CINCO (SEMPRE OS TRÊS)

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eram três latas de cerveja na mesa durante o breu das três da manhã. haviam três cartelas de remédios do lado de exatamente três gotas de sangue que haviam respingado durante meus devaneios mais lúcidos.
éramos eu e a solidão negociando com a tristeza: pedimos pra ela se retirar por apenas três minutos para eu me recompor.
pois lá estava eu no meio da minha terceira crise de ansiedade e já não tinha mais forças pra lutar contra meu desejo mórbido de um paraíso infernal. lá estava meu corpo estirado no chão ao lado de estilhaços de um copo e um coração, ambos quebrados. a casa tornará-se como a dona: tão vazia, mesmo cheia de gente.

APENAS MAIS ALGUNS TEXTOS SOBRE AMOR E DOROnde histórias criam vida. Descubra agora