✵ Dedicatória ✵

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Certa vez, quando eu tinha uns 12 anos, assisti o atravessar baixinho de uma estrela aparentemente dourada

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Certa vez, quando eu tinha uns 12 anos, assisti o atravessar baixinho de uma estrela aparentemente dourada. Ela seguia ligeira, quase alcançando o muro do colégio, diferente de tudo que a ciência e qualquer outra coisa já houvesse dito antes (procurei na internet depois de muito tempo). Perguntei para a minha bisavó o que era aquilo — uma vez que fomos as únicas a vê-la naquela madrugada, numa época em que o perigo, para mim, era pegar um resfriado —, ela sorriu e me disse que era uma alma perdida que provavelmente encontrou o seu lugar.

Quando comecei essa história, a minha referência para fantasia ainda estava viva, mas a morte a embalou nos braços e a levou para longe.

Essa é para você, vovó, a minha referência com suas caiporas, lobisomens, fantasmas e botijas encantadas. Obrigada por tudo e espero que, do seu descanso eterno, a senhora se orgulhe da pessoa que criou.

 Obrigada por tudo e espero que, do seu descanso eterno, a senhora se orgulhe da pessoa que criou

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