Capítulo Dois: Punhais de Fogo

686 129 13
                                    

— Sério, se não tivesse acontecido na minha frente, eu juro que não acreditaria, o chefe estava flertando com um cliente. — fala uma de suas melhores funcionárias. — Tipo, o chefe sabe flertar?

— Você tem sorte de eu gostar de você, Tontawan, e não a demitir, e a história não foi bem assim… — minto.

— Chefe, todo mundo viu! — diz ela e os meus outros funcionários Frank e Love concordam.

— O Dew já sabe? — perguntou ela rindo. — Mal vejo a hora de contar para ele.

— Por que você me chama de chefe, mas não chama ele? — pergunto. — E de novo, não foi assim que aconteceu, só foi uma conversa casual, nada demais.

— Porque somos melhores amigos e aparentemente ele não gosta que o chame assim. — diz rindo. — Chamar alguém de 20 anos de chefe, sendo que eu tenho 22 é estranho demais para ele.

— E é normal para mim? Eu só tenho 28! — bufo.

— Então, Senhor Metawin, não mude de assunto… sobre a conversa com um certo cliente. — dessa vez é Love que fala.

— Por Deus, eu vou demitir todos vocês, é uma promessa! — fala e reviro os olhos e eles começam a rir.

E de verdade quem eu queria enganar, o Bright mexeu comigo, mas isso só foi uma coisa de momento, provavelmente eu nunca vou ver ele de novo. Até porque quais as chances?

As chances pareciam estar ao meu favor, porque 4 dias depois, ele apareceu e dessa vez ele não entrou agitado ou muito menos perdido. Ele estava usando um moletom branco e uns jeans rasgados, era uma roupa normal, mas por que eu estava ficando quente?

— Oi 

— Oi, em que posso ajudar, senhor… — falei no meu tom habitual, tentando me manter calmo e ele faz uma careta.

— Senhor? Você não lembra do meu nome? — pergunta e olha para baixo. 

Sorri internamente, ele parecia acanhado, ele era assim quando nos vimos antes? Ele é tão fofo.

— Bright, seu nome é Bright e claro que eu não esqueci. —falei e dessa vez não me repreendi. Eu estava me martirizando, achando que não o veria de novo e que tinha perdido a chance de pedir seu telefone. 

— Ah… — limpa a garganta e enfia as mãos nos bolsos do moletom. — Hum, eu queria uns cupcakes para viagem, quais você me recomenda… Win.

Ouvir meu nome sair da sua boca, fez meu coração quase explodir, eu parecia um adolescente entrando em colapso. Vamos lá, Win você tem 28, é dono de várias confeitarias, cadê sua compostura? Ela cai por terra, quando alguém chamado Bright aparece, eu queria saber mais sobre quem estava mexendo comigo enquanto preparava o pedido dele, fui pensando em como puxar conserva e descobrir mais sobre Bright.

— Aqui está! — falei colocando o pedido na bancada. — Alguma data especial de novo a qual você ficou encarregado e esqueceu?

— É sim, é para a garota mais irritante e mimada do mundo. — diz rindo. — Mas eu não vivo sem… E ei, não sou tão esquecido assim.

Essas palavras, me atingiram como punhais de fogo, Bright namora, claro que namora, quem em sã consciência não ficaria com ele? Eu não ficaria, porque ele estava namorando! Era claro que ele tinha alguém na sua vida e não era eu.

Isso dói pra caralho!

Doce SorrisoOnde histórias criam vida. Descubra agora