Capítulo 3 - Eu respeito suas atitudes. Não significa que eu te obedeça.

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Após um vôo de algumas horas, aqui estou. Lar, doce lar. Pego meu telefone pessoal na Bolsa, envio uma mensagem de texto.

"Estou em casa." - envio.
Aproximadamente 5 minutos depois...
"Algum plano pra hoje?" - pergunta.
"Você são meus planos para hoje. Não se faça de desentendido." - respondo.
"Hmm... Eu sei. Hahahahaha" - diz. - "Passo aí as 20:00?" - pergunta
"Pode ser." - finalizo.

Ethan Min... Nos conhecemos há alguns anos, ele é um estudante de medicina cursando sua especialização. Meu reflexo. O único que realmente consegue acompanhar meu raciocínio e jogar comigo. Mesmo após 5 anos que nos conhecemos, não entendo as intenções dele comigo. Isso me deixa confusa, mas não sou do tipo sentimental e não quero afastar ele. Ele corre de relacionamentos sérios, pelo visto tem medo de se magoar, nunca me disse o real motivo. Mas eu não sou do tipo sentimental, talvez seja com ele, mas é um segredo... Ele com certeza sabe. Mas só ele.

Já são 17:00, passei a tarde no shopping, Victoria's Secret. O melhor lugar para deixar o tempo passar e se sentir uma verdadeira Femme Fatale. Geralmente não ligo para os outros caras, mas com Ethan é diferente. Há sempre algum preparativo ou forma de tornar as coisas especiais.
Começo a me arrumar e tomo um banho longo e demorado. Visto a lingerie azul com detalhes em renda e tiras trançadas no meu corpo, a meia se completa na cinta liga. Coloco um salto e um hobbie, ouço a campainha. Deve ser ele. Penso. Desço as escadas e vou em direção a porta.
- Porra Ethan, você tem a chave. Pode entrar e sair quando quiser. Por que me faz vir até aqui abrir a porta? - pergunto irritada.
- Gosto da vista surpreendente de você abrindo a porta usando lingerie pra mim. - ele fala calmo, malicioso.
Ethan Min, 1,80 cm cabelos perfeitamente pretos, olhos orientais, escuros e profundos... Sempre misteriosos. Ele é meio coreano, sua cor de pele em tom bronzeado, suave ao olhar. Seu corpo é atlético, esconde um tanquinho perfeito por baixo da camisa, particularmente, uma das minhas partes favoritas, junto do seu pau, enorme.

Ele está usando uma calça cáqui com um cinto aparecendo e uma camiseta básica branca. Da um passo a frente e se aproxima me beijando e me puxando pela cintura, joga sua pasta no armário do hall de entrada. Depois me abraça, me levantando.
- Como você está? - pergunta, atencioso. Aqueles olhos sobre mim atentos.
- Estou okay. E você? - pergunto de volta meio intimidada. Ele tem esse efeito perto de mais de mim.
- Só okay? - ele insiste. Como sempre, quando ele não está certo da minha resposta.
- É modo de dizer. Você sabe. Eu tô normal. Ótima, bem. - complemento rindo. - Agora me solta. - Ele me põe no chão. - Mas e você?
- Estou bem. Só um pouco cansado, muitas coisas no hospital. Tive um plantão.
- Ah, sinto muito. Pode deixar, vou te ajudar. - digo olhando maliciosamente pra ele. Ele ri de volta.
- Estou certo de que você vai. - completa.
- Você quer jantar ? - pergunto. Sei que ele tem uma rotina corrida e as vezes não consegue parar.
- Jantar você ? - ele indaga.
- Também. - complemento. Ele ri. - Fala! Você quer jantar e tomar um banho? - insisto.
- Sim... - ele responde.

Enquanto ele está na minha suíte tomando um banho eu coloco a mesa pra gente comer. A Rosa sempre faz umas delícias todos os dias e deixa pronto para eu comer. Sento na mesa e fico ao celular esperando ele descer. Minutos depois ele chega na sala de jantar. Passa por mim e me dá um beijo na cabeça.
- Aí... Porque você sempre faz essas coisas ? - pergunto incomodada.
- Porque eu gosto. - Ele fala.
- Ah é, o romântico não romântico. - digo em tom de deboche. Ele ri. Nenhum de nós dois é do tipo romântico. No sexo. Ethan diz que não é romântico mas vive fazendo essas coisas sem sentido.
- Você disse que passou a noite com alguém. Como foi? - Ele pergunta. Ele sempre pergunta. Ele sempre quer saber todos os detalhes. E eu não entendo o motivo. O que me irrita bastante.
- Você quer que eu narre? Sério? Agora? - pergunto.
- Sim. - ele abre o roupão - O pau dele era grande? - pergunta sério me analisando. Eu começo a rir.
- Vou dar detalhes superficiais e rápidos, meu melhor amigo gay que sempre quer todos os detalhes! - solto. Sempre falo isso por que ele realmente quer saber de tudo.
- Ok. - ele diz e solta uma risadinha só pra não parecer sério demais.
- Ele apareceu no meu quarto do nada a noite, pra me falar sobre uma emergência. Eu aproveitei que ele estava lá, e transei. Porque não? - solto rindo.
- Hm. É, porque não? - ele fala dando um meio sorriso. - Mas como foi? Ele te deu seu orgasmo ? - ele pergunta querendo detalhes.
- Siiiiim. - Respondo animada. - Ele foi muito bem na verdade... Me chupou, foi maravilhoso. Me trocou de posição algumas vezes. Lambeu meu corpo, foi bem atencioso. Achei até engraçado. - respondi.
- Em que posição você teve o orgasmo? - ele pergunta dando uma garfada na comida.
- Ah, ele estava por cima de mim. Foi muito bom. - digo animada.
- É, é uma boa posição. Ele deve ter visto bem seu rosto. - ele fala indiferente.
- Sim. - respondo - Enfim, porque ? Ciúmes ?
- Talvez. - ele fala.
- Eu não sou nada sua Ethan. Não se esqueça disso. - digo séria.
- Sim. E eu não tenho nenhum sentimento por você. - Não se esqueça disso.

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