Capítulo 23

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Zayn's POV

Os primeiros raios de sol da manhã encadeavam a minha visão adormecida, obrigando-me a acordar. Senti a cama a afundar do meu lado direito e vi que a minha irmã me olhava:

- Bom dia, Zayn.

- Bom, dia Ori. Queres alguma coisa?- peguntei, ensonado.

- Só te vim avisar que vou sair para fazer a vigia.

- Okay, até logo.

- Até logo, Zayn- ela deu-me um beijo na bochecha e saiu.

Estranhei um pouco a atitude dela, mas não liguei muito. Desci até á cozinha e vi que estava vazia, comi e saí para ir ter com a Caroline.

Cheguei ao Centro, cumprimentei os médicos que já lá estavam e fui em direção ao gabinete da Caroline:

- Bom dia, princesa- aproximei-me da mesa dela e dei-lhe um beijo rápido.

- Bom dia. lobinho.

Arqueei uma sobrancelha, dado ao nome que ela me chamou:

- Lobinho?! A sério que me chamaste isso?

- Não gostas?

- Acho apenas estranho.

- Eu acho fofo.

Esbocei um sorriso:

- Tudo o que quiseres.

Ela piscou-me o olho e voltou para o trabalho que estava a fazer antes de eu ter aparecido, não pude deixar de observá-la. A maneira como ela mordia a tampa da caneta em sinal de concentração, o jeito em que nos seus olhos se formavam pequenas rugas de cada vez que ela olhava para o computador. Era, sem dúvida, uma das visões mais bonitas que alguma vez tive.

- Tu ficas linda enquanto estás a trabalhar, mas não te apetece fazer outra coisa?

- O que é que te apetece fazer?

- Que tal namorarmos um bocadinho?- sorri, malicioso.

- Mas há gente lá fora...

- Não vamos fazer nada de mal.

Fui trancar a porta do gabinete e voltei a sentar-me , chamando a Caroline para o meu colo. Ela sentou-se e fixou o olhar em mim, mordendo o lábio:

- Não mordas o lábio.

- Porquê?

- Ficas extremamente sexy a fazê-lo e eu começo a ter dificuldades em controlar-me.

Uni os meus lábios aos dela e senti-a a corresponder imediatamente ao beijo que, numa fração de segundos, se tornou em algo selvagem e quente.

Separei as nossas bocas e comecei a distribuir beijos pelo pescoço dela:

- Zayn...- a respiração dela estava acelerada.

- Huum?

- Vamos parar... Há gente lá fora... Antes que isto vá  parar onde não deva...

Parei o que estava a fazer, porque por muito que eu quisesse ter mais alguns momentos daquela intimidade, ela tinha razão. Não estávamos sozinhos.

- Tens razão, mas quero que saibas que cada vez te desejo mais.

Ela deu-me um murro no braço e escondeu a cara, para que eu não visse que ela tinha corado. A Caroline ficava tão querida quando se atrapalhava. Aquela rapariga era perfeita.

A voz dela tirou-me dos meus pensamentos:

- Lembrei-me que tenho uma coisa para te contar, lobinho- ri-me, graças á insistência dela em utilizar o nome "fofo".

- Diz, sou todo ouvidos.

A Caroline pôs as mãos em volta do meu pescoço e eu estremeci com o seu toque. Era incrível o efeito que ela tinha em mim. Voltei a concentrar-me naquilo que a Caroline me tentava dizer:

- Descobri que tenho mais um lobisomem na minha vida.

Olhei para ela, não entendendo onde ela queria chegar:

- Como assim? Como é que tens outro lobisomem na tua vida?- não pude evitar sentir uma pontada de ciúmes.

- Há uns anos, encontrei um lobo ferido numa floresta aqui da região e trouxe-o comigo para aqui. Esteve em recuperação cerca de dois anos e acabei por me afeiçoar a ele. Quando o meu pai morreu, eu fui-me muito abaixo e foi nele que encontrei o melhor amigo que precisava. Naquela altura, o Sasha era apenas um lobo, mas desabafei muitas vezes com ele, chorei abraçada a ele... E ontem descobri que ele é um lobisomem e que se chama Mike.

Eu conhecia um lobisomem chamado Mike, dos tempos em que vivi em Buenos Aires. Éramos vizinhos e houve uma vez em que ele praticamente me salvou a vida.

As minhas suspeitas confirmaram-se quando a Caroline disse:

- Ele conhece-te. Vocês eram vizinhos em Buenos Aires.

- Lembro-me dele. O Mike é uma pessoa espetacular, tens muita sorte em tê-lo como apoio.

- Eu sei, mas também tenho muita sorte em ter-te como namorado. Sou a mulher mais sortuda do Mundo- ela beijou-me.

Olhei para o relógio e vi que já passava das onze. A Orianna já devia estar a chegar da vigia, ela tinha saído muito cedo.

- Eu tenho que ir. Falamos hoje?

- Sabes que sim.

Demos mais um beijo e eu saí daquele lugar com o sorriso mais estúpido do Mundo estampado na cara.



Under The Moonlight ||Z.M||Onde histórias criam vida. Descubra agora