Under The Moonlight ||Z.M||

Capítulo 2

ZAYN'S POV

Acordei cheio de dores. As lembranças que povoavam a minha mente eram muito vagas: o ataque do lobo, eu ter caído no meio da clareira a esvair-me em sangue, a rapariga que tratou de mim.
A rapariga.
Ela era linda, lembro-me dos seus olhos castanhos e dos seus cabelos escuros.
Olhei para a minha barriga, onde estava uma ligadura a cobrir a ferida, tentei levantar-me mas ainda estava muito fraco.
Reparei que alguém estava deitado perto de mim. Era ela, parecia estar em paz:
- Obrigado por teres cuidado de mim- depositei-lhe um beijo na testa e cobri-a com o casaco de cabedal que tinha vestido, ficando de tronco nu.
Levantei-me devagar e fui até casa, apenas o Trevor lá estava. A minha irmã Orianna tinha saído:
- O que é que te aconteceu, Zayn? Queres que chame a Ori?- ele amparou-me até ao quarto.
Quando me deitei sobre a superficie macia da cama, foi como se me tivessem dado uma anestesia, a ferida da dentada doia como farpas.
- Foi um dos lobos do Ermot que me atacou quando eu estava na floresta- contorci-me com dores.
- E quem é que te fez o curativo?
- Foi uma rapariga que estava a passar na floresta. Ela ouviu-me- lembrei-me dela encostada ao meu corpo e sorri.
- Sabes como é que ela se chama?
- Não, como te disse, ela estava a passar e ouviu-me. Também seria muito estranho para ela ver um lobo ferido que, de repente, se transformava num homem e que lhe perguntava o nome. Não estava propriamente em condições e nem me apetecia matar a única ajuda que me apareceu com um ataque cardíaco!
O Trevor de uma gargalhada:
- Juro que não consigo entender como é que tu, apesar de estares todo partido, ainda consegues ter sentido de humor.
- Se eu vivesse uma vida escura e triste, passaria mais tempo a lamentar-me do que a vivê-la. Portanto, gosto sempre de dar uma boa gargalhada, mesmo nos momentos maus.
A Orianna entrou naquele momento e fixou o olhar em mim, tentando perceber o que se passava:
- O que é que te fizeram, Zayn? Porque é que estás ferido?
- Um dos lobos do Ermot atacou-me.
A minha irmã levantou-se repentinamente e mandou um murro para o ar, seguido de várias pragas:
- Aquele desgraçado não descansa enquanto não destruir a minha familia... Como é que te sentes?
- Já estou melhor. Graças a ela.