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"Lucifer! Lucifer!" Foi urgente.

Ele abriu os olhos e olhou para a Chloe. Ela estava praticamente em cima dele. "Isto é um sonho? O melhor que eu já tive de certeza... mas porque estás vestida?"

Ela olhou para ele confusa e chocada. "Não. Tu estás a arder em febre." Ela diz. Antes de pegar algo na mesa de apoio. "Bebe isto, vai ajudar."

"Eu estou bem." Ele diz olhando para o conteúdo do copo com desconfiança, mas mesmo assim bebeu. "Isto é horrível."

"Vai-te fazer sentir melhor." Ela tocou no rosto dele e ele contraiu-se. "O que se passa?"

"A tua mão está muito fria."

"Tu estás muito quente. A minha mão está normal." Ela diz.

"Não... tenho a certeza... este quarto está um gelo." Ele puxou mais a manta para cima dele.

"Tu estás muito doente." Ela diz colocando uma toalha fria na sua testa. "Vai ficar tudo bem." Ele começou a tremer com frio. "A Linda contou-me o que aconteceu com a estrela. Como...? Diz-me como começou."

"Eu estou tão cansado amor." E ele gemeu depois disso enrolando-se na cama com dor. Chloe saltou do seu lado assustada, mas não dele. Ela percebeu a estrela nesse momento, piscando algumas vezes enquanto ele gritava de dor.

Maze entrou no quarto nesse momento. "Maze! Como faço parrar?" Chloe pergunta sentindo-se inútil e sofrendo ao ouvir a angústia do Lucifer.

Essa foi a primeira vez que a Chloe viu uma emoção no rosto do demónio. Maze estava assustada e isso só aumentou o pânico da humana.

"Lucifer!" Ela aproximou-se dele. Ele acalmou-se um pouco e olhou para ela. Ele parecia igualmente assustado e com dor. Ela rapidamente pegou-o, abraçando-o, deixando-o gemer no seu pescoço. Ela notou a estrela estabilizar e com isso ele acalmou. Ela sentia a humidade no pescoço. E o desespero na sua respiração ainda instável. "Descansa." Ela disse gentilmente.

"Eu preciso contar-te..."

"Shhh..." Ela deixou-o e ajudou-o a deitar-se. "Podes me contar mais tarde. Eu não vou a lado nenhum."

oOo

"Olá." Ela diz olhando para ele quando ele começa a acordar. Ela dá-lhe um pequeno sorriso.

Ele retribuiu mesmo que parecesse um pouco deformado. "Olá Chloe."

"Como te sentes?"

"Bem acho eu." Ele diz.

"A tua febre passou assim que adormeceste." Ela diz. Ajustando-se ao seu lado. O olhar ficou mais sério. "Eu fiquei com tanto medo."

Ele sentiu-se envergonhado. "Desculpa, não queria que me visses assim." Ele diz sentando-se e sentindo-se anormalmente bem.

Ela ainda tinha medo pela vida dele. "O que quebra a maldição?" Ela perguntou diretamente, se ela pudesse fazer alguma coisa, ela ajudaria.

"É complicado."

"Mas... se não fizeres nada... vais morrer?" Ela pergunta a medo.

"A única certeza que tenho Chloe é que não ficarei aqui. O que vai acontecer só o meu pai sabe."

"Mas ainda há tempo, certo?" Ela perguntou um pouco esperançosa.

"Porque te interessas por isso?" Ele pergunta tentando conhecer as suas motivações. Será que poderia ser amor?

Ela ficou um tempo sem responder, então olhou para ele. "Eu tive medo, eu... não quero que sofras só isso." Ela diz.

"Claro." Ele diz, sabendo que era impossível ela dizer que o ama, ou que alguma vez o amará. "O tempo que me resta, não será suficiente para mudar o que seja." Ele diz acreditando verdadeiramente em cada palavra.

Chloe e o DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora