EEI, demorei pra caramba, mas cheguei. Como eu disse, agora minha vida tá mais corrida pois iniciei a universidade e to cheia de trabalhos pra fazer kkkk.
Aproveitem o cap, foi feito com muito cuidado pra vocês que estão me acompanhando nessa história. To até surpresa dela ter batido 1,4K, estou feliz em saber que vcs estào curtindo.
Boa leitura :))))
Por onde eu começaria?
Uma coisa é finalmente admitir os sentimentos, outra é agir perante eles para provar algo tanto para si e a outra pessoa, e por incrível que pareça não sou nem um pouco confiante nesse quesito.
Sim, já consigo admitir a mim mesma meus sentimentos aflorados por April, estou num nível que chega a ser obsessivo, eu acordo pensando nela, tal qual sua rotina toda manhã, depois tomo café da manhã imaginando o que ela estaria comendo na casa dela, e os vinte minutos de carro até a escola eu ainda passo pensando em como ela fica perfeita no uniforme junto do perfume contagiante e adocicado.
Estou enlouquecendo aos poucos e a culpa é inteiramente dela.
Confesso que achava que seria mais fácil lidar com esse BOOM de sentimentos melosos que é gostar de alguém tão forte assim, mas com ela parece que tudo é mais complicado e arriscado, e quem eu quero enganar, estou falando de April Stevens, ela não é uma garota fácil e isso que me faz gostar ainda mais dela.
Mas nem tudo são flores, sim, dei meu próprio primeiro passo sobre gostar de April, mas ainda falta o principal, a cereja no bolo, que é saber usar essa informação a meu favor. Depois da minha onda de ciúmes sobre aquela menina hétero que April fez amizade e o modo como eu lidei com isso, me fez perceber que quanto mais eu tento ignorar o que sinto, mas difícil se torna a sensação de uma perda precoce e mal interpretada que teria com a mais baixa.
E ela mesma sugeriu o básico: comunicação.
Mas quem disse que sou boa nisso? Posso enfrentar mais de cinquenta pessoas diferentes em um debate, tiro de letra o conhecimento que possuo e ainda mantenho a calma, mas em um relacionamento que ainda nem foi confirmado, como vou me comunicar?
Além do fato de só de ficar perto dela eu já viro uma bagunça gelatinosa e gaguejante.
April está certa nesse ponto, a comunicação é o melhor caminho e por isso, usando esse ponto como base, resolvo usar ao meu favor como forma de finalmente expor tudo que sinto para ela.
É um ótimo plano! O que daria de errado em ser honesta? Pessoas boas são assim e se dão bem, comigo não seria diferente.
Só tenho um pequeno problema...
... não faço ideia em como abordá-la sobre isso.
Não é só eu chegar como quem não quer nada e falar livremente sem parar até deixá-la acuada e assustada. Não. Eu tenho que fazer de um modo bem feito e organizado.
E nada melhor do que pedir opinião de terceiros para que eu tenha uma ideia mais ampla quanto a isso.
A primeira pessoa que me ponho a perguntar é meu pai, Anderson. Seu jeito estranho não confunde o quão romântico ele é, sempre levando minha mãe a jantares, comprando anéis, colares, flores e roupas como presente, sempre agradando-a de todas as formas. Meu pai é um homem que sabe como agir e adquirir um pouco de dicas não seria tão ruim.
Lá estava eu descendo as escadas de casa pronta para pegar um copo de suco na cozinha quando avisto meu pai sentado confortavelmente no sofá da sala concentrado em um jogo de basquete, por mais que não pareça, ele é um grande fã do esporte, tem camisas autografadas, bonés personalizados e sempre quando tem tempo compra ingressos no melhor acento para poder observar o andamento do jogo ao vivo.
Por isso não me surpreendo ao vê-lo plantado na televisão, e minha mente para pensando no momento. Era esse o momento ideal para conversar com ele, Blair não estava em casa e nossa mãe provavelmente estava numa manicure, já que sábado era o dia sagrado para cuidar da saúde de suas unhas.
Ajeito minha postura e caminho até a sala com o intuito de sentar próxima a ele.
“Oi filha, tudo bem?” Ele pergunta me olhando pelo canto do olho.
Balanço a cabeça e me acomodo no sofá. “Estava entediada e ouvi a televisão ligada. Basquete, hein?”
Anderson sorri. “Começou a temporada, está cheio de campeonatos.”
“Legal! Pensei que fosse começar só semana que vem.”
Ele desvia a atenção da televisão e me encara. “Voltou a se interessar por basquete?”
Interessante ele me perguntar isso, mas é que houve uma época em minha vida que nós dois éramos inseparáveis, eu acompanhava meu pai em tudo, e uma dessas idas e vindas era essa paixão por basquete que ele me fez ter- acredito que fui fortemente influenciada-, mas que no fim acabou se rompendo da minha parte pois comecei a me interessar por coisas novas.
Enfim, drama de adolescente. Hoje em dia a única atividade que compartilho com meu pai é a caça, por isso sou tão boa em atirar, tudo que aprendi veio dele, do meu tio e avô.
“Talvez.” Brinco fazendo suspense e ele sorri. Eu precisava amaciar o terreno antes de soltar minhas perguntas programadas. “Mas sinto que estou desatualizada.”
Ele bate em meu ombro com um tapinha me fazendo ir para frente e solto um riso surpreso. “Que isso Sterling! É só perguntar a mim! Você sabe que eu respondo qualquer dúvida sua.”
“Certo!” Acabo respondendo de forma estrangulada pois estava tentando recuperar o fôlego. “A gente deveria ir a um jogo um dia desses; com toda a família, que tal?”
Meu pai coça o maxilar e franze o cenho, pensativo. “Humm, eu adoraria, claro, mas sua mãe odeia o ambiente, muito barulho, gente suada, enfim. Nem vou falar de Blair, provavelmente sentaria e ficaria a partida inteira com a cara no celular.” Enquanto ele balbucia sem parar, vou apenas concordando minimamente, ansiosa.
“Bom... e qual seria a programação que a mãe gosta?” Mesmo tendo uma BOA ideia do que seria, ainda arrisco perguntar, já que ele pode me dar respostas mais detalhadas do que meu achismo.
“O bom e velho barulho irritante de copo com vinho de um bom restaurante chique.”
Eu não poderia fazer isso com April ainda, levá-la para um jantar tão formal? Como adolescentes, o máximo que posso imaginar indo é no drive tru do Burguer King.
“E... e que outro tipo de coisa você faz para conquistá-la?” Tento soar despreocupada, ainda vidrada nos jogadores correndo de um lado para o outro na tv.
Felizmente ele está muito concentrado no jogo para surgir alguma suspeita da minha pergunta.
“Como todo admirador da existência feminina, baseado na sua mãe, gosto de sempre presenteá-la com perfumes, joias, chocolates, uma vez até lhe dei um dia de Spa para relaxar.”
Presentar April com bombons e um colar não seria má ideia, ela com certeza é aquele tipo de mulher que gosta de exibição( no bom sentido da palavra pelo amor de Deus), e enviar-lhe presentes seria uma forma de dizer que gosto dela e que me importo.
“E ela gosta mesmo?” Pergunto para ter certeza na minha decisão.
Ele apenas me olha com determinação. “Certeza absoluta. A maioria das mulheres gostam disso, vai por mim.”
Okay, eu posso muito bem e sou capaz de comprar algo para April, isso também cabe no meu orçamento.
Levanto do sofá em um pulo, me ponho em sua frente e bato animadamente em seu ombro da mesma forma que ele fez comigo. “Talvez você não entenda agora, mas obrigada!” Só ouço ofegar e me viro para subir as escadas tão rápido quanto um furacão.
“Mas e o basquete...?”
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Problemas de uma adolescente em crise.
Novela JuvenilHistórias contando a fase adolescente de Sterling, uma garota energizada com hormônios a flor da pele, passando por experiências e desencontros junto de sua recém namorada, April. Ah, ela também é uma caçadora de recompensas em meio período.