Desilusão

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Notas:
Antes de começar a fanfic gostaria de esclarecer algumas coisas:
-Albus é um ano mais velho que Lily e um ano mais novo que James
-A suposta morte de Scorpius ocorreu durante o 6º ano
-Embora já tenha escrito algumas fanfics antes, ainda sou iniciante e gostaria de pedir paciência
-A fanfic terá por volta de 14 capítulos e vou tentar postar 1 ou 2 por semana
-O nome do personagem que estiver no início de cada capítulo, juntamente com a data, será o personagem que terá o ponto de vista narrado pelo narrador
-A história irá conter a personagem Delphi, mas a fanfic não conta com os acontecimentos do livro "A criança amaldiçoada"
Espero que gostem e boa leitura ☺️
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05/08/2022, Albus Potter

Scorpius e Albus eram inseparáveis, desde o primeiro ano em Hogwarts, em que Albus ficou na cabine daquele trem por causa dos doces; mas não foi só pelos doces, para Albus pouco importava se Scorpius era um Malfoy ou que seu pai era um ex-comensal da morte, ele próprio odiava ser comparado ao pai, não era corajoso como Harry, não era altruísta e não era grifinório; isso era trabalho para o seu irmão mais velho, James, que o estava fazendo muitíssimo bem. Para Albus o que realmente importou foi o fato daquele menino de cabelos loiro ter um sorriso tão radiante que fez com que ele se sentisse acolhido, e mesmo após ter sido selecionado para Sonserina, mesmo sendo um Potter, aquele sorriso continuou sendo acolhedor. Talvez para Scorpius, também, pouco importava que Albus fosse um Potter, talvez ele se sentisse acolhido também, até porque depois de tantos anos, eles continuavam inseparáveis.
Após 5 anos em Hogwarts, Albus percebera duas coisas: ele não era popular e talvez Scorpius não fosse apenas um amigo. Albus sabia muito bem que a sua personalidade não muito receptiva afastava as pessoas, isso não era novidade e não o incomodava, aliás o papel de populares já ficou para seus irmãos; Lily era adorável e simpática, atraia atenção por onde passava; já James era brincalhão e falava pelos cotovelos, não tinha como não conversar com ele (ele não dava essa opção).
Quando Albus foi selecionado para as casa das cobrar ficou super receoso do que a família pensaria dele, nem enviou uma carta aos pais e à irmã para avisa-los, mas claro que sua prima e o seu irmão o fizeram por ele. Uma das pessoas que Albus mais ansiava pela resposta era seu irmão, ele era um grifinório autêntico e Albus já estava suficientemente mal para ouvir piadas sobre ser um sonserino, James, obviamente, caçoou do irmão, mas não deixou de ir atormenta-lo todos os dias no café da manhã, na mesa da Sonserina; desagradando várias pessoas, mas James não se importava, era o jeito de irmão mais velho dele de dizer que independente da casa a que Albus pertencia, ele sempre iria irritá-lo. Lily fez o mesmo quando entrou em Hogwarts, um ano depois de Albus, tanto que, diferente de James que não gostava do fato do melhor amigo de Albus ser um Malfoy, se tornou uma grande amiga de Scorpius.
Todos sabiam que Albus e Scorpius eram amigos, o que não sabiam era que talvez Albus gostasse dele mais do que como um amigo. Ele não sabe bem quando isso começou, pode ser sido quando ele lhe ofereceu doces naquela cabine, pode ter sido quando ele continuou ao seu lado mesmo ele sendo um Potter, sonserino ainda por cima. O que Albus sabia é quando ele percebeu que gostava de Scorpius, foi no quarto ano, em um baile da escola. Scorpius convidou Rose e Albus, apenas por impulso, convidou uma menina corvina que sabia ter uma quedinha por ele; não gostava dela, na verdade nunca gostou de nenhuma menina, a ideia de convidar um menino lufano com quem jogava xadrez lhe parecia mais agradável. Quando estavam na pista de dança sentiu como se tivesse algo errado, não gostou de dançar com aquela menina e não gostou de ver Scorpius dançando com Rose. Gostou menos ainda quando Rose o beijou. Menos ainda quando Scorpius foi lhe contar sobre.
-Foi incrível- disse ele com aquele mesmo sorriso radiante, e Albus sorriu pra ele também, como todo bom amigo faria, mas por dentro queria vomitar. Felizmente, para Albus, Rose foi apenas coisa de momento e Scorpius não voltou a sair com ela. Infelizmente, para Albus, ele perceberá que estava apaixonado, e muito, pelo melhor amigo.
Após o baile, ele começou a reparar em coisas que não reparava antes em Scorpius, em como ele se empolgava quando começava a falar de algum livro que leu, como o cabelo dele balançava com o vento, como o sorriso dele era perfeito, e como ele ficava triste quando caçoavam dele por "ser filho de Voldmort". Apesar de Scorpius fingir que isso não o afetava, Albus sabia que era mentira, ele mesmo se afetava com o bullying que sofria, por que com o amigo seria diferente?
Era nisso que pensava agora, nas suas férias do quinto ano para o sexto: apesar do inferno que era estudar em Hogwarts, foi graças a ela que os dois se conheceram. Era isso que Albus pensava em escrever para Scorpius, para anima-ló um pouco com as voltas as aulas.
Havia uma coisa que o estava deixando extremamente ansioso, Albus, com 16 anos, tomou a decisão mais corajosa da sua vida: iria se declarar e pessoalmente, claro.
Havia a chance de ser rejeitado, mas Albus preferiria arriscar a sorte. Aliás, no ano passado, no 5º ano, Albus não conseguiu evitar de se aproximar de Scorpius, aliás tinha descoberto que estava apaixonado por ele. Toda vez que esbarrava sem querer na mão dele, mas não fazia questão de tirá-la, Scorpius também não o fazia. Todas as vezes que abraçava Scorpius vezes demais, por tempo demais, ele retribuía. Outras vezes, ambos não diziam nada um para outro, apenas ficavam se encarando, sorrindo um para o outro. O mundo parecia mais feliz quando estavam juntos. Por isso Albus decidiu que iria se declarar, se Scorpius o rejeitasse, ainda teria um amigo, e se correspondesse, poderia ter um namorado. Uma decisão tão importante quanto essa não poderia ser enviada por carta, teria que ser pessoalmente, era o que Albus se contava para enganar a si próprio. Na verdade é que se contasse pessoalmente teria mais 15 dias para tomar coragem.
Essa decisão faria Albus se arrepender profundamente, pois naquele mesmo dia receberá uma carta de seu pai que quebraria seu coração.

Até depois da morte Onde histórias criam vida. Descubra agora