Parecia mais um dia como qualquer outro na Confeitaria Souri's. Nada muito agitado até porque agora eu tinha algumas filiais espalhadas pela cidade e o movimento ficou controlado. Ele era o Co fundador desse negócio, junto com seu irmão caçula. Quando o Dew surgiu com uma ideia numa tarde, dizendo que eles deviam investir em doces, cogitei que eles não iam chegar a lugar nenhum já que sonhos, às vezes não devem sair do papel, mas não foi o caso deste.
A Confeitaria Souri's já na primeira semana, explodiu com clientes e pedidos para todo tipo de festa. Agora, seis meses depois, ainda parecia irreal que eles estão crescendo e com três filiais
Eu cuido da loja original, enquanto o meu irmão mais novo supervisiona as outras. Sempre me perguntam porque eu fico gerenciando a 1° Souri's. A resposta é simples, porque foi ali que eu e o irmão tornamos o sonho realidade, eu só tinha 28 e o meu irmão 20 e em poucos meses já estávamos com um bom capital para investir ainda mais nas suas confeitarias.
Estava tudo indo bem, os funcionários serviam os clientes que se deliciavam a cada garfada e à música do ambiente, só deixava tudo ainda mais incrível. Porém minha tranquilidade acabou de ir para o espaço, quando alguém entrou pela porta parecendo meio perdido e agitado. Eu não sabia ainda, mas desse dia em diante, nada seria tão tranquilo assim no trabalho.
— Boa tarde, em que posso ajudar Senhor? — falo cortês, tentando não olhar muito para o seu rosto.
Ele era lindo, não que eu fosse alguém que se apaixona à primeira vista, mas aquele cara me pegou de jeito, no fundo eu sentia.
— Boa… tarde! Espere, preciso recuperar o fôlego, eu tive que correr para chegar aqui! — fala ele e sorri e foi aí que eu definitivamente entendi que sim, eu me apaixonei mesmo à primeira vista.
—Tudo bem, você tem todo tempo do mundo. — merda, eu havia falado aquilo alto?
Ele continuava sorrindo, mas de repente ficou sério e me encarou por alguns segundos, antes de falar:
— Você tem torta de amora? — pergunta e coça o pescoço. — Me encarregaram de levar o bolo para a festa e eu só lembrei quando cheguei na porta da casa da aniversariante.
Tentei não rir, mas acabei não conseguindo. O cara em minha frente me acompanha rindo também.
— Espera, do que a gente está rindo? — pergunta com um meio sorriso nos lábios. — Não de mim eu espero.
— É que eu imaginei você chegando na festa e todo mundo perguntando pelo bolo e você ficando perdido. — confessei. — Seria fofo.
De novo, eu disse alto? Porra, onde estão os meus neurônios? Tiraram férias? Antes que eu responda ao meu surto interior de perguntas internas, ele diz:
— Obrigado pelo elogio, seu sorriso é bonito. — coça a cabeça e desvia os olhos. — Meu deslize pelo menos fez algo útil, no fim das contas.
Depois disso fui atrás do balcão e achei a torta desejada, mas eu não queria entregar a ele. Isso significaria que ele nós iríamos nos despedir e que talvez, eu nunca mais veja o dono desse lindo sorriso e essa ideia não me agradou em nada.
— Aqui está! — forço um sorriso.
Ele passa o cartão, coloca a sua senha e eu luto internamente comigo mesmo. Eu preciso perguntar o nome dele, pelo menos isso. Não seja covarde, é só um nome.
— Obrigado, senhor...? — pergunta ele e meu coração ficou acelerado, ele havia perguntado primeiro.
— Metawin, mas pode me chamar de Win. — falei e tomei coragem logo depois. — De nada, senhor...?
— Vachirawit, mas pode me chamar de Bright. — diz pegando o bolo e se afastou andando de costas. — Foi um prazer.
— Igualmente!
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Doce Sorriso
RomanceSe apaixonar à primeira vista não era uma coisa que Win Metawin achou que aconteceria com ele, mas aconteceu, e foi mais doce do que qualquer doce que ele já tenha vendido em sua confeitaria. Créditos a capa: @aaronmantic