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As vozes se propagavam pelo ar. Exaltando os momentos finais. Eram vozes altivas e empolgadas. Comentavam sobre o final do filme recentemente assistido.
Para Marte elas eram como sussurros vindos de longe, carregados pelo vento. Seus olhos estavam fixos nos dedos que pressionava seu ombro. No braço de Liam que o envolvia. Um abraço de lado. Guiando-o para fora da sala.
Marte estranhou quando aconteceu. Mas não a ponto de se afastar. Começou a apreciar o contato.
— Gostou do filme? — Liam quis saber. Parecia um pouco empolgado. Acordará assim. O bom humor
estava durando até de mais.
Acontece que o Raeken não era muito fã de filmes com ação. Tiros, porradas e bombas. E decidiu ser sincero.
— Poderia ter dito. Teríamos escolhido outro. — ponderou. Não gostava de pensar que o teria feito perder tempo.
O menino deu de ombros.
— Você parecia empolgado com a ideia de assitir esse filme.
— De assitir filme com você. — Liam o corrigiu.
— Não disse que não gostei. — Marte argumentou. E percebeu que poderia ter dito isso primeiro. — Só falei que não é o meu gênero preferido.
Comentou distraído. Esse era o seu problema. A distração, Tornou a tarefa de assistir o filme ainda mais impossível. Estava aturdido - surpreso - desde que fora assumido. Com as fotos naquela livraria.
Liam parou. E o fez parar. Era notável o estado do jovem.
— você está bem?
O segurou pelos ombros e o virou. Para encara-lo melhor.
— Ainda não acredito que fez mesmo aquilo.
— Te apresentar como filho?
Marte assentiu.
— Pensei que fosse gostar.
—Gostei. — O menino afirmou. E confessou: — Mas não gosto de muita atenção.
— Nem eu. — Liam confessou.
Marte o encarou emburrado. E Liam riu.
— Você é oficialmente o meu filho.
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Sob este céu estrelado.
Hayran KurguAos trinta e dois anos Liam Dunbar já havia conseguido publicar dois dos livros. Se tornou um escritor razoavelmente famoso; não a ponto de ser reconhecido a todo momento na rua, mas o suficiente para encontrar os exemplares em cada livraria e banc...