Aos trinta e dois anos Liam Dunbar já havia conseguido publicar dois dos livros. Se tornou um escritor razoavelmente famoso; não a ponto de ser reconhecido a todo momento na rua, mas o suficiente para encontrar os exemplares em cada livraria e banc...
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A porta do escritório soltava um rangido característico. Como um chiado arrastado a qual seu dono já havia se habituado.
Liam ergueu os olhos assim que o escutou. Nunca fora um costume fechar aquela porta, foi uma das poucas coisas que não mudaram nos últimos dias. Ele descansou o lápis sobre o caderno e
deixou a escrita de lado, felizmente faltava apenas colocar o ponto final. Podia ser dar ao luxo de uma pausa.
A cabeça de Marte se esgueirou pela fresta que fora aberta. O menino só se moveu quando o mais velho sinalizou. Um balançar de mão que o incentivava a entrar. E ele entrou. O olhar curioso percorria cada canto do local. Dos dias que está ali o escritório fora o único cômodo que ainda não havia colocado os pés.
— Está muito ocupado?
Indagou se aproximando. Olhou para o caderno grosso e preto. As pilhas de papéis. Os lápis e as raspas que caiam do apontador. Seu pai passava horas a fio ali. Já não aguentava mais esperar para perguntar. Deveria ter feito isso de manhã, enquanto estavam no supermercado.
— não. — O Dunbar garantiu. — Já terminei.
Ele esperou até que o "salvo" aparecesse no documento. Para poder fechar e dar a devida atenção ao menino.
Marte assentiu satisfeito.
— Queria te fazer uma pergunta. — Ele balbuciou, puxando uma cadeira para se sentar. — Mas não sei se o senhor vai se sentir confortável.
Liam franziu o cenho. Em sua cabeça passavam mil e uma coisas. Poderia ser qualquer uma delas. Resolveu deixar a imaginação de lado e perguntar:
— E o que seria?
Marte se sentou. Ficou olhando para o pai, buscando alguma dúvida em relação aquela carta branco.
— Como vocês se conheceram? — Indagou por fim. Quase não cabia em si de tanto curiosidade.
Por um momento Liam pensou que o filho estivesse falando sobre a Violet. Mas logo sua ficha caiu.
— Theo e eu? — A pergunta veio com um engolir e seco.
O menino tinha razão, em parte. Ele não se sentia muito confortável, mas também não se sentia tão desconfortável a ponto de se calar.
— É. — O Raeken assentiu.
O Dunbar se remexeu inquieto. Sem saber por onde começar. Embora Uma parte das lembranças perpassassem em sua mente fresquinhas, como se tivesse acontecido há algumas semanas.