[capítulo 08]

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•  AM 00:09  •        
•Califórnia 01/04/2002•


Acordei totalmente apavorada. A todo instante eu ouvia baditas fortes na porta, de certo deve ser de minha mãe, que deve estar desesperada pelos meus gritos. Senti que o lençol estava húmido, então olhei para baixo. Tudo estava molhado devido ao suor.

Me levanto tentando me recuperar do pesadelo, abro a porta para minha mãe parar de me chamar.

- Filha meu Deus, você quer me matar? - ela perguntou eufórica passando a mão nos meus cabelos e depois me enchendo de beijos.

Tudo bem, odeio essa melação. Eu não sou muito de demostrar muito meus sentimentos pelos meus pais. Eu os amo muito, eles nem imaginam o quanto. Mas esse é meu jeito de me expressar, não posso fazer nada. E sei que no fundo eles sabem que eu os amo.

- Tudo sim mãe. Para! - digo recuando.

- O que aconteceu? Por que você estava gritando da quele jeito?!

- Foi só um pesadelo, nada demais. - digo dando de ombros. Mais na verdade eu estava preocupada por dentro.

- Quer conversar sobre isso? - ela se aproximou com um olhar de acolhimento.

- Não mãe, só quero ficar sozinha. Pode ser?

- Pode sim. Mais quando você precisar de mim eu estarei aqui. - ela me deu um beijo na testa, e desta vez não recuei.

- Eu sei. - sorri levemente e levei ela até a porta.

Percebo que está a noite já, todas as lembranças da minha manhã na escola vem a cabeça, principalmente sobre Noah. Pensei sobre várias coisas que supostamente sonhei com ele, e claro cheguei a conclusão por ele ter me salvado aquela hora. Mais nada fazia sentido. Tudo bem Sina, relaxa, só foi um pesadelo, nada demais. Isso acontece.

Fico um tempo em meu quarto ouvindo músicas e com a cabeça fora da terra. Estava totalmente alheia ao mundo que vivo. Mais meu momento é interrompido pelo meu pai, que entrou no meu quarto e logo depois se sentou na cama ao meu lado.

- Sua mãe me contou o que aconteceu. - ele diz de maneira calma.

- Pai, eu estou bem. - digo de um jeito para ele perceber que não preciso de ajuda, e que também é para sair do meu quarto.

- Eu me preocupo com você Sina, só quero seu bem. Não me rejeita.

Um, chantagem emocional né? Okay, ele me tocou.

- Desculpa. - olhei para ele mais séria.

- Eu te amo, tá bom?

- Eu também pai.

Opa, aleluia! Ta aí um momento raro.

- Quer me contar sobre seu sonho? - ele perguntou.

- Na verdade não foi um sonho, e sim um pesadelo.

- Então me conte.

- Não pai, é sério. Apenas quero ficar quieta.

- Tudo bem, mais tem certeza disto?

- Sim.

- Mesmo assim, não quero que fique sem comer. E não vou repetir. - ele se levantou e saiu do meu quarto.

- Estou sem fome.

- Ok, então desça para jantar. Depois você poderá ter seu momento sozinha.

Bufei e fitei o teto até criar coragem para me levantar. Após alguns minutos vou até o banheiro e lavo as mãos, desço e encontro meus pais sentados na mesa.

Coloco comida no prato, pego talheres e começo a me alimentar.

O jantar foi em silêncio, depois de comer resolvi ir para o telhado que fica na parte do meu quarto. Lá me recomponho do meu dia aflito. Observo a casa grande e bela de Noah ele não sai da minha mente, várias vezes me peguei pensando nele sem querer. Por algum motivo ele me chamou atenção além de sua beleza, mais eu não sei o que é. Mas isto é muito forte, eu posso sentir. E esse sentimento é novo e estranho para mim, não sei o que está acontecendo comigo.

Vejo Noah saindo de seu quarto, e por incrível que pareça ele estava se sentando no telhado de sua casa também. Aquilo me deixou bem desconfortável, eu realmente não sabia o que fazer. Com que cara eu iria olhar para ele?

Aquela pele branca era um grande destaque na noite escura. Aquele olhar me fascina, mesmo me dando um pouco de medo. Por um momento ficamos nos olhando fixamente, meu coração acelerou em apenas segundos de olhares. Por final ele abaixou a cabeça e sorriu timidamente.

Senhor, foi isto mesmo que eu vi? Um sorriso? Não da para acreditar, fiquei muito impressionada, pela primeira vez aquele ser sorriu. E também devo adimitir, que sorriso lindo Jesus.

Ficamos por um bom tempo se olhando, e com o passar dos minutos fui ficando mais tranquila. Deixei me envolver ao momento, sorrimos várias vezes. E como se alí estivéssemos conversando sobre olhares.

Noah de repente fechou a cara novamente, ele me olhou por uma última vez e entrou para dentro. Meu sorriso e minha felicidade se desmanchou. Por que ele fez aquilo tudo para depois fechar cara como se estivesse arrependido do que fez? Seriamente, eu sou uma idiota. Jamais ele tera olhos para mim, aliás nem conheço ele direito, então não vou ligar, pelo menos tentar não ligar.

Entrei para dentro um pouco irritada e me deitei na cama. Eu não deveria me importar, ele é um completamente estranho, nem sei quem ele é nem o que faz. Não sei o que está acontecendo comigo.


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