Carol estava parada no meio sala, sem conseguir esboçar nenhuma reação, com as mãos na barriga e os pés sob uma poça d'água. Sua cabeça estava a milhão, suas pernas tremiam e lágrimas desciam sem parar, caíam compulsivamente. Ela tinha que pensar, tinha que ter calma, mas naquele momento, naquela situação, Carol estava tendo tudo, menos calma.— Droga Star... — choramingou, apoiando no encosto do sofá. — Não é possível que você será como a Skye.
Devagar ela andou até o telefone, sentindo medo que outra contração começasse, agora ela teria que tentar ligar para Babi, sua mãe ou Crusher. Carol pegou o telefone e se sentou no sofá, com suas mãos trêmulas ela discou o número de sua mãe. Fez a mesma coisa quero vezes, mas o celular de Clara estava dando ocupado.
Ela respirou fundo, já estava chorando e se desesperando, sabia que agora as contrações eram reais, fortes e em períodos um pouco mas curtos. Mas ela tinha que se manter calma, não queria que sua filha nascesse no meio sala. Seria desastroso, nenhuma anestesia para fazer aquela dor desaparecer. Naquele momento ela queria estar em um hospital gritando pelos médicos.
— Vamos Babi, me atende. — fechou seus olhos com força após colocar o telefone na orelha. Ela tinha acabado de discar o número de Babi.
Chamou, chamou e chamou até cair na caixa de mensagens. Carol se desesperou, deixou o telefone de lado e deitou a cabeça no estofado, chorando alto com as mãos na barriga. O que ela iria fazer naquele momento? Em trabalho de parto, e ninguém ao seu lado. Então, em um rápido momento de luz em sua mente, ela se lembrou de Crusher, o pai do bebê.
Pegou o telefone mais uma vez e discou seu número, desta vez ela tinha um pouco mais de esperança em seu coração, mas, como os outros, chamou até cair na caixa de mensagens. Ela estava a um ponto de voltar a se desesperar até que ouviu passos no corredor. Sentou-se corretamente no sofá com rapidez, fungando e olhando para a porta.
Carol ouvia as risadas de sua filha mais velha e também as de Victor, ela também reconheceu a voz de sua irmã mais nova. Mas o que Victor estava fazendo com Skye? Por que Skye estava em casa naquele horário? E por que Any estava com eles? Por que Star tinha escolhido justo aquele momento para nascer? Em meio aos pensamentos desesperados e lágrimas a porta foi aberta, as risadas cessaram no momento em que Victor, Any e Skye viram como Carol estava.
— Mamãe a senhora não está nada legal hoje. — Skye fez careta, largou a mochila no chão e caminhou apressada até a mãe. — Tá com dor? — colocou uma mão na barriga de Carol e com a outra enxugou suas lágrimas.
— Skye fica quieta. — Any advertiu a menina, apesar de concordar que a aparência de Carol não estava lá essas coisas naquele momento.
— Sua irmã vai nascer. — sua voz saiu sofrida, trêmula. Skye arregalou os olhos e Victor levou as duas mãos até a boca.
— O quê?! — Victor indagou em desespero.
— Agora?! — Any gritou.
— Por onde? — Skye franziu o cenho e se afastou da mãe, esperando que sua pergunta fosse respondida.
Carol não pode deixar de soltar uma risada em meio ao momento de dor. Aquele momento seria inesquecível, e um dia ela contaria para Star a loucura que foi o dia do seu nascimento, mas que logo se tornou algo normal, em uma sala de hospital, com uma fotógrafa para registrar o momento e uma sala de espera cheia, com um pai chorão, duas mães babonas e uma irmã curiosa.
— Por um lugar que você não vai querer saber. — Victor tirou foi até Carol e se ajoelhou na sua frente. — Me diga aonde estão as coisas do bebê e as suas, vou te levar pro hospital.
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SKYE
FanficCarolina Voltan é uma cantora famosa que não tem tempo para sua filha, deixando Skye com milhares de babás que costumam desistindo no primeiro dia, mais quando ela contrata Bárbara Passo tudo muda, não só para Skye mas para ela também. adaptação...