"Onde vai?"
Quis saber o pai de Jake ao vê-lo sair de casa à noite daquela sexta feira.
"Ao trabalho".
Sem mais palavras,este saiu.
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Mari rolava a chave do carro de um lado para o outro em cima da mesa,pensando na vida. Seu pai adentrou pela sala abraçado com Laila.
" Vamos jantar. Quer nos fazer companhia? "
"Sabe que dia é hoje?"
Ela perguntou levantando o olhar a vendo a figura alta de seu pai vestido elegantemente um termo preto de linho e Laila em um belo vestido lilás. Sentiu raiva dos dois.
"Sei sim. "
Ele disse com pesar.
"E ainda assim vai sair?"
"Ficar em casa não mudará nada minha filha. Sinto muito. Boa noite".
Esperou até ouvir o barulho do carro de seu pai se distanciar naquela noite fria e morta. Enfiou as chaves dentro do bolso do jeans. Fez o que costumava fazer sempre que se sentia assim. Desceu até a garagem e pegou seu conversível. Pisou fundo e arrancou pelas ruas mais desertas que conhecia. Corria e ultrapassava todos os sinas vermelhos possíveis. As lagrimas invadiram seus olhos e o vento as espalharam por seu rosto. Dirigia insana e sem pensar. Estava acostumada. Nunca lhe acontecia nada. Mas daquela vez foi pouco diferente. A rua não estava tão deserta como parecia,e no cruzamento do sinal vermelho,por pouco não foi atingida em cheio por um outro carro. O motorista desviou em cima e ela com o susto perdeu o controle do carro. Bateu em uma árvore. As pessoas dos pequenos comércios que haviam ali saíram assustadas para socorrer .
Jake caminhava tranquilamente pela calçada quando viu tudo. Viu o conversível preto passar em alta velocidade por ele e pensou ter reconhecido quem o dirigia. Viu o outro carro desviando assustado no cruzamento e viu a batida de leve na árvore. Junto com o bando de curiosos,correu até o carro na árvore.
Mari estava desacordada e um filete de sangue descia de sua testa. O carro não havia sofrido grandes amassos.
"Ela é louca! Cruzou o sinal! Eu não tive culpa!"
Gritava o outro motorista ao lado de fora tentando ser acalmado pelos moradores.
"Ei,psiu. Acorde."
Ela abriu os olhos devagar e o pensamento de Jake foi o mesmo de algumas noites atrás quando a encontrará na praia. Jamais havia visto um azul tão infinito. Ela o reconheceu também.
"Eu morri?"
Ele riu.
"Ainda não".
Mari fechou os olhos e franziu a testa.
"Como se sente?"
"Estou tonta"
"Vou te levar ao hospital. Consegue mudar de lugar?"
"Não preciso de hospital"
"Cala a boca"
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Mari
RomanceO retorno á sua cidade natal faz Mari cruzar seu caminho duas vezes seguidas com o misterioso e sedutor Jake Hettengs, a levando por uma caminho cheio de mentiras, sedução e o perigo de se apaixonar por ele.