SKYE

41 - Rol

— Uma festa não é a melhor opção. — Milena disse ao descer do táxi, Carol, Thaiga e Crusher estavam ao seu lado.

— Pra mim é, pra mim sempre é. — respondeu com rigidez.

— Beber vai te fazer lembrar dela, não esquecer. — Thaiga disse, pegou na mão da esposa andou mais rápido na frente.

Carol revirou os olhos e colocou a mão na frente dos olhos para evitar que os flashes das câmeras machucassem seus olhos. A frente da boate em que eles estavam prestes a entrar estava lotada de paparazzi.

Depois de voltar para Los Angeles para deixar Skye com Crusher, para que assim a filha voltasse a ser feliz, Carol resolveu tirar a noite de folga antes de ir embora novamente, voltando a rotina de shows e mais shows.

Ficar sem sua filha era um martírio, uma secção diária de tortura, e seu coração doía toda vez que ela se imaginava longe de Babi, mas ter ela por perto não era mais uma opção, e sim um tipo de castigo.

Seu coração ainda batia forte por ela, e Carol sentia que deveria superar, mal sabendo, que na verdade Babu á queria por perto, queria beijar, abraçar, fazer amor com Carol. Na sua cabeça, Babi ainda não tinha deixado Lily para trás.

— Não se sinta mal, eu acompanho você. — Crusher passou o braço por cima dos ombros de Carol.

Skye tinha ido para casa de Babi, passar a noite com a babá fazendo sanduíches estranhos, vendo filmes clichês da netflix e matando a saudade que sentiam uma da outra. Uma parte de Carol queria estar com elas, mas, Carol fez de tudo para não ver Babu.

Já Babi, tinha feito de tudo desde que Skye apareceu para saber de Carol, encontrar com Carol e falar sobre seus sentimentos. O destino não estava a favor das duas, pelo contrário, ele parecia estar completamente contra elas.

— Eu espero que seja um bom companheiro de copo, Fooxie. — Carol disse mais alto quando eles entraram na boate na frente dos outros, por quê seus nomes estavam na lista. — Por que para a vida você é péssimo.

Crusher riu, passou a mão entre os cachos morenos jogando para trás, guiando sua ex esposa até o bar.

— Eu sou um ótimo companheiro em ambas as coisas Carol. — eles pararam no bar, Carol olhou para ele sorrindo com ironia.

— Ah claro, claro.

— Não me diga que se arrependeu do tempo que passou do meu lado, se arrepende? — Carol abriu a boca para responder mas Crusher ergueu sua mão, calando-a de imediato. — Vamos beber algo, depois você me responde.

— Talvez alcoolizada eu consiga responder alguma mentira que te agrade. — Carol se debruçou um pouco sobre o balcão de vidro e chamou o barman.

Ela pediu algumas doses de tequila e Crusher optou por uma bebida flamejante. Eram raras as vezes que eles saíam juntos, pois sempre, sempre e sempre, acabava em briga, um culpando o outro pelo fim da relação fadada ao fracasso.

Mas ambos estavam ali para esquecer seus amores. Crusher queria superar um recente "pé na bunda" e Carol queria parar de pensar em Babi, por que a morena com um olhar inocente dominava dia mente vinte e quatro horas do dia.

As bebidas chegaram e eles foram rápidos, Crusher tomou sua bebida em um gole só, sentindo o líquido quente descer queimando sua garganta. Ele fez careta e sentiu vontade de vomitar, mas não durou muito.

Carol tinha três pequenos copos de tequila em sua frente, elas estava pensando se os tomaria sozinha ou compartilhava com Crusher e seu coração partido, mas optou por beber tudo sozinha. Sua dor tinha que ser sentida de forma descente.