Capítulo Quatro: Você Gosta de Mim?

675 115 28
                                    


Bright me mandou uma mensagem, falando que estava vindo e eu estava tentando parecer tranquilo, só tentando mesmo porque meus funcionários já imaginavam porque eu não tirava os olhos da porta da frente. E finalmente ele entrou me fazendo dar o meu maior sorriso, mas a minha vida é como uma montanha russa, porque ele entrou acompanhado dessa vez.

Quem diabos é esse cara e porque ele está segurando o braço do meu Bright? Isso mesmo, meu! Ele é meu, mesmo que ele não saiba e que eu ainda não tenha coragem para falar com ele sobre meus reais sentimentos.

— Boa tarde, o famoso senhor, Win Metawin se encontra? — pergunta o cara ao lado do Bright.

E antes que eu responda, resolvo dar uma analisada nele da cabeça aos pés e não gostei do que vi, ele era bonito, e se ele roubasse o Bright de mim? Se é que esse cara já não roubou? Ele nunca veio com ninguém, nem mesmo a irmã que ele tanto fala.

— Se encontra e sou eu! — falo sorrindo torto. — Você é...?

— Hum… Então é você, agora eu entendo muito bem… Enfim, sou o parceiro do Bright, meu nome é Hirunkit… Mas pode me chamar de Nani! — fala me estendendo a mão e por pura educação eu a aperto, mas sem controlar a raiva ele se solta do meu aperto, momentos depois.

— Isso doeu. — fala rindo. — Não parece a pessoa fofa que você descreveu para mim!

Espera, eu era fofo? Porque o Bright está todo esse tempo calado? E a pergunta mais importante do dia: ele disse ao parceiro, não disse? Estou entrando em pane aqui.

— Win… Desculpa por isso, vamos embora, Nani, antes que eu mate você! — fala ele e tenta arrastar o outro.

— Não vai levar os macarons? — perguntei temendo que ele fosse embora, a gente se vê uma vez por semana e se fala todo dia, mas nunca será o suficiente. 

— Ele não vai! — fala o tal do Nani, esse cara já está me irritando. — É tão difícil para vocês falarem que estão um a fim do outro? Fala sério, Bright, se você não agir, eu posso? E Pelo amor de Deus, nem na idade média as pessoas eram tão lentas assim!

Me engasguei com a minha própria saliva e parece que o Bright também, eu o encarei e ele fez o mesmo, ele estava tão vermelho não o julgo, eu devia estar do mesmo jeito.

— Eu não gosto de me meter em relacionamento nenhum, mas esse cara aqui! — fala Nani e aponta para o outro. — Não para de falar de você um minuto e é toda hora arrumando desculpas para comprar doces, estava vendo a hora dele ficar diabético por sua causa. Então decidi que era hora de agir. E não fique com essa cara, se eu não falasse você nunca iria falar e pelo visto a sua paixão também!

— Nani, eu vou matar você. — escutei o Bright xingando e todo vermelho. — Win, ele está brincando… eu…

— Você gosta de mim? — perguntei cortando. — Porque se for o caso é recíproco.

— E eles viveram felizes para sempre, obrigado e de nada! — diz Nani e o Bright soca o seu braço, o fazendo massagear o lugar.

— Chefe… — fala uma voz feminina atrás de mim e reconheço por ser a da Tontawan. — Por que vocês não sentam naquela mesa ali atrás e conversam com mais privacidade?

Agradeci a ela pelo conselho e chamei o Bright para nos sentar, enquanto nos afastamos percebi que o Nani estava conversando agora com ela e ambos riam, tentei não pensar muito e focar na conversa que vai acontecer agora.

— Então você… você gosta mesmo de mim? — pergunta Bright olhando para tudo, menos para mim. — Eu sou só um cara normal de 23 anos! E olhe só para você… dono do seu próprio nariz, o que tem para gostar de mim?

— Também não é assim. — falo rindo nervoso. — Sou dono do meu nariz em parte, é um negócio de irmãos e ainda nem realizamos nem metade das nossas metas e sonhos. E sobre você ser um cara normal de 23… você pode avisar que esse mesmo carinha não sai da minha cabeça e nem dos meus sonhos?

— Ah, isso foi… — a frase morre na sua garganta.

— Brega? Concordo com você! — fala rindo e peguei sua mão, que batia nervosamente os dedos na mesa. — Eu estou cansado de só flertar.

Ele segura minhas mãos com força e sinto ela tremer um pouco, com a outra mão, segurei seu queixo o obrigando a me olhar nos olhos.

— Você quer sair comigo? — pergunto levando sua mão até meus lábios e depositando um beijo, sua pele se tornou quente, assim que encostei meus lábios.

— T-Tipo em um encontro? — gagueja. — Eu e você?

Acabei rindo, eu estou apaixonado por alguém tão fofo assim mesmo?

— É Bright… Eu e você, você e eu! O que acha? — perguntei de novo.

— É o que eu mais quero no mundo inteiro! — fala e pela primeira vez nesta tarde, ele me olha de verdade e dá aquele sorriso, aquele mesmo doce sorriso que foi o começo de tudo, onde eu me apaixonei perdidamente à primeira vista.

Doce SorrisoOnde histórias criam vida. Descubra agora