PLUS SIZE (CONCLUÍDA)

TAYLOR

A possibilidade de tê-la na minha vida me deixa um tanto ansioso.

Durante dias pensei nela, fantasiei como seria poder beijá-la, estar com ela, dentro dela. Mas nada me preparou para a realidade. Nada se compara ao quanto ela é doce e safada na mesma medida. Ao quanto ela me deixa louco e me faz rir o tempo todo. Tudo nela me deixa encantado, a personalidade, a beleza, a maneira que Tessa se move, o jeito como fala, a forma que seu corpo se encaixa no meu.

Esfrego a testa, preciso pensar, me sinto tragado para um turbilhão de acontecimentos que não controlo.

Quando ela me toca, meus músculos são fios desencapados em curto-circuito, pulsam, explodem discretamente debaixo da pele suada.

Eu estou muito ferrado.

E também extremamente feliz.

Enquanto ela está no palco, pisando naquele chão, desfilando de lingerie em cima do salto, eu estou na primeira fileira. Mesmo odiando os desfiles, eu vou a todos eles. Ela é linda e merece ser valorizada.

— Você estava linda. Está sempre linda, Tess.

Eu a elogio na frente das outras modelos e a vejo corar. Sei que apesar do sucesso ela ainda lida com as inseguranças por ser diferente das outras meninas do meio. Ela é diferente sim. E única.

Deposito um beijo leve em seus lábios e sorrio com admiração. Quero lhe mostrar que no meu mundo ela é perfeita do jeitinho que é, tê-la por perto para abraçá-la e beijá-la a todo instante, vê-la sorrir e se atrapalhar e falar coisas bonitas e engraçadas.

Demonstração pública de afeto?

Minha mãe tem razão.

Quando a gente está mesmo apaixonado por alguém, é tão natural. É querer tocar, sentir pele com pele, respirar o mesmo ar.

No carro, escuto Tessa contar os detalhes dos bastidores do desfile e sorrio, ela está empolgada e feliz e isso me deixa feliz também.

Ela entra apressada em casa, deixando os saltos pela sala, vestindo uma roupa confortável já que pretendemos passar o resto do final de semana jogados no sofá.

Depois que meu irmão foi embora, Tessa praticamente se mudou para  o meu apartamento.

Sento ao seu lado vestindo apenas uma boxer preta, sei que ela adora, faz parte da minha tentativa de sedução. Ela sabe exatamente o que eu quero quando começo a andar só de cueca pela casa.

― Para de rir, sua sem-vergonha! ― dei um tapa de leve no ombro dela, me controlando para não rir junto.

— Quando paquera você faz cara de pervertido. — ela fala, quebrando o clima de sedução.

— Deu para perceber que estou pensando em coisas romanticamente pornográficas para fazer com você?

— Hum, sim, senhor. Acho que estou começando a saber interpretar o seu rosto, parece que chamam isso de “conexão”. — brinca.

— Eu queria sinceramente te proporcionar um momento de romantismo, ser um nobre cavalheiro paquerando a sua dama, mas não passo de um fotógrafo tarado louco de tesão por você.

— Meu loiro lindo, vai lá pegar a sua câmera que vamos fazer umas fotos bem safadas. — ela declara, e eu sorrio tanto que sinto os cantos da boca arder.

Isso é felicidade? É assim a sensação de extrema felicidade?

— Eu tenho um presente pra você.

Já estava com o pacote escondido há uns bons dias e aquele era o momento perfeito pra entregá-lo.

Tessa parece uma garotinha na manhã de natal rasgando o embrulho com agilidade.