Perfect

Capítulo Cinco;

PRESENTE

Ele sentiu vontade de dar pulinhos de alegria quando viu Jimin entrar na casa, mas não podia fazer isso e tinha que esconder sua felicidade por ver o homem para não acabar indo dar uma visitinha para o apartamento de Jungkook, então manteve seu olhar fixo no jornal daquela manhã enquanto comia a comida que seu namorado maluco obsessivo preparou.  Um omelete minúsculo. 

Já Jimin, ficou um pouco decepcionado  que quem abriu a porta foi Jungkook e não Yoongi. Estranhamente, aquele cadeirante pálido e todo meigo não conseguia sair da sua cabeça. No momento que recebeu a ligação, falando que ele havia sido contratado, quase beijou Taehyung, seu cunhado, de tão feliz que havia ficado. Ninguém na casa entendeu aquela alegria toda, sendo que também tinha outros pacientes. Acharam que Park Jimin havia enlouquecido de vez. 

Ele havia deixado seus sapatos na prateleira junto com outros e ao ver um All Star esquecido ali, se perguntou se era de Yoongi. Ao se levantar, reservou um tempo de cinco segundos para olhar o cadeirante lendo o jornal. Yoongi usava uma calça jeans larga horrorosa clara e um casaco de lã felpudo colorido de cores pastéis. Estava tão lindo. Tão meigo. Tão fofo. 

Logo desviou sua atenção do baixinho e olhou para Jungkook, que o olhava sério. 

— Tudo bem? Podemos ir? 

— Claro — respondeu e seguiu Jungkook com muita dificuldade, queria ficar com Yoongi e conversar com ele, descobrir cada segredo. E que merda estava rolando ali.

Porra, por que estou me importanto tanto com uma pessoa que mal conheço? 

Min manteve-se na mesma posição, até Jungkook está de costas, então virou para olhar Jimin se afastando. Ele também se virou para olhar. Uma olhada rápida, o suficiente para seus olhos se encontrarem e o coração de ambos baterem mais rápido, seu sangue gelar  e sentirem um arrepio no corpo. 

— Me ajuda — disse o de cabelos escuros sem emitir som, mas Jimin estava longe de mais para conseguir decifrar o que tinha sido sussurrado. 

Alguns minutos depois, Jungkook apareceu chamando seu nome de forma agressiva. 

O que houve agora? Eu me comportei, não olhei para outro homem por que ele está zangado?

— Oi — dobrou o jornal  e levantou a cabeça, olhando para ele. Tentava manter-se calmo, como se não tivesse feito nada de errado. 

Jungkook estava com a expressão enfurecida. Deus, o que houve lá dentro?

— Terminou seu café da manhã? 

Café da manhã? Que café da manhã? Eu comi migalhas.

— Sim — respondeu e para provar, mostrou seu prato limpo. — Comi tudo.

Os olhos do maior zanzaram até a mesa vazia, vendo o prato branco limpo. Nem parece que tinha comida ali. Será que ele lambeu o prato?

— Venha — ordenou e começou a seguir novamente para o corredor dos quartos. 

— Para onde?

— Só venha. 

Yoongi se calou e o seguiu em silêncio. Não podia o questionar, Jungkook já deixara mais do que claro o que acontece quando é questionado. Yoongi não tem o direito de o questionar em nenhuma decisão, muito menos o negar algo. 

Ao passar na frente do quarto de seu pai, ele não se aguentou e travou. Queria empurrar aquela porta e se jogar nos braços do pai, falar o relacionamento que está a dois anos, falar as coisas horríveis que Jungkook faz. Que não o permite ter amigos, rede social, falar com outras pessoas, que controla o que ele veste e come. E quando Yoongi não obedecia Jungkook… dizer o que está sendo tramado.