Brooke é filha de um dos criminosos mais conhecidos da Rússia.
Com esse status, já é possível imaginar que sua vida não seja fácil.
Mas tem como piorar... Brooke tem sofrido com um sonho que anda tendo frequentemente, onde ela era sequestrada.
Ela c...
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Nate na foto acima. (...)
Irmão?! Outro cara arrogante para eu ter que lidar, minha situação não poderia estar melhor!
-Não sabia que você tinha um irmão.- digo enquanto enrolo meu corpo seminu de volta no lençol.
Todo mundo conhece a família Fernandez. Era uma família de mafiosos, uma das máfias mais conhecidas e poderosas que existe. Mas nunca ninguém ouviu falar do Nate, ele nunca foi visto, seu nome também nunca foi citado. Por que será?
-Ninguém sabe sobre ele. Meu pai quis manter a existência dele em segredo, para mantê-lo seguro.- Rodrigo encarava o chão enquanto falava.
Algo muito ruim deve ter acontecido para o pai dele ter ficado tão preocupado ao ponto de mante-lo em segredo. O olhar de Rodrigo entregava tudo, ele não conseguia me encarar, com seus olhos semicerrados voltados para o chão e mãos em forma de punho.
Ele estava preparado para assassinar alguém. Parecia estar se lembrando de algo, algo muito ruim e traumatizante. Quero muito perguntar e saber o que é, mas principalmente queria reconforta-lo... Não gostava de ver ele assim, especialmente agora que sei como é o seu lindo sorriso e o prazeroso som da sua risada.
Ele finalmente olha para meus olhos, porém vejo seu olhar descer para o fino lençol que tem dificuldade em esconder meu corpo apenas coberto pelo meu sutiã e calcinha que agora me arrependo de os ter escolhido, já que são muito reveladores.
Meus seios estavam quase saindo para fora do sutiã e minha calcinha quase nem cobre minha bunda. Vejo o lindo tom claro de seus olhos azuis de repente escurecer, assemelhando a cor do céu à noite.
Em seguida, morde seu lábio inferior como se estivesse se segurando para não cometer um grande erro.
Eu tento me cobrir mais com o lençol, mas sem sucesso. Estava me sentindo uma presa prestes a ser devorada.
Minha respiração já começa a falhar e sinto minhas bochechas queimarem com o olhar faminto que ele põe sobre mim.
Vejo suas mãos descerem para... MEU DEUS! Rodrigo tentou ser sútil, mas claramente não funcionou!
Suas mãos tentavam esconder a protuberância entre suas pernas. Era...grande. Muito grande. Do nada comecei a sentir um calor, como se o quarto estivesse pegando fogo. E uma sensação que até agora era desconhecida pra mim... uma pressão entre as minhas pernas...
Antes que algo pudesse acontecer, Rodrigo fecha seus olhos com força e respira fundo. -Melhor você tomar um banho, deixei uma roupa limpa no banheiro. Depois conversamos.- ele diz e sai do quarto com passos rápidos.
Logo antes dele sair, ouvi ele sussurrar para si mesmo. " Preciso de um banho gelado".
O que aconteceu comigo? Eu nunca me senti assim antes. Decidi por meus pensamentos de lado. Por agora. E parti em direção ao banheiro, na tentativa de me livrar desse calor infernal que meus corpo ainda estava sentido. (...) Terminei meu banho e ao sair do quarto dou de cara com um homem alto, seu cabelo possuía alguns fios grisalhos e sua barba era cheia, sem falha alguma.
Acima da gola de sua camisa, pude ver tatuagens se estendendo pelo seu pescoço. De alguma maneira...ele era familiar.
Ele cruzou os braços e começou a me encarar com um olhar nada bom. Me deu a impressão de que se ele pudesse, eu já estaria morta e enterrada nesse momento. Engulo seco enquanto vejo esse homem continuar a me olhar com um olhar assassino, nada saía de sua boca.
Era como se ele estivesse esperando uma reação minha. Como se eu soubesse quem ele era. E foi aí, que algo dentro de mim clicou. Julio Fernandez! Julio Fernandez, Julio Fernandez, Julio Fernandez, Julio Fernandez!!!
Eu petrifiquei, fiquei paralisada no meu lugar. Parte de mim sabia que uma hora iria ter que dar de cara com ele. Mas não esperava que fosse tão cedo, e tão inesperado. Parecia que eu tinha acabado de dar de cara com a morte.
Ao ver minha reação, Julio deu um sorriso malicioso de canto de boca. Esse cara consegue botar medo em qualquer pessoa. Ele deu um passo em minha direção e eu já não consegui me controlar.
Um grito abafado saiu de minha boca, e a única coisa que pensei naquele momento... foi correr até não aguentar mais.
Infelizmente eu não sabia que isso seria um erro terrível.
A medida em que eu ia correndo para fugir do psicopata, ia observando meus arredores. Eu estava numa mansão. Paredes ornamentadas com quadros que pareciam ter custado uma fortuna, corredores imensos que permitiam acesso a vários outros cômodos também enormes.
Entrei em um desses corredores e me deparei com diversas portas, encarei todas elas sem certeza de onde entrar. Já estava sem fôlego, pois tinha corrido por um bom tempo. Essa casa não tem fim.
-O que você tá fazendo aqui?- uma voz soa atrás de mim e antes que eu pudesse gritar, minha boca é abafada por uma mão tatuada. Espere... eu reconheço essa tatuagem! Uma onda de alívio cai sobre mim.
-Nate!- eu tento falar mas sua mão ainda abafa minha boca. Ele me guia cuidadosamente para o quarto atrás dele e tranca a porta. -Você tá louca?- ele finalmente libera minha boca e me encara com raiva. -Se outra pessoa tivesse te achado, você estaria morta!- Nate parecia estar preocupado comigo, como se estivesse com raiva de eu ter me posto em perigo.
-Como assim?- eu pergunto ainda bem abalada e trêmula de tanto correr. -Você sabe quem a gente é, não sabe?- ele pergunta enquanto passa a mão pelos cabelos ondulados e sedosos dele, o pondo de volta no lugar.
-S-sei.- respondo com uma voz falha, desviando meu olhar do dele. Tinha esquecido por um segundo, que ele fazia parte dessa loucura. Nate tinha um jeito tão despreocupado e divertido, que me surpreendia saber a qual família ele faz parte.
Mesmo assim, fico feliz que de todas as pessoas que poderiam ter me encontrado... foi ele quem me achou.
-Então já era de se esperar que essa casa é lotada de criminosos, que não pensariam duas vezes antes de meterem uma bala na sua cabeça!- ele esbraveja. -Nate, fala baixo por favor..Seu pai- Antes que eu pudesse terminar minha frase, uma batida forte faz a porta estremecer.
-Nate. Abra essa porta agora!- a voz era desconhecida pra mim, mas não era preciso um gênio para descobrir a quem pertencia.
