𝙻𝚎𝚖𝚋𝚛𝚘-𝚖𝚎 𝚋𝚎𝚖,
como se fosse ontem, o parquinho ensolarado e as crianças brincando ao redor da caixa de areia, na gangorra, nos balanços e mais alguns outros brinquedos nos quais nunca prestava atenção.
Eu estava sentada, com minhas galochas novas que tinham desenhos de pato e eram amarelas com algumas bolinhas laranjas. Meu cabelo estava preso em duas marias chiquinhas e creio que estava meio abusada por não ter levado algum de meus brinquedos favoritos pois minha mãe disse que iria sujar.
— Filha, por quê não vai brincar com as outras crianças? — minha mãe fazia de tudo para me enturmar.Neguei com a cabeça, cruzando meus bracinhos e virando meu rosto. Nunca tive muita vontade de brincar com outras crianças, não sabia se iriam gostar de mim. Então apenas ficava no meu canto.
Lembro que mamãe ficou tentando me convencer a sair de onde estava sentada para brincar com outras crianças, acabei sendo forçada a ir socializar de uma forma ou de outra. Dei passos pequeninos até a caixa de areia e observei curiosa as crianças, lembro-me que fiquei parada olhando algumas meninas construirem um castelinho de areia.Até que eu senti uma pessoa bater em mim, e eu caí no chão totalmente confusa e sem entender.
— Ai! Desculpa! Você tá bem? — levei a mão até a cabeça, me sentindo meio tonta. — Eu tava brincando de pega-pega, não vi você!
Eu olhei para cima e foi quando o vi pela primeira vez, os cabelos loirinhos caídos no rosto e a blusa branca melada por terra. Os olhos dourados estavam em uma empolgação pura e contagiante, ele estava com a mão estendida para mim, para que eu pegasse e ele me ajudasse a levantasse.
— Uhum... — assenti com a cabeça, segurando sua mão. — Posso brincar?
— Claro! Vem. — ele me ajudou a levantar e limpou a própria camisa.
Recordo-me que brincamos até o entardecer, eu acho que estávamos em um grupo com mais duas crianças. Havia uma garota de cabelos brancos chamada Mirko, ela era gentil com todo mundo e parecia ser a suposta líder do grupinho. Mirko gostou de mim assim que me viu, brincamos a tarde inteira e eu me senti melhor perto deles.
— Qual seu nome? — o garotinho de cabelos loiros me perguntou.
— S/n, qual o seu? — perguntei olhando curiosa para ele.
— S/n, nome bonito! Eu me chamo Keigo. — ele me deu um sorriso gentil antes de colocar a mão no peito orgulhoso.
— Keigo parece queijo! — brinquei dando uma risada suave.
— Queijo é bom, você gosta? — seu sorriso parecia iluminar os locais.
— Não muito, mas eu como quando a mamãe faz pão assado. — só de lembrar da comida eu sorria besta.
— Sua mãe parece muito legal! — era incrível como ele sempre parecia estar animado.
— Ela é! — falava toda orgulhosa.
Eu olhei para trás e vi minha mãe me chamando, eu sorri e pedi com minha mãozinha para que ela esperasse um pouco. Quando me virei Keigo estava com uma florzinha que arrancou do jardim pequenino que havia perto de nós.
— Toma! — ele me ofereceu e logo sorri. — Não sei se você gosta de flores, mas essa aqui é muito muito bonita.
— Eu gosto de flores, você gosta também? — peguei a florzinha na mão e sorri.
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𝘾𝙃𝘼𝙈𝘼 𝙋𝙀𝙍𝘿𝙄𝘿𝘼 - Hawks x Leitora
Fanfic⋅ • ⋅⊰ ∙ ∘☽ ༓ ☾∘ ∙ ⊱⋅ • ⋅ (...) Muitas vezes o destino pode ser o quê ha de mais cruel em nossas vidas, na minha, não foi diferente. Creio que já tenha ouvido falar sobre a história das "Chamas Gêmeas", almas antigas que foram destinadas a pertence...