Bad Romance

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I want your love, I want your desease, I want you open-mouthed and on your knees. I want your loving and I want your revenge, you and me could write a bad romance.

_XXVI_

Os dias que se seguiram após a confissão de Zoro foram incrivelmente normais. Sanji continuou sem tocar no assunto, mas a amizade seguiu intacta. Havia passado cerca de dois meses e agora o grupo tinha mais uma integrante, porém, Vivi continuou afastada dos amigos. Nami estava profundamente triste e envergonhada de suas ações, portanto depois daquele dia que foi ignorada a ruiva não tentou uma nova aproximação. Numa tentativa de extravasar sua raiva, Nami passou a sentir um ódio inexplicável por Ace.

Quando Luffy empolgadamente chamava Ace para se juntar a eles na hora do intervalo, Nami sentia vontade de estrangulá-lo. Sabia que o popular garoto não tinha nada a ver com o que aconteceu, mas não deixava de sentir aversão pela cara dele. Apenas o fato de Ace existir dava arrepios em Nami, que não fazia questão de esconder sua expressão de desprezo quando ele estava por perto.

Quase todos os dias aos finais das aulas Nami e Vivi estudavam juntas na biblioteca. Após a amiga se afastar, Nami saiu entrando em vários clubes e oficinas que a escola oferecia, para preencher seu tempo. Ela tentou marcenaria, culinária, artesanato, música, teatro, mas nada prendia sua atenção.

Numa última tentativa, a garota havia se inscrito no clube de cerâmica. Escolheu este pois imaginou ter apenas mulheres inscritas, pois Nami não suportava os homens dos outros clubes sempre sendo arrogantes e a subestimando.

Porém, quando Nami foi visitar o clube pela primeira vez, não só encontrou um homem lá como encontrou o pior homem possível. Ace estava lá, fazendo um horroroso vaso de argila e rodeado por garotas puxando seu saco. Nojento. Nami o ignorou, tomou seu assento e começou a trabalhar em seu vaso,  ignorando seu entorno.

Evitou ao máximo fazer contato visual com aquele garoto convencido, mas toda vez que seus olhares se cruzaram, Ace a estava encarando com um terrível sorriso nos lábios. A raiva que Nami já sentia aumentou consideravelmente, mas ao contrário do esperado, Nami não desistiu daquele clube. Diferente do que ela fez com os outros, Nami continuou frequentando as aulas e encontrando o odiado garoto lá, que parecia sempre manter os olhos colados nela.

Nami nunca viu graça alguma em Ace, embora quase toda a escola parecesse achar o contrário. O quanto ele vivia sempre sendo bajulado por todos fazia Nami automaticamente achar ele superestimado, portanto, nunca havia parado para reparar de verdade nele.

Porém, nos últimos dias, Ace estava deveras interessante. Talvez ele não fosse tão sem graça assim, no fim das contas. Talvez aquelas sardas em seu rosto, os cabelos ondulados, o corpo atlético e aqueles dentes perfeitos não fossem tão superestimados, afinal. Nami sentia vergonha de si mesma por pensar assim, mas não podia evitar de frequentar as aulas de cerâmica, pois aquela situação estava a entretendo mais do que gostaria.

Após duas semanas de aula, aquele jogo de um ignorar o outro já estava cansativo. Certo dia a aula estava seguindo normalmente, quando Nami sentiu alguém se aproximando. Ela apenas ergueu seu olhar e se deparou com Ace inclinado sobre sua mesa, com uma cara de criança travessa. Nami apenas ergueu uma sobrancelha e esperou que o outro falasse algo.

- Você ainda não cansou de fingir que eu não estou aqui? - Começou o garoto, com um tom provocativo.

- Nem um pouco, por que? É difícil pra você quando alguém não fica babando seu ovo? - Respondeu Nami, voltando seu olhar para a escultura.

Ace deu uma leve gargalhada e se sentou na frente da garota, confirmando o que Nami disse sobre ele ser um mimado que não aguenta ser ignorado.

- Confesso que é bem difícil sim, meu amor. Sua atenção é muito importante para mim, estou quase chorando por você não me amar. - Disse Ace, fingindo limpar as lágrimas. Ele era irritante, Nami estava em seu limite. Numa ação totalmente impulsiva, Nami pegou uma boa quantidade de barro e afundou naquele rostinho debochado.

Ace definitivamente não esperava por aquilo. O garoto apenas pegou o excesso de barro de seu rosto, lentamente passou por todo o rosto de Nami e sorriu vitorioso. Calmamente, Nami limpou os olhos e pegou mais barro para dessa vez enlamear os cabelos ondulados do rapaz. Em resposta, Ace pegou o pote com água que estava em seu lado e o jogou todo na cara de Nami.

Em segundos a situação estava fora de controle e a guerra de toletes de argila tinha tomado proporções enormes, que renderam os seguintes resultados: uma professora enfurecida e suja de barro, uma faxina completa e caprichada em toda sala e a expulsão de todos os clubes até o final do semestre.

Após estarem devidamente limpos e com a faxina concluída, os dois estavam exaustos. Nami se sentou em cima da mesa para finalmente descansar e se preparar para ir embora, quando Ace quebrou o silêncio.

- Por sua culpa eu estou proibido de entrar nos clubes, sua esquentadinha sem modos. É meu último semestre aqui, você estragou tudo. - Disse Ace, com os braços cruzados e com uma forçada cara de bravo.

- Prefiro você antes, quando estava quieto. E eu deveria sentir pena de você por ter perdido sua legião de fãs sem personalidade? Tenha dó, eu não dou a mínima. - Respondeu Nami, com o maior desdém possível.

- Qual o seu problema comigo, garota? - Disse Ace, se aproximando. - O que eu te fiz pra ser tratado assim? Todo dia isso, eu tento convers...

- Ah, que se foda. - Disse Nami, interrompendo o irritado garoto e o puxando forte pela gravata, selando seus lábios de forma impulsiva e desajeitada.

Ace se surpreendeu com aquela ação, mas definitivamente ele adorou aquilo. Se rendeu ao beijo, segurando-a forte pela cintura fina, lentamente subindo as mãos para a lateral dos seios, enquanto ainda tinha sua gravata fortemente puxada. Numa ação tão impulsiva e animalesca quanto a da garota, Ace enfiou os dedos na abertura da camisa de Nami e brutalmente a abriu, fazendo os botões se soltarem e voarem pela sala.

- Filho da puta...- Disse Nami, num gemido abafado pela boca do outro. O garoto riu maliciosamente, se soltando do beijo e afundando seu rosto nos seios fartos de Nami, dando fortes chupadas que certamente deixarão muitas marcas na pele branquinha. Nami segurava os cabelos do rapaz enquanto gemia xingamentos e ofensas que não eram tão sinceras assim no final das contas. Estava entregue ao garoto por quem nutriu ódio por meses e estava adorando. Afinal, aquele ódio todo nunca fez muito sentido mesmo.

Após deixar os seios de Nami repleto de manchas arroxeadas, Ace enfiou os dedos entre os cabelos ruivos e levemente puxou os fios, inclinando seu ouvido em direção a sua boca, sussurrando de forma torturadora:

- Fica de quatro pra mim.

Nami sentiu um arrepio dos pés a cabeça e, como uma putinha obediente, prontamente fez o que foi pedido. Se estivesse com o mínimo de sanidade jamais teria obedecido um homem, ainda mais um mimado convencido como aquele. Mas, quando deu por si, estava de quatro em cima da mesa. Patética. Entregue.

Ace ergueu a saia rodada do uniforme, exibindo uma rosada calcinha de renda com uma manchinha de umidade. Sorriu maliciosamente ao ver o quanto a garota já estava molhada, enquanto passava os dedos por cima da calcinha, em movimentos lentos e torturantes. Tudo muito lentamente, afastou a calcinha pro lado e passou um dedo por toda a extensão daquela bucetinha molhada, fazendo todo o corpo de Nami estremecer.

Tudo que Nami mais queria era que ele a fodesse logo. Que acabasse com ela, que os dois gozassem em um sexo bruto e violento e depois fossem cada um para o seu canto e nunca mais tocassem no assunto. Mas Ace parecia gostar de ver alguém sofrer e ser torturada daquela forma.

Com o dedo indicador massageou toda o exterior da buceta e subitamente enfiou o dedo, logo após ouvindo um gemido um tanto exagerado para aquela investida. Nami sentia que poderia gozar só com aquilo se ele continuasse por mais alguns segundos.

Enquanto esperava por mais, Nami sentiu o dedo saindo de si. Ace puxou seu quadril para baixo, forçando-a a se sentar. Por trás, pegou seu pescoço com uma mão e enfiou o dedo cheio de seus fluídos dentro de sua boca. Em seguida, se aproximou de seu ouvido e disse:

- Se você quiser mais, sabe onde me encontrar. - Disse isso, desaparecendo igual vapor logo em seguida, deixando para trás uma Nami descabelada, com a roupa rasgada, precisando gozar e com a dignidade destruída.

Morrendo de ódio de si mesma, Nami colocou o paletó do uniforme, tentou esconder sua roupa rasgada e saiu esbaforida para casa com um sentimento inexplicável. "Desgraçado!" Sussurrava para si mesma. Talvez exista um nome para aquilo que é tipo um tesão misturado com puro ódio.

Hard Feelings/LovelessOnde histórias criam vida. Descubra agora