Acordo com uma leve batida na porta, continuo com o olho fechado, não tem motivo pros meninos baterem na porta.
Talvez ela não venha da porta, e sim da sala. Conrado e Breely nem se mexem. A batida fica mais forte, como que eles não acordaram???
Vou para a sala. A batida está vindo da porta, quem seria? O sol nem nasceu direito.
- Já vai! - falo para a pessoa para de bater enquanto eu procuro a chave em algum lugar na sala.
Abro a porta, dando visão para a nossa vizinha do 329. Que coisa bom em.
- Bom dia. - Ela fala sorridente. - Pensei que você não tivesse talheres também. - ela diz com o sorriso maior. - Tomara que eu não tenha te acordado.
Ela me olha de cima a baixo. Eu com o cabelo preso em um coque. Uma blusa larga que eu roubei dos meninos, e uma calça moletom velha.
- Claro que não. - digo forçando o sorriso, mesmo estando com olheiras enormes no rosto. - realmente não precisava.
- Claro que precisa. - o sorriso é o maior que eu já vi na vida. - Como que vocês iriam comer? - Percebo que esse sorriso dela era falso.
- Temos alguns aqui, é o suficiente. - continuo com o sorriso estampado no rosto.
- Aceite por favor. - Ela abre a minha mão e coloca 3 colheres, 3 garfos, e 3 facas. O que obviamente não coube. - deixe que eu levo.
Ela passa por mim quase me derrubando.
Agradeço pelo Paulo ter lavado a louça ontem a noite.
- Vi que tinha mais gente aqui. - ela fala procurando a gaveta das colheres. - Onde eles estão? - ela joga na primeira gaveta que abre.
- Dormindo.
- Pois é. - Ela começa a abrir o armário olhando o que tem dentro. - Meu filho que me disse, ele também quer tirar uma foto com eles.
Ela olha pra mim com aquele sorriso falso e volta a olha o balcão.
- Sabe como são essas crianças. -Ela fala como se eu não fosse uma.
- Nossa vocês gravam tudo mesmo em. - ela fala vendo a câmera do Deni em cima da geladeira. - Você bebe?
Puta que pariu, ela abriu o congelador mais rápido do que eu pensei.
- Não. - minto.
- Então por que disso? - ela pega a vodka na mão. - Vamos querida não minta pra mim, sou sua amiga. - ela pisca, como se aquilo fosse um voto de confiança.
- Eu não bebo, somente os meninos mais velhos que bebem. - falo enquanto ela abre a vodka.
- Você não é de maior? Pensei que todos vocês eram. - Ela procura um copo.
- Somente três são. - digo tentando ser mais simpática possível.
- Quem são eles? - ela vira o shot e espera minha reação.
Talvez de raiva, por ela ter bebido minha suposta bebida. Sei lá do que ela espera.
Continuei com a mesma cara que estava quando abri a porta, com sono.
- Os dois que foram comigo naquela noite são de menor, o resto é maior. - Puta que pariu, por que eu falei?
- Bom saber. - puta que pariu por que eu falei?
- Da para falarem mais baixo aí vocês. - Paulo aparace puto e com cara de sono na sala, mas para assim que ver a nossa vizinha guardando a vodka.
Olho pra ele com o rosto pedindo ajuda, e depois volto para olhar a mulher com o rosto alegre de sempre.

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Vulgo RJ
Fanfiction(Não precisa conhecer para ler.) Um grupo de YouTube e streamer, vulgo seus amigos, fazem uma viagem para o Rio de janeiro. E você vai junto.