto.

Uma porta, apenas uma porta, no fim de um corredor, segui para ela, encostei na maçaneta, e senti meu corpo sendo jogado para longe, mas não para fora da mente dele, fui jogada para o corredor, a porta estava aberta, me levantei, e novamente segui para a porta.

A luz era fraca, mas eu escutava uma voz, um pedido de ajuda, segui aquela voz até encontrar o Saci, não o Isac, mas a entidade Saci, ele pedia por ajuda, por liberdade, para que ele pudesse retomar ao corpo do Isac, estava preso a um casulo de luz, encostei minha mão no mesmo.

No mesmo instante em que coloquei minha mão no casulo de luz, nós dois voltamos, voltamos para realidade, eu estava fora da mente do Isac, e o Saci estava de volta.

A porta da minha sala se abre, olho na direção da mesma, Vanessa dá um suspiro, como se estivesse tentando puxar ar, e cai no chão desmaiada.

- Vanessa! - Vou em sua direção, me sento no chão ao lado dele, coloco sua cabeça no meu colo, começo a dar alguns tapinhas leves no rosto da mesma, chamando seu nome, tentando acordar a mesma!

Hoje é dia...

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🦋 olá, muito obrigada por ter lido, espero que tenham gostado! Em breve irei lançar mais capítulos!

🦋 eu tenho uma conta no insta, onde também posto a fanfic, se quiserem ajudar segundo é @afilhadacuca (mesma coisa no tiktok).

🦋 O que vocês querem ver nessa história?

🦋 Cuidado com a Cuca, que a Cuca te pega!

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