Capítulo Três: O Pior Flerte

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Forçando um sorriso, eu tentei formular uma frase para tentar não ter uma crise na frente dele, por que ele namora? Eu que queria namorá-lo.

— Ah, vejo que você namora. 

— Não? O quê? — ele pergunta rindo. — Esses cupcakes são para a minha irmã caçula, Ame! Por que você pensou que eu namoro?

Seus ouvidos não estão me enganando? Ele disse com todas as letras que os doces eram para a irmã? Uma ponta de esperança percorreu todo meu estômago que estava mais gelado que tudo.

— Você falou garota mimada e irritante e também disse que não vivia sem, então presumi que era alguma namorada. — disse tentando não sorrir e dar pulinhos animados, pelo amor de Deus, eu preciso de ajuda profissional.

— Desculpa então, se não me expressei bem, ela é minha irmãzinha, eu não a trouxe comigo, porque ela iria acabar querendo levar todos os doces e eu com toda certeza iria falir… E a propósito, eu sou solteiro.

— Eu também… — disparei, porra, alguém me interna.

— Você também o quê? — tira uma das mãos do bolso e coça o rosto.

— Eu também… sou solteiro, isso que eu quis dizer! — Sério, me tire daqui agora, pensei.

— Legal… Até outro dia, Win, e obrigado pelos doces. — fala e sai da loja, parecendo apressado.

Parabéns, Metawin, você estragou tudo! Me virei e dei de cara com meu irmão Dew, que começou a bater palmas, claramente ele viu a cena toda.

— Devo dizer que esse foi o pior flerte que vi em anos, você precisa de aulas práticas com alguém que entende do assunto! — diz com os olhos brilhando.

— E quem seria? — pergunto já imaginando a resposta que esse idiota vai dar.

— Eu? Seu lindo e incrível irmão? 

— Não fode, Jirawat, agora me passe os papéis das outras confeitarias, tenho muito trabalho para fazer! — digo irritado.

— Claro que tem, você passou horas flertando com aquele tal de Bright, você pediu o número dele, certo? — questiona.

— Puta merda! — xinguei um pouco alto e isso chamou a atenção de alguns clientes ao redor, pedi desculpas a todos e me virei de volta ao meu irmão, com uma cara de idiota.

— Boa sorte da próxima vez… Isso se ele aparecer! — diz rindo.

Ele vai, eu sei que vai porque eu não iria deixar aquela pitada de esperança morrer, na próxima vez com toda certeza, irei pedir o número dele.

Ele apareceu uns 5 dias depois e antes dele ir embora tomei coragem e pedi o seu número, com a desculpa que se tivesse promoções de alguns doces, eu avisaria. 

Nos falamos por mensagem, há quase dois meses, agora eu já sabia muito mais sobre ele, tinha 23 anos, cursava Marketing, morava com a mãe e irmã, tocava violão por hobbie e por aí vai. Eu ainda queria saber tudo sobre ele, só o fato de poder falar com ele agora todo dia, mesmo que seja virtualmente me deixa exatamente feliz. Mas a pergunta que não quer calar é quando terei coragem de me declarar?

Doce SorrisoOnde histórias criam vida. Descubra agora