Estúpido Eu - Yeonbin

Flores! : capítulo 3

▪︎ Yeonjun ▪︎

 

Nossas conversas eram baseadas nas histórias malucas do meu irmão na época em que nós estudávamos em salas diferentes, eu comentando algumas coisas, e Soo falando de seus interesses assim como o resto do trio fazia de vez em quando também, estava um clima gostoso e risonho que foi se diluindo rápido até demais com o tempo, até porque a gente não se conhecia tão bem.

 

Estou me arrependendo levemente de não ter escrito meu nome na carta... “Assinado: estúpido Yeonjun.”

Hum, acho que só “Yeonjun” já estaria de bom tamanho.

— Yeonjun... tá acordado? — A voz de Soobin me acordou dos meus devaneios sobre como seria se eu realmente tivesse feito isso, e se ele realmente gostasse de mim como eu gosto dele.

— Ah estou sim, hehe, desculpa, só estava pensando.

— Entendi. — Ele pôs uma das mão na frente da boca para fingir que não estava sorindo. — Em que você estava pensando então?

Ô céu, o que eu falo???

A Beomgyu nos olhava como se esperasse ansiosamente por algo, parece que só eu percebi isso, porque Bin sorria e olhava diretamente pra mim também, me deixando mais nervoso.

— F-flores.— Eu sou um desastre. — E-eu lembrei da floricultura que tem perto de casa, não sei por quê.

Beom começou a fazer aquele sorriso de quando tentamos segurar a risada eu e logo senti minhas bochechas queimando MUITO.

Caramba, que estúpido!

Mas, por outro lado, a doce pessoa de fios azuis apenas riu nasalmente de um jeitinho fofo e apenas continuou olhando pra mim.

— Entendi. Você vai muito pra lá? —  O Soo perguntou na tentativa de estender aquele assunto... Provavelmente quando o meu irmão chegou eu me desliguei completamente da nossa conversa...

— Bem, mais ou menos. — Respondi sem jeito enquanto olhava o chão branco do pátio que servia de plano de fundo para os meus tênis surrados de tanto insistir em usar eles, mesmo eu tendo outros mais novos.

E graças a minha resposta vaga, meu querido irmão consegue se livrar da vontade de rir e se lembra de algum assunto aleatório sobre essa floricultura, impedindo que o silêncio constrangedor se espalhasse mais ainda no ambiente.

— Eu me lembrei de quando nós éramos crianças e a gente ficava infernizando a mãe para que ela comprasse pelo menos uma sementinha de qualquer flor da floricultura, tadinha! — Ela riu ao se recordar das nossas “birras.”

Eu esbugalhei os olhos animadamente ao me lembrar de outra coisa.

— Nossa sim! Mas o único que cuidava da plantinha era eu, preguiçoso! 

Dei um tapinha no ombro dele, fazendo Soobin rir (era engraçado como Bin ria de tudo, ria por achar algo fofo, de vergonha, ou por realmente ver graça na conversa...) eu amo isso, caras.