07 - saudades

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A porta do escritório soltava um rangido característico. Como um chiado arrastado a qual seu dono já havia se habituado. 

Liam ergueu os olhos assim que o escutou. Nunca fora um costume fechar aquela porta, foi uma das poucas coisas que não mudaram nos últimos dias. Ele descansou o lápis sobre o caderno e

deixou a escrita de lado, felizmente faltava apenas colocar o ponto final. Podia ser dar ao luxo de uma pausa.

A cabeça de Marte se esgueirou pela fresta que fora aberta. O menino só se moveu quando o mais velho sinalizou. Um balançar de mão que o incentivava a entrar.  E ele entrou. O olhar curioso percorria cada canto do local. Dos dias que está ali o escritório fora o único cômodo que ainda não havia colocado os pés.

— Está muito ocupado?

Indagou se aproximando. Olhou para o caderno grosso e preto. As pilhas de papéis. Os lápis e as raspas que caiam do apontador. Seu pai passava horas a fio ali. Já não aguentava mais esperar para perguntar. Deveria ter feito isso de manhã, enquanto estavam no supermercado.

— não. — O Dunbar garantiu. — Já terminei.

Ele esperou até que o "salvo" aparecesse no documento. Para poder fechar e dar a devida atenção ao menino.

Marte assentiu satisfeito.

— Queria te fazer uma pergunta. — Ele balbuciou, puxando uma cadeira para se sentar. — Mas não sei se o senhor vai se sentir confortável.

Liam franziu o cenho. Em sua cabeça passavam mil e uma coisas. Poderia ser qualquer uma delas. Resolveu deixar a imaginação de lado e perguntar:

— E o que seria?

Marte se sentou. Ficou olhando para o pai, buscando alguma dúvida em relação aquela carta branco.

— Como vocês se conheceram? — Indagou por fim. Quase não cabia em si de tanto curiosidade.

Por um momento Liam pensou que o filho estivesse falando sobre a Violet. Mas logo sua ficha caiu.

— Theo e eu? — A pergunta veio com um engolir e seco.

 O menino tinha razão, em parte. Ele não se sentia muito confortável, mas também não se sentia tão desconfortável a ponto de se calar.

— É. — O Raeken assentiu.

O Dunbar se remexeu inquieto. Sem saber por onde começar. Embora Uma parte das lembranças perpassassem em sua mente fresquinhas, como se tivesse acontecido há algumas semanas.

Sob este céu estrelado.Onde histórias criam vida. Descubra agora