Capítulo Quinze;

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PRESENTE

O cheiro que a pizza esbanjava fazia Yoongi babar. Sua barriga estava roncando tanto, praticamente implorando por comida. 

Jimin pegou os pratos e tirou a primeira fatia da pizza de calabresa para Yoongi, que devorou em segundos, logo aceitando mais pedaços. Park sorriu com isso, embora estivesse com dó. Parecia que aquele garoto não comia a séculos. Não conversaram durante a refeição, dos oito pedaços, Yoongi comeu três, quase quatro e Jimin quatro, nais o resto que Yoongi não aguentou comer.

Quando terminaram, o maior segurou a mão de Min, entrelaçou seus dedos e sorriu, fazendo o coração do menor palpitar igual um tambor. 

Ai, Deus, isso é tão, tão errado…

Yoongi abaixou o olhar, olhando para suas mãos entrelaçadas. Não há nada de estranho ou especial. O braço de Jimin é coberto por peixes laranjas na água e só isso. Era estranho como uma mão causava um sentimento de perturbação tão grande. O que diabos tem de especial nessa mão? 

Jimin soltou a mão dele para escrever no celular e Min sentiu seu peito doer por ter que soltá-lo. 

No que está pensando? 

O quê?, escreveu Yoongi, achando engraçado a pergunta inesperada. 

Estou um pouco assustado, confesso. Você estava olhando para nossas mãos como se fosse decepá-las. Medo. 

O de cabelos escuros riu. Não havia se passado pela sua cabeça que estava olhando tão descaradamente. Seu rosto ficou rubro. 

Estava pensando, só isso. Não é como se eu desejasse decepar suas mãos. 

Jimin se encostou na cadeira e colocou seus pés na cadeira do outro lado e cruzou os tornozelos. 

Sei que está pensando. Quero saber o que está pensando. 

Yoongi sorriu, revirando os olhos. 

Sempre foi enxerido assim? 

Jimin sorriu. 

Só quando se trata da segurança dos meus membros, Baby. 

E novamente Min ficou rubro com aquela palavra. Não sabia se ele estava fazendo aquilo para provocá-lo ou o que, mas estava gostando. 

Não estava pensando em arrancar seus membros, relaxa, pensou um pouco. Queria chamar ele de alguma forma que o fizesse corar como havia corado. Querido. Escreveu, mas depois apagou. 

Me conta, insiste. 

Existe um motivo para não dar para ouvir os pensamentos, Jimin

Park suspirou, passou a mão no cabelo, jogando-o para trás e começou a digitar.

É por que eu segurei sua mão? Fui longe demais? Ficou chateado com isso? 

Era sensual o jeito que Park Jimin ficava pensativo enquanto passava a mão no cabelo. 

Não fiquei chateado. 

Digitou e devolveu o celular, virando o rosto para o outro lado e arrastando a cadeira para  a sala. O problema foi que ele gostou que Jimin segurou sua mão. Esse era o problema. 

Maldito. 

Maldito Jimin. 

Maldoto Jimin por aparecer em casa. 

Maldito Jimin por segurar minha mão. 

Maldito Jimin por ser tão legal. 

Maldito por ser tudo que queria que Jungkook fosse e tudo que eu queria ter. 

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