Desesperança

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13/02/2022, Draco Malfoy

Era evidente que as escolhas de meu pai me atormentariam a vida toda e, consequentemente, atormentariam meu filho também.
Há pouco tempo, surgiu um boato de que Voldmort tivera uma filha, Delphi. Outro boato dizia que ela queria trazer seu pai de volta conjuntamente com antigos comensais da morte, incluindo, obviamente, os Malfoys. Não tenho palavras para descrever o quanto isso me causa desprezo, ânsia e enjoo; a ideia de me juntar novamente com o Lorde das Trevas me causa arrepios, essa terrível experiência me trouxe terríveis pesadelos até que houvesse alguém que pudesse preencher essa crescente escuridão. Esse alguém era Astoria Greengrass, uma pessoa tão radiante que pode iluminar minha alma. Infelizmente, Astoria sofria de uma maldição de sangue que logo a mataria, mas isso não nos impediu de vivermos juntos o máximo de tempo que conseguíssemos, essa união trouxe a maior felicidade da minha vida, Scorpius Malfoy, meu tão amado filho. Quando minha esposa faleceu, ele foi a coisa mais preciosa que restou na minha vida, nem mesmo toda a fortuna da herança dos Malfoys valiam 1/3 do que Scorpius valia para mim, e por esse motivo não podia permitir que ele sofresse os horrores que eu sofri na minha juventude, quando estive ao lado de Lord Voldmort. Scorpius já tinha sofrido o bastante com o bullying devido ao ridículo boato dele ser filho do mesmo, não merecia sofrer nem um pouco mais. Com um enorme receio, tomei a decisão de denunciar o surgimento da filha daquele-que-não-deve-ser-nomeado e todos os seus seguidores, o risco valia a minha felicidade e a do meu filho. Sabia muito bem que havia espiões no Ministério da Magia, precisaria de alguém extremamente leal. A primeira pessoa que me veio à mente, claro, foi Harry Potter, o eleito, o menino-agora homem-que sobreviveu, ele arriscaria a vida, como um grande tolo grifinório, por pessoas que ele nem sequer conhecia; quem dirá pelo melhor amigo de seu filho. Devo admitir que foi uma enorme surpresa quando meu filho disse que seu melhor amigo era, ninguém mais, ninguém menos, que o filho de Harry Potter: Albus Severus Potter. Mais surpreso ainda fiquei ao saber que o menino era um sonserino e, pelo o que disse Scorpius, um autêntico. Não gostei muito do fato de Scorpius se aliar a um Potter, mas não queria interferir em sua felicidade, e, ao conhecer um pouco Albus, percebi que ele era um bom menino. Essa união entre Malfoy e Potter, aliás, me trouxe alguns benefícios, pois, agora mesmo estou a me encontrar com o famoso e exibido Harry Potter, após contatá-lo por carta.
Não disse nada do assunto por carta, apenas pessoalmente; que Delphi planejava a volta de seu pai e contatou todos os seus seguidores, incluindo a mim. Eu mesmo não sabia todos os nomes dos comensais, e foi o que disse a Potter. Potter perguntou o por quê de eu ter contado a ele e o que esperava que ele fizesse. Disse que esperava que ele prendesse esse rebeldes e acabasse com essa rebelião, deixando em segurança meu filho, que era amigo do dele. Disse que não levasse em consideração nossa inimizade, mas em conta nossos filhos, que não têm nada a ver com isso. Harry não pensou muito e logo concordou, disse que essa investigação demoraria um tempo, por volta de 6 meses a 1 anos, já que para descobrir o nome e o paradeiro dos comensais teria que fazer tudo praticamente sozinho, já que poucos eram verdadeiramente confiáveis no Ministério. Disse para ele que poderia demorar o quanto de tempo que quisesse, desde que meu filho ficasse em segurança. Fizemos um acordo.

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