Personal Contract

Onde tudo mudou...

Quem é vivo sempre aparece, né?

Capítulo quentinho, enorme e boiola que nem eu (Lia) pra vocês!

•🗼•

POV BIANCA

Na terça-feira tive um dia corrido, me deitei tarde da noite e apaguei. Na quarta, acordei cedo com Miguel me chamando. Em sua mão, havia uma bandeja com café e tapioca.

Miguel era um grande anjo na minha vida, sempre que eu precisava ele estava lá me apoiando, era um amigo que qualquer pessoa desejaria ter ao lado.

Levantei lentamente, agradeci ele pelo café da manhã e peguei meu celular para olhar as redes sociais enquanto comia sozinha, já que ele precisou descer para terminar de arrumar algumas coisas.

Abri o Instagram e vi alguns stories de conhecidos, alguns stories de fã clubes, até que, inevitavelmente, apareceram os de Rafaella. A mulher estava sorrindo largamente, com os olhos brilhando. Automaticamente um sorriso surgiu em meu rosto também.

"Bom dia, meus amores, bom dia! Como vocês estão? Hoje acordei tão feliz, tão leve. Ó, tem muita coisa boa vindo aí, não posso contar muito mas espero que cêis' vejam logo. Tô muito empolgada, acho que cêis vão gostar!"

Respondi com "Bom dia, zóinhos verdes! Que seu dia seja ótimo!"

Rapidamente a resposta chegou: "Bom dia, carioca! Que o seu seja melhor ainda!"

Apenas curti a mensagem e saí do Instagram. Fui para o Twitter, dei um bom dia animado e, em seguida, bloqueei a tela do celular. Precisava ir me arrumar logo pois tinha compromissos pela manhã.

Venturotti e Miguel me acompanharam até o estúdio onde seria feita a campanha da OMO. Fomos rapidamente recebidos e levados para a sala onde explicariam como tudo funcionaria.

— E aí depois vamos pro estúdio para gravar. — A mulher que nos guiava terminou sua fala assim que abriu a porta. — Pronto, fiquem a vontade. Querem água, café, suco, alguma coisa?

Assim que entrei no local senti o cheirinho que eu tanto conhecia e gostava. Meus olhos arregalaram ao ver Rafaella no canto da sala, falando no celular. Sua expressão foi a mesma que a minha quando se virou e me viu.

— Rafa?

— Bia?

As vozes foram ouvidas ao mesmo tempo, seguidas de um silêncio, até que o único som presente no ambiente era da risada de Venturotti e Miguel.

— Eu daria tudo que eu tenho e que não tenho pra apagar a memória delas e refazer essa cena agora só que filmando as reações. — Venturotti falou para Miguel, mas Bianca também ouviu.

— Aí se alguém pesquisasse no Google o significado de "gay panic" iria aparecer essa cena. — O amigo de Bianca completou, recebendo um olhar de repreensão dela, o que apenas fez ele rir mais.

— Então, obviamente vocês já se conhecem, né? — A mulher responsável, que se chamava Patrícia, falou. — Podem se sentar aqui, que eu vou explicar tudo direitinho. E vocês dois, fiquem à vontade nas outras cadeiras.

— Certo. O que você tá fazendo aqui, Rafa? — Bianca questionou quando se sentaram lado a lado, em frente a mesa de Patrícia.

— Uai, aparentemente nós duas vamos fazer essa campanha, né... — Disse ainda com dúvida, esperando explicações da outra mulher.