06: Humanidade

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Era o meio da tarde nas Terras Agrestes. Mas, dois dias antes. O sol brilhava, radiante, o céu estava em um tom levemente dourado. No noroeste do mapa, acima nas montanhas, havia a capital dos Anões Martelo Feroz. Era um grande pico -- o Pico Aéreo. Era um lar repleto dos seus habitantes locais da Aliança, os Martelo Feroz, e quem se hospedava ali no momento atual.

Pássaros e grifos cantavam, flores desabrochavam, e o vento rugia alto. A luz do sol batia na grama, e, sentado na grama, estava um worgen. Seu pelo era escuro, uma cor preta. Seu rosto era jovial, aparentando ter vinte e poucos anos, e ele vestia trajes elegantes, um jaleco de tecido que cobria seu corpo, com detalhes dourados, e uma flor no peito. O corpo do worgen era magro, mas forte e atlético.

O worgen lia um livro, aparentemente pandarênico. Ele absorvia o conteúdo atenciosamente, até algo pousar em seu focinho. Um inseto, com várias pernas e com asas grandes e coloridas. Por um momento, ele havia pensado que aquela criatura era uma vespa, mas, felizmente, era apenas uma borboleta.

Os olhos do worgen brilharam em outra cor por um momento, ele dando uma olhada no espírito daquele inseto, tentando ver se ele carregava alguma energia escondida. Não. Era um inseto comum.

Ele suspirou, levantando sua mão e espantando o inseto, que voa para longe. Fechou seu livro, colocando na mochila, respirando fundo enquanto caminhou até os interiores da capital. Ele desceu um barranco, chegando na vila, onde haviam várias casas enânicas, feitas de tijolos e rochas. O worgen entrou dentro da estalagem local. Haviam alguns aventureiros, descontando as mágoas em álcool, provando da deliciosa culinária enânica, ou apenas descansando. Ele caminhou até o balcão, colocando a sua mochila no chão e se sentando em um banco. No outro lado do balcão, estava um anão jovem. Sua barba mal estava crescida, sendo curta. Sua pele era uma cor acinzentada, meio escura, e sua barba era dourada, um bronze radiante. Seu cabelo era liso, com uma franja no rosto, e os olhos dele eram vermelhos. O worgen acenou para ele. - Boa tarde, Mezan. -

- Boa tarde, sr. Uyrian! - O garoto disse, em sua voz alternativa de adolescente. - Tu dormiu lá fora de novo. Algum motivo? -

- Nenhum em particular. Só estava fazendo a patrulha, sabe. - Uyrian disse, levando as mãos até o cinto e tirando algumas moedas de ouro. Ele colocou no balcão, as moedas quicando. - Um vinho leve, por favor, acompanhado do melhor bolo da casa. Estou com muita fome. -

- É pra já, tchê! - Mezan disse, acenando com a cabeça e indo para a cozinha. Após um tempo, ele voltou com algumas fatias de bolo em um prato, junto com uma garrafa pequena de vinho, acompanhados de talheres. Ele colocou no balcão curto. - Bom proveito. -

- Obrigado, garoto. - Uyrian disse, começando a comer. Após mastigar por um tempo, ele olhou para o jovem. - Como estão seus pais? -

- Hokh deve tá patrulhando com os homens dele, e Lysuros deve tá fazendo alguma coisa doida na forja do local. Ele ama fazer um monte de armas doidas, sabe... - Mezan disse, sorridente. - Já que eu sou o filho mais velho, tu sabe, né. Eu fico cuidando da taverna. Era pro Lysuros tá fazendo isso, mas ele colocou isso pra cima de mim. -

- Faça tudo por seus pais, Mezan. - Uyrian disse, após engolir um pedaço do bolo de formigueiro. - Ainda mais por pais tão bons quanto Hokh e Lysuros. Os meus me deixaram sozinho em Pandária. Pandária, de todos os locais do mundo... hoje em dia, não faço ideia de onde o velho do meu pai está, e minha mãe? Ela falou na minha cara para nunca mais ver ela. -

- Tá, tá. - Mezan riu um pouco, levando a mão até uma caneca no balcão, colocando essa caneca em um filtro de hidromel. Ele puxou o filtro, o líquido alcoólico caindo na caneca.

Uyrian percebeu o que Mezan fazia, e ele logo deu um tapa na mão do garoto, fazendo ele largar a caneca no chão, ao mesmo tempo desligando o filtro. O worgen rosnou. - Seus pais já lhe falaram para não beber, você é jovem demais para isso. Na próxima vez, eu vou contar para o Hokh. Você sabe como ele é rígido na punição. -

Desbravadores da HonraOnde histórias criam vida. Descubra agora