Capítulo 22

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Pov Sabina

Noah me soltou pelos arredores da fazenda, eu estava toda cagada andando naquela escuridão sozinha. Cheguei pelos fundos da casa, abri o cadeado com um grampo e entrei.

Só espero que ninguém me veja, se isso acontecer, eu estou morta.

— Saby entrou? – Disse Heyoon no meu ouvido.

— Sim... – Respondi quase em sussurro.

Fui invadindo a casa, ouvi barulho de conversas pela sala, abri uma porta qualquer e sorri quando percebi que era exatamente o escritório. Tinha uma janela próximo a uma prateleira com livros.

— Shivani me ver daqui? – Perguntei a Heyoon.

A única pessoa que eu tinha contato era com Heyoon, ela estava conectada direto a um aparelho no meu ouvido, Heyoon passaria informações para os outros, quando necessário.

Ouvi ela entrar em contato com Shivani, logo ela respondeu "perfeito".

Fiquei vagando pelo escritório de Joseph, o velho é realmente montado na grana, são móveis de madeira antiga, muito bonitos.

Agora eu estava parada no escritório de Joseph, olhando sua coleção de livros. Já estava ali a alguns minutos, o velho não aparecia.

Engoli em seco quando a porta abriu, mas busquei toda a frieza que sempre existiu em mim.

— Olá Joseph...

O velho parecia não acreditar, ele procurava uma arma no cós da calça.

— Bom... Se eu fosse você não sacava sua arma, eu tenho uma sniper apontada para sua cabeça.

No mesmo momento Shivani acionou um laser da arma, o pontinho vermelho estava bem no peito dele, paradinho, sem tremer. O velho baixou a visão, e encarou o pontinho.

Eu sorri para ele.

— O que você quer sua vadia? – Respondeu ele, tirando rapidamente a mão da arma.

— Não precisa se rebaixar Josephinho, cadê a educação que sua mãe te deu? Eu sou uma dama!

— Você é uma putinha, eu vou te matar!

— Hum... Você aceita uma tequila? – Peguei a garrafa e olhei. — Tem bom gosto pra bebida em Josephinho? – Tirei a tampa, e servi duas doses.

Entreguei uma a ele, que recebeu meio indeciso. Fiz um brinde com ele e virei a dose de uma vez.

— Bem apurado... – Sorri pra ele, que continuava com o copo parado em mãos. — Gostou do meu presente?

— Aqueles homens tinham família.

— Sinto muito, também tenho, todas aquelas pessoas que os seus homens foram lá para matar, são minha família. – Eu dei a volta e parei atrás dele. — E por minha família, eu não poupo quem estiver na frente, então a culpa é sua Josephinho, você mandou eles lá para morrer, e vai morrer todos que forem.

Ele se virou e segurou meu pulso.

— Você também quer morrer? Se não soltar meu pulso em 5 segundos o fuzil dispara. — Encostei minha boca no ouvido dele, e falei em sussurro. — É um fuzil que dispara balas a 900 metros por segundo, nenhum colete a prova de balas suporta esse tiro...

O homem me soltou rapidamente e se afastou.

— O que diabos você veio fazer aqui? Você é da polícia?

— Aaahhh... Neehh puff. – Me sentei na cadeira giratória da escrivania dele, e rodei. — Eu tenho uma longa história Josephinho, veja bem, eu era uma simples mulher americana, que roubava cargas de caminhão a 200 km por hora.

A delegada 3° TemporadaOnde histórias criam vida. Descubra agora