MY BOYFRIEND IS A VAMPIRE

[Capítulo 14]

Sentamos em nossos lugares, e Noah ficou me encarando como sempre, mais desta vez eu não correspondi. Quero evita-lo. Será melhor para mim.

Mal tocou o sinal e rapidamente guardei meus materiais. Eu ainda estava abalada sobre o que aconteceu mais cedo no gramado. Corri para fora da saída sem me despedir de Sabina. Andei o mais rápido possível para chegar em casa, eu preciso de um momento sozinha imediatamente.
Passo pela sala com muito cuidado para minha mãe não perceber. Mais parece que ela tem uma conexão comigo quando estou triste, parece que ela detecta e tem que aparecer num momento desses.

- Está tudo bem? - ela perguntou tentando olhar claramente para meu rosto.

- Só preciso ficar sozinha. - digo com a voz embargada e de cabeça baixa.

- Ei, vem aqui. - ela me puxou levemente pelo meu braço.

Ergui a cabeça e ela arregalou os olhos.

- Você estava chorando? O que aconteceu?

Respirei fundo antes de responder, por que quando estou a um fio de chorar, e alguém perguntar o que aconteceu eu desabo, na frente da pessoa mesmo. Ainda mais quando esta pessoa é minha mãe.

- É pedir muito por um momento sozinha mãe?

- Para de se esconder Sina, eu sou sua mãe, e sua amiga também. Você tem que saber que pode contar comigo. Quando você estava em meu ventre, foi o melhor nove meses da minha vida. Eu não via a hora de poder de ver, te se sentir, poder ter você em meus braços e te proteger pra sempre. Então não faça isso comigo, eu te amo, e só quero seu bem. - ela diz com uma voz calma, me passando toda a confiança do mundo.

- Mãe... - começo a chorar em seus braços.

Eu nunca tinha feito isso antes, e posso ter certeza que foi a melhor coisa que eu já fiz. Um abraço de uma mãe não tem preço. Me senti confortada e protegida.

- Seja lá o que for que você esteja sentindo, saiba que eu estou aqui. - ela passou a mão em meus cabelos delicadamente e logo depois beijou minha cabeça.

- Obrigado mãe. - digo para ela abafando o choro.

- Quer me contar o que foi? - ela olhou no fundo dos meus olhos.

- Tudo o que eu precisava a senhora me deu. O seu abraço. Agora só preciso ficar sozinha, peço que me entenda.

- Tudo bem, pode subir. - ela sorriu.

Olhei para ela uma última vez e fui para meu quarto. Chegando lá fechei a porta sem trancar e me joguei na cama. Coloquei meus fones, pus uma música triste, e coloquei tudo para fora.

De alguma forma o conforto da minha mãe me ajudou. Acho que sem ela eu estaria pior, muito pior.

É tão difícil se sentir excluída, parece que sou invisível. Ninguém olha para mim, a não ser para rir ou fazer cara de nojo. Devo ser a pior esquisita da escola.

Me levanto e vou até o espelho, observo minha imagem e simplesmente fico assustada. Pela primeira vez abri os olhos e enxerguei minha realidade, minhas roupas são horríveis. E olha meu cabelo, preciso imediatamente de um corte.

Eu até me culpo, não sou muito de me cuidar, não ligo para minhas unhas, mais não estou falando de higiene. Eu também não ligo para meus cabelos, para todo lugar que vou eu deixo preso, tadinho, deve estar morrendo, nunca respira. Não passo maquiagem, até por que nem sei passar. É... acho que estou precisando de uma mudança. E é para eu me sentir melhor comigo mesma. Preciso imediatamente de um novo visual.

Ainda com essa idéia na cabeça vou para o banheiro e lavo meu rosto, me olho novamente no espelho e concluo que vou mudar meu visual. Desço para almoçar sem meu pai me chamar. Quando chego, vejo minha mãe colocando a comida na mesa.

- Eu já ia te chamar. - meu pai diz olhando para mim.

Forcei um sorriso e me sentei na mesa.

Minha mãe apenas ficou me encarando, mais ela não comentou nada, pelo menos na frente do meu pai. Talvez ela não queria que meu pai soubesse, e agradeci mentalmente por isso.

Meu pai foi o primeiro a terminar, então ficou só eu e minha mãe na mesa.

- Você está melhor? - ela perguntou.

- Sim estou. - sorrio. - Mae eu... - enrolo para falar. - Eu quero ir ao shopping hoje.

- Você está passando mal?

- Não, por que?

- Você está querendo ir ao shopping Maria, isso não é muito sua cara.

- Eu sei, mais preciso mudar de visual. Me leva também no salão.

- O que está acontecendo?

- Eu não estou aguentando mais passar por humilhações na escola. - altero a voz como se isso estivesse entalado na minha garganta.

- Por que nunca me contou isso? Meu Deus Sina!

- Eu queria te poupar disto.

- O que? Eu não estou acreditando nisso. Como voce quer me poupar disso Maria?

- Mãe eu...

- Eu sempre te falei que você pode confiar em mim. E olha o que você fez! Você guardou seus problemas só para você. - ela virou o rosto como se estivesse indignada.

- Me desculpa. - peço baixinho.

- Você já está bem assim, você é linda.

- Não, eu não sou. Olha para mim... - me levantei. - Olha minhas roupas mãe, estou ridícula. Eu preciso mudar.

- Mudar para as pessoas Sina? - ela perguntou irritada.

- Não mãe mudar pra mim. Eu irei me sentir melhor, será que você pode fazer isso para sua filha?! - pergunto em tom alto.

- Não, eu não posso! Sabe por que? Por que você não pode simplesmente ouvir que está feia e logo de cara querer mudar seu jeito de vestir. Você não deve ligar para a opinião dos outros Sina.

- Eu tento, mais não consigo. Você não me entende, eu sofro com isso. Eu preciso muito mudar.

- Não vou te levar ao shopping e ponto final. - ela diz gritando e logo depois se sentando na mesa.

- Será que é tão difícil você se colocar no meu lugar? Olha pra mim, eu não posso continuar assim. E quero mudar não é somente para os outros, e sim para mim mesma. Eu quero mudar, por que eu sei que vou me sentir melhor. - paro de gritar e respiro fundo. - Você vive dizendo que posso contar com você, mais na verdade não posso, é por isso que escondo meus problemas de você. - digo praticamente sussurrando e subo correndo para meu quarto. Fecho a porta bruscamente e a tranco.

Hey gaissss vou Postar uns 3 eps hoje, desculpe-me pelo sumiço!
Vocês já viram quem é o novo membro do N.U?
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