Capítulo Oito;

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PASSADO

Naquela manhã, logo após ter descoberto namorar um maluco obsessivo, Yoongi não estava nem um pouco ansioso para Jungkook acordar. Ele havia passado a maior parte daquela noite pensando em maneiras de fugir e quando estava quase dormindo, sentiu algo picar seu bumbum, mas estava com medo demais de virar, então apenas fingiu que estava dormindo e sentiu Jungkook abraçar sua cintura. 

Ao ouvi-lo se mexer, Min fechou os olhos e fingiu estar dormindo. Jungkook ficou um tempinho acariciando Yoongi antes de se levantar e seguir para o banheiro do outro lado do quarto. O coração do baixinho estava batendo tão forte que ele sentia que Jungkook poderia farejar  seu medo.  O chuveiro foi ligado e ele relaxou um pouco, aproveitando a paz que sentia por está longe de Jeon. Isso até ouvir a voz dele atrás de si, perto do seu ouvido, em um sussurro, fazendo gritar de medo: 

— Eu sei que você está fingindo. Vamos lá, amor, levante, está um dia lindo lá fora. 

Ele levantou e abriu as cortinas. O sol da manhã de Seoul invadiu o quarto. Yoongi tentou levantar, mas suas pernas não obedeceram. Tocou elas, não sentindo nada. Ficou aterrorizado  com aquilo. O que aquele idiota havia feito? 

— O que você fez comigo? — pergunta, usando a força das suas mãos para se sentar e voltar a apertar sua coxa. — O que você fez? — Voltou a perguntar quando viu que Jungkook não disse nada, apenas sentou na beira da cama e o olhou. 

— Relaxa, é temporário. 

Yoongi o olhou incrédulo. 

— O que é isso? — soluçou. 

— Anestesia epidural.

— Você é doente. 

Jungkook se levantou e foi para o closet, ignorando completamente  o comentário. 

— Amor, você está péssimo. Um banho vai te fazer bem — comentou, dentro do closet. 

Yoongi se arrastou para fora da cama, caiu no chão, mas mesmo assim não parou, continuou se arrastando com dificuldade e determinação em direção a porta fechada. Jungkook saiu empurrando uma cadeira de rodas, observou Yoongi, mas não fez nada, achava adorável ver ele se arrastando. Sentou-se na cadeira para ficar mais confortável enquanto assistia. 

Min chegou a porta e se esticou o máximo que pôde para alcançar a maçaneta da porta. Quando conseguiu segurá-la, viu que estava trancada. Chorando, começou a socar a porta e pedir socorro.

Socorro, socorro — Jeon começou a dizer com uma voz infantil e irritante, debochando um pouco do namorado. — Para de agir como se não me amasse. — Levantou e foi até o pálido, pegando-o nos braços e levando para a cadeira. — Você que me ama. “Eu te amo, Jungkook”, foi o que disse. 

— Me deixa ir embora — pediu, fungando e secando suas lágrimas com o pulso. 

O loiro suspirou, abaixando-se na frente dele e apoiando os braços cruzados sobre as pernas alheias. 

— Creio que não vai ser possível.

— Por quê?

— Porque você me pertence agora. 

— Para de falar isso! — gritou. 

Jungkook riu, tombando a cabeça para o lado e deixando-a apoiada no seu braço e olhando para Yoongi com os olhos brilhando. Amava tanto aquele garoto. Trabalhou duro para o ter que agora  mal podia acreditar que aquele momento era real.

— Mas essa é a verdade, amor — levou uma mão até a bochecha rubra do amado. — Venderam sua alma para mim, agora você é meu, apenas meu. 

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