[Capítulo 15]

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Eu só queria chorar, por que minha mãe não quer me ajudar? Sofro tanto com isso. Só quem já passou pelo que eu passo é que algum dia vai me entender. E acho que esse não é o caso da minha mãe.

Vendo ela antigamente por fotos eu ficava impressionada. Minha mãe na juventude era linda, se vestia bem, e era popular. Já eu, sou apenas uma nerd feia, que é maltratada e humilhada por todos.

Chorei como nunca, os soluços eram frequentes. Nada que eu pensava me fazia melhorar, acho que minha vida entrou em um estado deprimente.

Fiquei no quarto trancada acho que por horas.

[...]

- Sina? - escuto a voz da minha mãe me chamando. Meu estado sonolento nem me fez raciocinar direito, nem lembrei que estava brigada com ela.

- O que foi? - pergunto seca.

- Tem um garoto querendo falar com você lá em baixo.

- Quem é?

- O nome dele é Noah.

Arregalei os olhos e me levantei rapidamente.

- NOAH?!! Tem certeza?!!

- Sim. - ela pareceu surpresa com meu jeito.

- Ah. - suspirei. - Ele veio fazer um trabalho de escola.

- Ele está te esperando. - ela diz triste e virando as costas para sair do quarto.

- Mãe?

- O que? - ela se virou um pouco contente.

- Como você conseguiu entrar aqui?

Sua expressão voltou a ser triste.

- Peguei a chave extra.

- Não faça mais isso.

Ela me lançou um olhar e saiu. Suspirei, passei a mão nos cabelos e fui tomar um banho rápido. Após sair peguei meus materiais e desci.

Chego na sala e Noah está sentado no sofá sendo entrevistado pela minha mãe. Revirei os olhos e fui ao seu encontro.

- Oi. - digo tímida ao ve-lo.

Noah e minha mãe me olharam.

- Já vou indo, foi um prezer Noah. - os dois pegaram na mão e Noah deu um pequeno sorriso. - Fique a vontade.

Minha mãe saiu e sentei ao lado de Noah.

Fiquei super nervosa, comecei a tremer muito, estava morrendo de medo dele perceber.

- Vamos começar? - ele perguntou seco.

- Sim. - respondo tímida.

Ele fala de um jeito tão seco, até o jeito dele falar me da medo. Mais não nego que amo ficar ao lado dele. Foco Sina! Lembre-se que ele nunca ira gostar de você! Meu subconsciente me avisou, e agradeci por isso.

- Vamos para o jardim, lá é um ambiente melhor. - optei quase morrendo pra falar. Meu nervosismo estava a mil.

Ele assentiu me olhando com aquele olhar fixo.

- Espera, vou pegar meu notebook. - sorri e fui com as pernas bambas para meu quarto. Tive que segurar no corrimão da escada para não cair.

Peguei meu notebook, e depois me olhei no espelho, por mais que eu estivesse feia eu precisava dar uma ajeitadinha.

Desci as escadas ainda com as pernas bambas e fui para o jardim. Noah me olhou fixamente como sempre né, fui em sua direção fitando seus olhos como se eu estivesse em um clipe com câmera lenta.

Sai do meu transe quando senti minha bunda em contato com a grama. E foi só aí que percebi que eu havia caído.

Que mico Jesussss Cristooo, onde eu enfio minha caraaa aaaaaa!

Noah correu ao meu encontro. Tenho certeza que estou da cor de um tomate de tanta vergonha.

- Eu te ajudo. - ele me levantou.

- Eu sou muito desastrada. - sorri tentando disfarçar minha cara de taxo.

- É mesmo.

Meu sorriso desapareceu na hora. Muito sincero ele né?

Sentamos na mesa que fica em baixo de uma árvore e abrimos os livros.

Eu queria desaparecer da lí. Minha vergonha está imensa, não estou conseguindo nem falar. Mais confesso que eu queria rir, e muito. Mais chega de mico por hoje.

Pesquisamos algumas coisas sobre nosso país e elaboramos um texto gigantesco. Depois de um tempo, quando estávamos prestes a terminar nosso trabalho minha mãe chegou.

- Trouxe um lanche para vocês. - minha mãe  diz chegando e colocando uma bandeja na mesa com sucos e sanduíches.

Que vergonha! Tenho dezessete anos, não acredito que minha mãe está fazendo isso comigo.

- Obrigado mãe. - agradeço tentando parecer gentil. Noah apenas sorriu sem mostrar os dentes.

- Já vou, se precisarem de alguma coisa estarei lá dentro. - minha mãe sorriu de orelha a orelha e saiu em direção a casa.

- Tudo bem. - ele me interrompeu dizendo secamente.

Mais que garoto chato, nem deixa eu falar. Parece que está irritado com minha presença.

Peguei um sanduíche e um copo de suco.

- Aqui está. - digo entregando para ele.

- Não, obrigado. - ela recusou dizendo friamente com olhar fixo ao livro.

Não acredito que ele vai me ignora desta maneira. Será que ele me odeia tanto assim?

- Não está com fome?

- Não. - ele diz ainda com a cara fechada.

Pelo visto vai ser difícil agradar a fera.

- tem certeza que não está com fome!

- Eu não como.

Olhei assustada para ele.

Ele limpou a garganta e finalmente olhou nos meus olhos.

- Eu não como presunto. - ele completou.

- Tudo bem, eu tiro. - sorrio e pego o sanduíche dele. Tiro o presunto e dou o lanche para ele, e ele ignorou.

- Aqui. - digo esperando ele pegar.

- Já disse que não quero! - ele gritou comigo.

Espera, ele gritou comigo?

Me afastei dele assustada com sua reação. Ele me olhou passando a mensagem que ele não queria ter feito isso.

- Vai embora. - digo.

- Me desculpa. - ele se levantou e se aproximou, mais eu recuei.

- Vai embora por favor. - sinto uma única lágrima escorrer no meu rosto.

Ele me lançou um olhar sério e saiu em passo firme em direção a sua casa.

Me sentei na grama e comecei a chorar.

Maldita mania de chorar por tudo!

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