O primeiro passo já foi dado

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Pov. Brasil

A brisa fresca da manhã batia no meu rosto e ajudava a me manter desperta. O frio que atravessava o tecido da camisa social azul fazia meus braços arrepiarem. Sinto a temperatura do meu pescoço e colo desprotegidos pelo decote baixar. Cheguei meio tarde ontem. E devido a isso e aos acontecimentos do dia anterior eu não tive lá a melhor noite de sono.

O céu do dia que acabou de nascer é pintado por um azul bem clarinho e sem nenhuma nuvem a vista. Segundo a previsão do tempo hoje estará bem quente, talvez eu dê um mergulho na piscina depois do almoço. Meus olhos estão fixos na bela vista que tenho da minha casa. A baía mais bela da América do Sul! A água azul ao longe e os barcos que a enfeitam cria uma imagem de cartão postal! Nem percebi que estava sorrindo...
Olhar pra isso me traz paz de espírito. Me faz esquecer dos problemas do meu trabalho e de tudo de ruim que existe na minha vida. Gosto de vir até o lado de fora pra apreciar a vista antes de começar a trabalhar. Faz eu me sintir leve...
Porém meu momento reflexivo foi perturbado por uma voz grossa e familiar aos meus ouvidos.

Ale: tinha me esquecido de como a vista da sua casa é bonita! - eu me virei e apoiei ambos meus cotovelos na barra de contenção, assim olhando direto para o alemão.

Bra: o que está fazendo aqui?
- perguntei com curiosidade. Ansiando saber o motivo de sua visita, pois sei que o europeu é um homem bem ocupado. Na verdade eu tenho até mais responsabilidades e tarefas do que ele! O que nos diferencia é que ele é extremamente centrado e dedica quase 100% do seu dia ao trabalho.

Ale: você disse que era para eu vir te visitar! Então aqui estou eu! - ele explicou sorridente enquanto apoiava um dos cotovelos na contenção, assim ficando de lado e virado para mim. Eu apenas sorri de volta e voltei a olhar para frente, para a imagem da minha piscina e minha mansão. Minha casa é enorme e a parte externa não perde nesse quesito. A piscina é gigante e a área tem algumas mesas para os churrascos e as reuniões de amigos, e sem faltar as espreguiçadeiras. O silêncio estava instalado entre nós. Mas o europeu decidiu se pronunciar.
- então... dormiu bem? - ele perguntou na tentativa de puxar algum assunto e eu olhei para sua figura.

Bra: não... Eu mal consegui pregar os olhos. - eu respondi com sinceridade e ele voltou a sua postura normal. O alemão deu um passo e envolveu seus braços em minha cintura.

Ale: ei, esqueça o que aconteceu! A culpa não foi sua! - ele disse enquanto tinha seu olhar fixo em mim, que por minha vez suspirei de forma pesada.

Bra: obrigada por ficar do meu lado Ale... - agradeci com um tom baixo e sem olhar em seus olhos. Senti sua mão em contato com a minha bochecha e então tive que encarar seu olhar.

Ale: não precisa agradecer, Brasilien. Saiba que vou ficar do seu lado para o que der e vier! - ele exclamou a última parte com um belo sorriso aberto, o qual eu retribuí.

Pov. Rússia

Sentado na cadeira com almofada de couro vermelho na parte externa do iate, eu me sentia confortável. Eu estava de lado para a mesa de vidro, a qual ainda está repleta de comida. Mas meus olhos estão fixos em outro lugar. A vista do mar e alguns outros barcos ao longe. O sol está meio forte. Acordei um tanto tarde hoje, já são as 9 horas e acabei de terminar meu café. Me custou dormir ontem, a ansiedade e as memórias daquela briga me perturbavam a paz.
Fui tirado de meu transe pela voz de um dos meus capangas.

Cap: Chefe! Trago notícias! - direcionei o meu olhar para o homem que segurava um tablet nas mãos. O encarei e ele entendeu o recado. O homem então me entregou o tablet. Eu dei play no vídeo e comecei a assistir. As imagens foram feitas por um drone. O vídeo mostrava a embarcação no mar azul que refletia os raios do sol. Porém os containers já não estavam mais lá. Em segundos tudo explodiu e só o que se podia ver era uma fumaça negra. - o navio foi destruído há poucos minutos e o carregamento foi roubado com sucesso!

Rus: ótimo! - eu exclamei e devolvi o aparelho a ele, que fez um gesto com a cabeça em sinal de respeito e foi embora.

Voltei a me concentrar no que olhava antes. O primeiro passo já foi dado e não tem como voltar atrás. Esta guerra será difícil! Afinal, Braziliya é a chefe de uma das maiores e mais poderosas máfias do mundo! Ninguém em sã consciência se meteria com ela. Isso seria suicídio! Mas já que ela teve coragem de defender aquele paspalho e  ajudar a roubar o que é meu, tenho certeza de que não terá medo algum em me enfrentar!

Pov. Brasil

Os braços do alemão continuavam a me prender contra seu corpo. Nossos olhares estavam na vista e o silêncio reinava absoluto no lugar. Até que alguém gritou meu nome.

Arg: Brasil! - o argentino parecia desesperado e corria em minha direção junto a Bolívia. Eles são meus amigos e trabalham para mim. Logo o alemão me soltou e os dois hispânicos pararam em nossa frente.

Bra: nossa! Aconteceu alguma coisa?
- eu perguntei confusa. A boliviana mexeu em algo no celular que segurava e então me entregou. As imagens mostravam um dos meus navios cargueiros afundando na água enquanto expulsava uma fumaça cinzenta. - Mas que porra é essa?! Onde está o carregamento?! - eu perguntei me enfurecendo.

Bol: o navio foi atacado há alguns minutos! Roubaram o carregamento!
- ao ouvir isso eu apertei o aparelho com força enquanto continuava a olhar para sua tela.

Bra: RÚSSIA SEU FILHO DA PUTA! - eu gritei furiosa. Com o celular ainda na mão eu deixei o lugar enquanto dava fortes pisadas contra o chão. Entrei em casa e podia ouvir o som dos passos de Bolívia atrás de mim. Sem nem me importar, continuei a seguir meu caminho pelas escadas afim de chegar ao meu escritório o mais rápido possível.

Pov. Alemanha

Brasilien saiu apressada dali, me deixando para trás. Bolívia foi atrás de sua chefe, porém o Argentinien continuou no lugar. Eu estava a ponto de ir atrás dela também, porém a voz do homem me chamou a atenção.

Arg: o que está fazendo aqui, Alemanha? - ele questionou com um tom de confusão na voz. Porém pude perceber um certo grau de hostilidade na forma em que o mesmo falava.

Ale: vim visitar a Brasilien! - respondi simplista.

Arg: visitar a Brasil? Desde quando vocês são tão próximos para você só chegar sozinho na casa dela sem nem avisar? Pelo que eu me lembre ela nunca foi muito com a sua cara! - o incômodo com minha presença passou a ser mais visível em sua voz. Eu dei um sorrisinho sarcástico.

Ale: acho que minha relação com a Brasilien não te diz respeito, Argentinien! - eu disse irônico com a intenção de provocá-lo. Pelo visto deu certo. Senti seu olhar sobre mim ficar mais pesado. Eu dei mais um sorrisinho e então deixei o lugar e fui atrás da Brasilien.

Pelo visto a guerra já começou!

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Esse cap ficou meio chato, mas fazer oq? O próximo vai ser melhor, prometo!
🤡

Espero que tenham gostado!

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É isso! Beijinhos✨✨✨

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