Capítulo 5

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Lucy

Quando Lucy anos mais tarde buscou um especialista para tentar entender a obsessão nos números. Algo ficou evidente: ela tinha um psicólogo fodido. Bem... bem fodido.

Mas a doutora Joana extraiu o bom lado, poderia ser pior. Lucy encontrou nos números um ponto de equilíbrio, toda vez que a situação era demais para ela, Lucy se fechava no seu mundinho; quente, seguro, e quando voltava nada era tão ruim que não desse para resolver.

Era a maneira mais adequada? Talvez não. Mas era melhor do que ter um surto e ninguém ia querer uma Lucy surtada perto de si.

Bão te dizem o quanto a vida adulta é uma merda, ao invés disso enchem uma criança com sonhos e heróis fantasiados saídos de filmes para mais tarde expor a imundice.

"Desculpe linda, é assim que o mundo real é, saberia se lagar-se um pouco os livros. "

Palavras da mãe de Lucy.

Foram mais leves do que as veio a seguir:

__ Coloca uma coisa na sua cabeça. - a cabeça de Lucy tombou para trás com o dedo indicador da mãe agressivo empurar logo acima da sombracelha direita. - A sua fadinha não vai trazer de volta o seu pai, ao contrário dos livros; pessoas mortas, continuam mortas! - A garotinha não reconheceu a mulher, estava mais magra, os olhos inchados e com olheiras. Ela perdeu uma coisa, Lucy era nova para interpretar o que seria as mudanças da mãe. Mas inteligente como ela descobriu que era ligado ao pai.

Talvez sua mãe tenha perdido um pedaço de si, a garota odiava o que restou: podre, feio, mal.

Sua mãe não era mais sua heroína e como todo vilão você foge; foge para que o mal não te contaminem.

Longe, o mais longe possível.

Crianças são felizes, o desolador e quando o monstro da realidade batem a suas portas. Ele não pede licença apenas entra pegando muitas desprevenidas.

Ele e o famoso"destruidor de sonhos".

Ele mostrará para aquela garotinha sonhadora que ela não pode ser médica, por que sua família não tem condições para pagar seus estudos e para aquele menino de sorriso doce e alegre que sua mãe e seu pai não são tão felizes como ele imaginava.

E cruel! E como sabia disso? Ele tinha batido na sua porta.

Tinha oito anos.

Era uma noite fria não havia estrelas no céu. E como se o destino prepara-se para o que ia acontecer.
Estava na janela do seu quarto, observando o cachorro do vizinho latir. Viu quando o carro de polícia parou na porta de sua casa e quando o policial desceu e tocou a campainha. Lucy também viu quando sua mãe saiu e o atendeu e principalmente viu quando cinco minutos depois sua mãe se jogou no chão, gritando e chorando.

O monstro da realidade bateu a sua porta forte demais para ela suporta.

Ele tirou o que tinha demais importante ...

Seu pai.

Sua mãe não a procurou, ficou sabendo pela sua tia, seu pai havia morrido em um acidente, um motorista bêbado bateu no seu carro.

Seu mundo desabou.

Viu a homenagem quer seus colegas de trabalho fizeram. Foi lindo. Ele ficaria tão orgulhoso, trouxeram até mesmo o caminhão do corpo de bombeiros.

Todos estavam lá... Josh e Allan seus melhores amigos. Estavam de uniforme, fizeram o que sua mãe não fez... vieram ate ela e a deram um abraço. Vai ficar tudo bem disseram. Mentira, não ficou. Sua mãe os afastou depois da morte do pai. Ele foi embora cedo demais e Lucy não estava preparada para deixá-lo partir.

Draximon ( Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora