Capítulo Dois

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Wei Ying

Duas semanas se passaram e eu vou para a faculdade. Felizmente, eu consegui transferência e começarei hoje. Faço faculdade de música. Comecei essa faculdade pelos meus pais. Eles amavam cantar, mesmo não sendo exatamente bons nisso, mas cresci com música e aprendi a ama-la como se fosse uma parte de mim.

— Está pronto? — Meu primo entra e assinto. Pego minhas coisas e descemos. Ele estuda na mesma faculdade com a Yanli. Ela me fez chama-la assim. Jiang Cheng faz faculdade de engenharia e Yanli de medicina.

— Wei Ying, você amará a faculdade daqui. Tem vários chineses também. Nossa faculdade é uma das únicas que fazem intercambio entre países asiáticos e muitos alunos, decidem se formar aqui. — Yanli fala animada, queria sentir essa mesma animação, mas tudo o que queria era ficar quieto no meu quarto.

🐇 🐇 🐇

Chegamos na faculdade e fico surpreso por seu tamanho. É tão grande quando a que eu estudava. É linda.

Olho ao redor ouvindo Yanli falando sobre os prédios até que sinto meu corpo bater em alguém e já imagino o tombo. Mas ele não vem. A pessoa segura minha cintura e me puxa fazendo com que bate em seu corpo, mas pelo menos estou em pé.

— Me desculpe... — Falo olhando para a pessoa e sinto meu coração parar de bater ao encontrar os olhos mais lindos que já vi.

— Tudo bem. — O garoto fala me soltando e parte de mim, sente falta de seu toque. O que está rolando comigo? Olho para seus olhos e eles têm uma frieza que o deixa ainda mais lindo.

— Wei... Você está bem? — Yanli pergunta olhando entre mim e o garoto desconhecido.

— Sim... Estou bem. — Ela assente e olha para o garoto.

— Lan Zhan, o perdoe, ele é novo e estava encantado com o lugar e não prestou atenção. — Sua voz sai baixa, como se sentisse medo do garoto.

— Eu entendo. — Suas palavras fazem o corpo tenso da minha prima relaxar. Ele me encara por alguns minutos até que eu desvie o olhar e logo sou puxado pelos meus primos.

Sinto algo dentro de mim se remexer, mas deixo isso de lado. Não posso me permitir sentir coisas desnecessárias.

Lan Zhan

— Ei, você está bem? — Lan Xichen pergunta me fazendo sair do transe que aquele olhar me deixou.

— Sim. — Respondo e continuo andando sem tirar aquele olhar da cabeça.

— Tem certeza? Você parece meio perdido. Foi aquele garoto? Tenho certeza que não foi intencional. — Meu irmão fala rápido. Ele pensa que vou atrás do garoto para mata-lo ou algo assim?

Não sou exatamente a simpatia em pessoa, eu só acho desnecessário ter pessoas ao redor sendo que elas não são verdadeiras. E palavras vazias também são perda de tempo.

Penso no garoto e meu coração bate um pouco mais rápido. Seus olhos são lindos, mas eu vi algo mais ali. Tristeza. Muita tristeza. E isso fez meu coração doer. Por que estou sentindo isso? Nem sei quem ele é.

🐇 🐇 🐇

Depois de aulas monótonas que pela primeira vez não prestei atenção, vou com meu irmão até o refeitório. Ele é totalmente o oposto de mim, sendo super simpático e amigável com todos ao seu redor. O que significa, que infelizmente não podemos comer sozinhos. Hoje não estou no clima para as garotas se jogando em mim, então, apenas pego meu almoço e sigo para qualquer lugar que esteja vazio.

Paro ao ver o garoto que esbarrou em mim mais cedo, ele está sentado em um canto vazio do pátio e olhando ao redor não vejo nenhum aluno por perto. Sem que eu perceba, já estou indo em sua direção.

— Oi! — Falo e ele se assusta e me olha como se eu tivesse duas cabeças.

— Oi? — Diz incerto e eu sorrio sem querer.

— Posso me sentar? — Pergunto e vejo seus olhos surpresos. O garoto assente sem jeito e me sento ao seu lado. Se meu tio me visse sentando no chão, suponho que ele teria um ataque cardíaco. — Qual é o seu nome?

— Wei... Wei Ying. — Seu rosto cora e posso afirmar que não existe nada mais lindo. Espera, esqueçam que eu disse isso.

— Me chamo Lan Zhan. — Ele balança a cabeça e tenho certeza que Wei Ying já ouviu meu nome. — Por que está aqui sozinho?

— Não gosto de multidões e gosto de ficar sozinho. — A ênfase na última frase não passou despercebida, mas eu apenas ignoro.

— Ficar sozinho não é bom. — Talvez seja hipócrita dizer isso quando sou antissocial.

— Então, veio para o pátio vazio para conversar com as pessoas? — Ele fica tenso e eu sorrio. Acho que esse garoto não é tão ingênuo quanto parece, ele está apenas vestindo uma máscara, que quero muito tirar e nem sei o motivo.

— Você me pegou. Eu também não gosto de multidões. — Seu rosto mostra claramente que ele não acredita em mim. — Você não acredita nas minhas palavras.

Não é uma pergunta, mas uma afirmação.

— Cheguei há algumas horas e já ouvi seu nome por todo lugar. — Responde com indiferença.

— Eles gostam de falar sobre mim, mas não quer dizer que eu goste deles. — Falo dando um sorriso de lado e o vejo revirar os olhos.

— Tenho que ir. — Fala se levantando e eu realmente não quero que ele vá. Gostei de provocá-lo, mas acima de tudo, gostei de ver outro brilho em seus olhos além da dor que havia ali.

— Nós encontramos por aí Wei Ying. — Falo quando ele se afasta e seus passos nem vacilam enquanto ele caminha de volta para o refeitório.

🐇 🐇 🐇

Quem não ama um clichê, não é?! HAHA❤️❤️

O que acharam desse encontro?! 

Um não quer sentir nada, o outro quer fazê-lo mostrar sua verdadeira face... Façam suas apostas sobre quem irá vencer no final

Até o próximo capítulo❤️❤️  

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