01 x Em segredo

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Na primavera, a vida parece que fica mais bela, cheia de cor. Mas cada flor que florescia nas alcateias do norte e do sul, era uma vida perdida, desperdiçada por uma guerra sem sentido, porque nas pétalas de uma rosa existia sangue. Sangue de pessoas boas, que morreram por pura rivalidade entre os dois grupos.

A rosa está agradecida, pois necessita de uma gota de sangue para sobreviver. Talvez seja a ordem natural da vida nascer, florescer, e no final de tudo, morrer. Foi para isso que nascemos, para florescermos.

Floresça, minha pequena flor.

Jungkook estava aos prantos agora, pois em seus braços havia um homem bom, um pai que estava desfalecendo com um tiro no peito.

— Eu quero que tu me prometa... — falou arrastado, quase sem forças.

— Sim, senhor. O que desejas? — Pegou a mão do seu general e se aproximou para ouvir o clamor.

— Quero que você cuide de meu filho... Por favor. Não deixe que nada de mal lhe aconteça. — Depois, Park Gong fechou os olhos. A morte veio buscá-lo.

Morra, minha pequena flor. Pois, o inverno bateu em sua porta.

ノ🌹ノ

A guerra de poder entre as alcateias se findou com um tratado de paz, vindo da alcateia do Sul. Alguns anos se passaram e tudo havia mudado, até mesmo as pessoas que estavam presentes em tal barbaridade.

Jungkook, agora, não sorria mais, além de ter cicatrizes espalhadas no rosto, o que trazia asco à sociedade. Por conseguinte, ele não é uma pessoa tão sociável ou amável assim. Não mais. Porém, para ele, bastava observar cada passo de uma pessoa em especial. Um ômega que floresceu como uma linda flor, delicado e belo.

Em segredo, e entre as sombras, o alfa lúpus observava o ômega dia e noite, como seu protegido. No começo, ele fazia isso apenas pela sua dívida de honra com Park Gong, que salvou sua vida na batalha, mas, agora, se tornou pessoal; ele e seu lobo sentiam necessidade de proteger o pequeno Jimin.

Jungkook adorava vê-lo sorrir quando estava em seu jardim, cuidando de seu canteiro de rosas. Adorava vê-lo concentrado em seu livro de fantasia, e amava mais ainda ouvi-lo cantar. Ele ouvia o tom da doce voz de Park, via o tom da sua pele branca e rosada, sensível ao sol, e a tonalidade dos seus lábios de morango a mover-se enquanto recitava versos de poesia. Amava todos os tons diferentes de Park Jimin. Ele o amava, em segredo. Pois sabia que Jimin não merecia um homem rude e machucado como ele. Ele merecia mais. Ele merecia o mundo, Jungkook o daria se pudesse.

No passado, Jungkook brincava com suas irmãs, era muito amado por sua mãe, e cuidava dela, já que seu pai não existia nesse mundo. Mas tudo mudou quando sua mãe foi embora para longe, depois que ele se tornou escória da sociedade, após o surgimento de suas cicatrizes. Ela levou suas irmãs e ele ficou sozinho. Apenas com a mansão, como lembrança de um passado miserável, onde tinha que conviver e tentar sobreviver no mundo.

Os espinhos de uma rosa estão lá, para mostrar-nos a verdadeira realidade. Pois a beleza é uma mentira e, no fim, apenas nos resta sangue e lágrimas.

ノ🌹ノ

Park Jimin sempre foi um menino com personalidade forte — e dotado com uma beleza estonteante —, seu pai é quem o diga, pois sua mãe morreu em seu parto. Ele era muito enérgico e talentoso, adorava compartilhar suas tardes com seu amado pai, tocando piano e dando passeios à cavalo. Tudo ficou escuro em seu mundo colorido quando seu pai morreu na guerra. Todos os seus hormônios estavam uma loucura, então suas crises de tristeza — suas e de seu lobo — eram frequentes, mas com o passar dos anos, ele aprendeu a controlar.

Às vezes, Jimin se pegava pensando em seu pai e, com ele, um homem, que na época tinha muita admiração. Tanta que, lembrava se tocar — como lia em seus livros de romance — em silêncio, em noites agitadas, pensando no jovem Jeon, devido a seus hormônios à flor da pele. Seu ômega choramingava ao pensar no belo alfa lúpus, no qual não sabia se estava vivo ou morto.

Depois da morte de seu querido Gong, Jimin foi obrigado a viver com sua tia Dora, uma fofoqueira, e muitas das vezes, insuportável. Ele não via a hora de fazer 23 anos, que na alcateia do norte era considerado a maioridade para um ômega, e finalmente herdar a sua herança e viver livre, como quiser. Mas sabia que sua tia estava escondendo algo de si, algo muito importante e que estava escondido no testamento do seu pai, pois a mulher beta nunca deixava-o ver o pergaminho.

Havia algo de muito estranho também enquanto ele fazia qualquer coisa fora de sua casa, principalmente quando saía com Min Yoongi, seu fiel amigo. Olhares, Jimin se sentia observado, e percebeu isso após a guerra. Ele já fora ao curador da alcateia, mas o doutor não achou nada que pudesse ser classificado como loucura ou doença da cabeça. Então... era uma maldição? O espírito do seu pai que o acompanhava? O próprio diabo? Jimin estava à beira da sandice pensando nas possibilidades.

Seus instintos queriam desmascarar o maldito que o perseguia, e agora mesmo Jimin estava bolando um plano na sala de chá, junto a Yoongi.

— Você poderia atraí-lo para um lugar, como uma mosca! — sugeriu o outro ômega, para Park.

— Não seja burro, Gigi. Ele deve ser mais esperto do que isso, preciso de um plano mirabolante — retrucou, tomando mais um gole de seu chá de framboesa.

— Oras, vejamos... E se você estivesse em perigo? Ou melhor, indefeso, em um beco, sem ninguém por perto?

— Hum, certo! Estamos chegando a algum lugar. Mas, como faríamos isso? — Jimin questionou, interessado.

— Vamos fazer assim...

Então, o ômega de cabelos negros começou a contar os detalhes do plano. Jimin estava ansioso para descobrir quem ficava sempre à espreita. E pedia a Deus para o plano dar certo.

CONTINUA

Oii eu estou sumida né? Bom não sei se perceberam

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Oii eu estou sumida né? Bom não sei se perceberam...

Mas aqui estou eu, com mais uma fanfic enquanto tem outras que eu nem aguento att direito kkk mas vamo que vamo :)

Desculpa se tiver algum erro, fui eu que revisei porém, sempre escapa alguma coisinha.


Dívida de Honra ➸ ji+kook ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora